«todos
os animais são iguais, mas alguns são
mais iguais do que outros.»
Agosto de 1945.
George Orwell, pseudónimo de Eric Arthur
Blair, publica romance sobre a vida
numa quinta e a interacção entre animais e humanos, satirizando o regime de Иосиф Виссарионович Сталин. “de quem, porra?!”, perguntas tu. bendita Wikipedia que me
permite pesquisar sobre o cirílico (russo) de Iossif Vissariónovitch Djugashvili – nome de
baptismo que posteriormente viria a dar origem ao de Josef
Vissariónovitch Stalin, mais conhecido por “o Pai dos Povos“ e que, entre outros cargos de
somenos importância, foi editor do ‘Pravda‘ (voltaremos a este facto mais
tarde).
portanto, depois
dos bombardeamentos de Hiroshima e de Nagasaki, a 06 e 09 de Agosto de 1945
respectivamente, o sr George resolve ridicularizar as classes sociais e
politicas vigentes do seu tempo, contando uma história que tem como
protagonistas um grupo de animais, que vivem numa bela quinta e que num dia se
revoltam contra o seu dono, o “sr. Jones“, que os trata «de forma desumana». dá
para perceber a ironia? é que “1984“ estava a somente cinco anos de distância
daquele…
a citação acima é a
redefinição de um dos mandamentos para os animais que tomaram a quinta de
assalto e que serve de mote para as linhas que se seguem.
em tempos, prometi (e
impus) a mim mesmo duas condições máximas; a saber:
(i) quando em casa, ver as transmissões
dos jogos de futebol em ‘mute‘, sobretudo para ganhar Paz de Espírito e evitar
posterior recurso aos dislates do Freitas Lobo e/ou partir a tv por causa do
lampionismo obsessivo do Pedro Henriques – não necessariamente popr esta ordem
de grandeza;
(ii) deixar de ver os “debates“
televisivos que se seguem àqueles, excepto os que se realizam entre pares, no
Porto Canal. Sobretudo, poupar-me e à minha sanidade mental, à verborreia do
«merceeiro», aos microfones da Estação de Queluz.
pois que ontem,
Domingo, não consegui evitar a segunda condição. explico.
quem tem a coragem (e
o pouco discernimento, convenhamos) para me seguir no twitter sabe o que
escrevi a seguir a uns intensos 45’ minutos no Estoril, na passada Quarta-feira:
«está a ser bom, não foi? o encontro na
Amoreira já é Passado; foco total no próximo compromisso, de grau de exigência
igualmente máximo: Portimonense».
o jogo de ontem,
sobretudo a primeira parte, pareceu, em tudo, a continuação do encontro ante o
Estoril, mas num estádio diferente e contra um adversário não tão “amarelinho“
– principalmente pela intensidade de jogo e por, mais uma vez, se vislumbrar na
Equipa um Querer como há muito tempo
não se via no Clube (literalmente a querer “comer a relva“ em busca dos três
pontos, não só o mais rápido possível, mas não facilitando em nada na
prossecução desse objectivo). sem pretender ser exaustivo, acho que se trata de
uma súmula do muito que li na bluegosfera sobre estes dois jogos e do que
escutei no #aCulpaédoCavani.
acontece que, quem não
é afecto à cor azul-e-branca e está tão-somente a cinco pontos de distância da
liderança graças à benevolência de muitas #missas, ordenadas pelos insuspeitos
#padres do nosso comezinho futebolzinho de treta, assim não entende. e este é
um facto que se comprova nas múltiplas reacções às nossas duas últimas vitórias
incontestáveis e independentemente da cor de onde provêm as críticas; aliás, o
verde e o rubro confundem-se nestas questiúnculas de “choradinho calimero“
quando o azul é o que predomina no panorama nacional…
o que se tem
verificado nos últimos dias é a total filha-da-putice, com um descarado
despudor e uma sem-vergonha de uma desfaçatez, com “os de sempre“ a
acusarem-nos de comprar os nossos adversários. sim, não estou com
meias-palavras, nem com “paninhos quentes“ no uso das mesmas: acusam o FC Porto
de práticas ilícitas, sendo que o desplante raia o Absurdo quando uma das
agremiações, recorrentemente altercadora, encontra-se a ser investigada por
supostamente praticar actos ilícitos, como são a compra de resultados
desportivos, aliciamento de jogadores adversários, e a prática continuada do crime de Corrupção na actividade
desportiva –os célebres maletins ‘Louis Vuitton‘, repletos de muita Boaventura,
expedidos por via dos Césares desta vidinha…
é tamanho o “melão“
que, por exemplo, o foco dos ataques deixou de ser a tentativa do FC Porto
tentar «ganhar na secretaria» o jogo da passada Quarta-feira para passar a ser o de um suposto «adiamento irregular» do mesmo – num ‘spin‘ digno de quem
está habituado a interpretar os Regulamentos a seu bel-prazer, mesmo que os
tenha aprovado há sete meses atrás… de facto e indubitavelmente, mais uma
«página negra» perpetrada pelos mesmos de Sempre, em conluio com os habituais
pés-de-microfone e sabujos do #jornalixo tuga, que se prestam a este papel
menor de serem meras prostiputas rascas de um #EstadoLampiânico dentro do
próprio Estado de direito. compreende-se a necessidade de se levar dinheiro
para casa para se pagarem contas, mas há limites para a Decência… só que
comprovadamente há uma agremiação «mais igual» do que as demais – assim como há
mais do que um ‘Pravda‘ que convenientemente vai adulterando a Verdade ao sabor
das conveniências daquela, e sem olhar a meios para tal.
o momento máximo deste
desaforo aconteceu na noite do dia de ontem, por via do «merceeiro» do
«Primeiro-ministro» do mesmíssimo #EstadoLampiânico. mais do que comentários,
escute-se o que proferiu a aventesma (aqui). e, já agora, qual foi o mote
para o título desta prosa (aqui).
acho que não será
necessário acrescentar mais nada. .
portanto e em suma:
este é só um exemplo do muito que se avizinha por aí e quando faltam dez
finais por disputar, mais a segunda parte da meia-final para a Taça de Portugal
(em Alvaláxia, a 18 de Abril próximo). e desengane-se quem pense que este foi o
máximo da petulância; ainda é só o começo, e independentemente das “facturas“
que a nossa Equipa faça por cobrar, depois do pesadelo contra o Liverpool.
também reafirmo essa minha forte convicção de que é muito importante o
espírito de União em torno daquela,
porque esse é o único facto que conseguiremos “controlar“ e que efectivamente
depende de nós, tal como o mesmo Blair o afirmou, em tempos e acerca do romance
que este post toma por empréstimo:
«não há Revoluções
a menos que sejamos nós próprios a fazê-las, uma vez que inexiste algo parecido
com ditadores (ou ditaduras) benevolentes.»
“disse!“
Miguel Lima | 92º minuto
(este espaço será sempre escrito de acordo com a antiga ortografia. limices.)