sexta-feira, 19 de maio de 2017

O Porto é Campeão! ou A época B



Wow, lá se arranjou um título para comemorar. Prestigiante, diga-se, mas não oficial. O que não lhe retira o gosto, nem a importância e muito menos o significado. Sobretudo porque é ganho pela mesma equipa que venceu um Campeonato bastante oficial - e competitivo - ainda a época passada.

É pois uma bela altura para concluir e publicar as notas da Tasca, acerca da temporada da nossa B. Bora lá!

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Do contexto

Esta deveria ser a época de reconstrução da equipa. É para isso que ela serve: Completar a formação, em ciclos curtos de 2 anos, e recomeçar com gente nova. A aferição pelos resultados só se faz no segundo ano do ciclo. Pelos vistos, o ano que produz Campeões!

Entre bastos azares - lesões de Omar, Tomás, Xico Ramos, Andorinha e Ismael; uma indefinição na liderança - Castro sai, Castro não sai,  Castro sai sim senhor; e algum mistério- há uma história por contar em relação a Leonardo Ruiz? E Idrisa Sambu?; o facto é que... aconteceu tudo ao contrário.

Acabámos com uma equipa "velha", a disputar com pouca chama - compreensivelmente - o mesmo Campeonato. Tipo, já matei o Boss deste nível e agora volto ao princípio do mesmo nível? Gandamerda de jogo, dass!

Este 11 era perfeitamente exequível no FCP B 2016/17: Gudiño, Rodrigo, Chidozie, Verdasca, Gajo Novo; Omar, Xico, Graça; Ismael, Gajo Novo, Kayembe. Isto é, 8 titulares "fora do prazo", uma vez que Verdasca cumpriria o seu segundo ano a sério na equipa.

Em si, o cenário não seria errado, numa perspetiva de alargamento das opções do plantel A. Os B ficariam em casa, com vista para a equipa principal, numa ligação estreita entre os diversos níveis da nossa formação. 

Ok, podem parar de rir. Eu também fiquei com a sensação que foi apenas por acaso. Provavelmente, uma das cabeças que deveria pensar a estratégia, esteve ocupada a ver alojamentos na China. A outra... sei lá, estaria a ensaiar os "Parabéns " ao espelho ou assim.

O mau começo seria normal, até porque, aí sim, tínhamos um número apreciável de novidades. Depois fomos "envelhecendo", sem que os resultados melhorassem substancialmente. Pelo meio, uma troca de treinadores que não ajudou. Até que chegou Folha.

Sustentado na competitividade que conseguiu incutir à magnífica, mas desfasada, equipa de Campeões do ano anterior, Folha liderou a recuperação e culminou a época com o único título que o FCP comemorará este ano, em Futebol. No processo, a equipa Bicampeã de juniores A, implodiu. Isto dito, tenham lá calma com o Folha, tábem? Para começo, não está mal. Mas é COMEÇO, entendido?

Nada disto me parece bom sinal. Dos negócios precoces, ao fraco planeamento que provoca estagnação em promissores ativos. Tenho esperança que tal seja resultado das múltiplas alterações da estrutura. Há prioridades e não teriam ainda chegado à B. Entretanto, já houve tempo para se alinharem. Só falta saber quem será o interlocutor de Folha no escalão acima. Certo? Certo!

No fim do dia, mais do que tudo, o que se espera da B é que anuncie potenciais reforços para a A. Que conclua a formação, acrescente maturidade e adapte quem necessitar de ser adaptado. As condições logísticas são impecáveis, a estrutura, mesmo quando está distraída, é profissional, os putos só têm que jogar à bola e provar quem é capaz. A esse nível, há boas notícias. E outras menos agradáveis, está claro.

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Do mais importante

Não tenho pachorra para análises exaustivas, jogador a jogador. Por isso, defina-se um critério simples: Destacar-se-ão os miúdos que ganharam o lugar aos "legítimos donos". Aqueles que, dado o contexto acima, não admirava que estivessem no banco e acabaram a ser do melhor que vimos. Siga!


Com Tomás no plantel - raio de azar miúdo! - e Omar a voltar em alguma altura; com Rui Moreira a reclamar tempo para crescer na sua posição; o terceiro médio seria, naturalmente, João Graça. Ele e Omar estariam, pensava eu, de olho em minutos na A. Assim, Sérgio Ribeiro e Fede passariam, de novo, bastante tempo no banco. Tinha pena pelo Fede que, apesar de o(s) nome(s) não ajudar(em), me entusiasmava há uns dois anos. Sem conseguir dizer que conseguiria subir de nível, o suficiente para ser mesmo jogador da bola.

Pois bem, entre as luzes da ribalta de Galeno e Kayembe, posso assegurar que o melhor é... Fede. A mim não engana mais! Soberbo. Ainda mais importante, necessário.

É um 10, pelo que o seu futuro no FCP dependerá muito de quem é o treinador. Aparentemente, o foco está apontado aos extremos e ninguém quer saber do moço, o que seria um erro épico. Como se mandássemos o Deco para o Alverca, estão a ver o estilo?

Varela finta, avança com bola, faz passes de rutura, assiste e marca golos. E faz isto tudo muito consistentemente. Como em: Toda a época. É o filho que Otávio e Oliver ainda vão ter. O que significa que servirá de pouco a NES...

Na modesta opinião da Tasca, é a Estrela da Companhia. O melhor. E acho que é do Xaninho. Ui!


Ninguém estava mais descansado do que eu, quanto ao defesa direito, no jogo na Madeira. Talvez Rui Jorge estivesse na mesma. Talvez.  Sim, podia ter assistido o Silva para golo e isso tinha-nos
mantido na luta. Mas até essa "falha" revela o jogador que ali está. Sem tremer, sem acusar pressão, a tentar fazer golo, porque a posição era ótima. Mesmo de pé esquerdo.

É um lateral completo, embora ataque ainda melhor do que defende. Tendo em conta em que equipa queremos que jogue, está tudo certo. Tem o pulmão do Maxi há 20 anos e é muito melhor que Victor Garcia. Que já de si é bem bom, se já aprendeu a cruzar para dentro do campo.

Se Ricardo Pereira pode render os milhões que nos permitem segurar, sei lá, um Danilo, então é despachá-lo. Temos o Fonseca e, creiam, não ficamos a perder nada. 

Bem sei que o ai Jesus da lateral direita é Dalot. Mas o Fernando está à frente. Um ano à frente. O Diogo vem já a seguir.

Pois, não sei... Digamos que estou num André Silva state of mind. Eu explico: O Silva denotava uma série de qualidades, mas eu não tinha a certeza, longe disso, de que iria ser capaz de se fazer homem. E jogar ao mais alto nível. Já se sabe que o tipo tratou de me esfregar a sua imensa qualidade nas trombas, tornando-se no meu avançado favorito.

O estilo meio desengonçado - está melhor, haviam de ver no início da época - o físico franzino, não pareciam potenciar a única qualidade que lhe detetei de imediato: A velocidade. Mas isso o Ntsunda também tinha. E o Rúben Macedo tem. Sendo que, pela lógica, aquele lugar deveria ser deste.

Castro parecia apostar em Galeno. Tavares também e Folha idem. E não é que o moço somava golos e assistências? Com o decorrer da época, tornou-se mesmo um hábito. Golo de Galeno, passe de Galeno, foda-se, lá vai o Galeno, nunca mais o apanham. Ainda por cima, já não parece que vai cair a qualquer momento.

Para terem uma ideia, acreditava mais no Gleison do que neste tipo. Pela força dos números, agora já não. Sobretudo porque uma bola metida entre o lateral e o central, é meio golo do Galeno. E isso não podemos dizer de Brahimi, nem de Corona, nem de Jota. Tem é que ser pelo chão, o que, vai-se a ver, não se adequa ao modelo NES. Ops, sorry, à ideia de jogo.


Supostamente, este moço deveria passar a época a aprender com o Chidozie e a admirar o Verdasca, uma vez que algum iluminado decidiu recambiar o Palmer-Brown. Que era melhor que os outros dois! Se calhar, foi alguém que conhecia o Fernandes melhor do que eu. Oxalá.

O facto é que este B de primeiro ano sentou o Verdasca. De tal maneira, que até para o Rui Moreira, que é médio, o pobre Diogo já perde o lugar. Em estando o Jorge impedido.

É grande, é calmo, é duro, é inteligente. É tenrinho também. Faz uma grande dupla com Chidozie, mas parece ser capaz de liderar a defesa sem problemas. Claramente o melhor projeto de central, depois de...Palmer-Brown.

Partindo do princípio que no próximo ano a equipa B será pensada e, por isso, Chidozie não fica - precisa de outro nível - este rapaz será o patrão da defesa. Sim, é preciso esperar mais um ano, mas o prognóstico é francamente surpreendente. Pela positiva.

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Da estagnação

Já discorremos sobre os motivos, mas o facto é que muita gente não melhorou. 

Alguns mantiveram o nível alto que já lhes conhecíamos: Omar, Xico, Chidozie, Kayembe. Mas precisaram de ser abanados, porque estavam naturalmente desiludidos com a puta da vida. Para esclarecer, na minha opinião, Kayembe é tão bom jogador hoje como há um ano.  Assim, a chance que, aparentemente, terá na A, não surpreende, mas também não tem nada a ver com um melhor desempenho.

Outros regrediram: Verdasca perdeu espaço; Graça não deu o salto que precisa de dar; Tomás continua cheio de azar e perde mais um ano. Em todo o caso, apenas Verdasca ainda tem "tempo" para ser B na próxima temporada. E pode igualmente dar-se o milagre de alguém deixar o Rui Moreira jogar no seu lugar. Juro que gramava de saber se temos ali jogador.

Uma nota final para Rui Pedro, que devia ter sido o homem golo desta equipa. E foi, enquanto o deixaram. Foi preciso que jogasse na A? Pois ótimo, é também para isso que existe B. Agora, pelos juniores? E a seguir, A de novo? E volta aos juniores? Treina na B? Alguém se decide? É apenas estúpido, senhores.

Eu ajudo: Se o moço é para ser útil na A, mas nem sempre, então é na B que deve estar. Em exclusivo! Mandá-lo marcar golos abaixo disso é completamente despropositado. Assim, desculpa lá André Pereira, és bom moço, mas o primeiro cativo da B 2017/18 é o 9: Rui!

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A pergunta de 1 milhão é: Quem pode chegar ao plantel principal?

Já, talvez Fede, dependendo do estilo do novo treinador. Porque teremos um novo, certo? 

Talvez Galeno, se não se ressentir da mudança ou for capaz de manter a assinalável progressão que teve este ano. Caso em que seria um caso... muito sério.

Seguramente, Omar Govea e Fernando Fonseca. A menos que tenhamos planos para Victor Garcia, que tem um ano de rodagem na Liga de avanço. Ou que não se consigam os milhões suficientes por Ricardo Pereira e... Hector Herrera.

Outros manifestam o potencial de lá chegarem. Um dia. Xico, está claro, em primeiro lugar. Também Chidozie e Inácio. Mas têm que ir dar uma voltinha antes.

No fim da lista, Graça, Tomás, Ismael todos desaparecidos durante um ano, pelos mais diversos motivos. Que são promissores - mais Ismael e Tomás do que o João - não há dúvida. Precisam de encontrar um espaço - que até pode ser na II Liga, mas não no FCP B - para jogarem regularmente e provarem, fora da zona de conforto, que podem aspirar a mais do que serem bons jogadores. Exemplos de sucesso nestas condições, temos mais que muitos. Na verdade, quase todos, não é senhores Carvalho, Costa, Couto, Barros?

Já para Gudiño, tem a palavra El Santo. Te quedas hombre?

Ou seja, isso de construir um plantel à volta destes meninos, não existe. Os que acham isso boa ideia, estariam a pedir as cabeças da estrutura inteira em 5 meses. Mas que é possível, com tempo e em tempo, ter muitos na equipa, isso é. Depende é da definição de "muitos" de cada um.


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Como diria o Lápis, o tasqueiro não percebe um boi de bola. O que significa que há que confiar nos técnicos da estrutura - menos nesse! - na difícil tarefa de avaliar jogadores e lhes traçar o futuro. Mas no que concerne à articulação dos escalões e ao planeamento, malta, oiçam bem: Assim não! 


16 comentários:

  1. Fede Varela há-de lá chegar, o interlocutor que tu procuras nomear chama-se Luís Gonçalves e quanto ao Iker.. ouvi dizer que sim.

    Vamos ver se sim.

    Abraçom

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    1. Luís Gonçalves, pode ser. Mas não sozinho ou não valerá de nada. Iker, oxalá. Oxalá.
      Abração.

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  2. Pronto, de bola B até percebes um nadinha... mais do que eu, pelo menos :-)

    Mas... Chidozie? A sério? Save Our Souls enquanto é tempo!

    Temo que enquanto não reconquistarmos o ceptro, não haja espaço para arriscar em Bs. A não ser que a carteira estoure antes, mas duvido.

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    1. Oh, mais que tu é fácil, grande coisa! :)
      Sim, Chidozie, um dia, se cumprir o potencial (o que é um grande se).
      Mesmo sendo campeões, isso de ter uma caterfa de bês ao mesmo tempo é bom para...o Sporting. Tem que ser com tino, tentando não desperdiçar os melhores. Olha, como o Federico...

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    2. Nunca me passou pela cabeça que viessem às resmas. Falava de um ou dois por ano, máximo. Para aprender primeiro.

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  3. Xinapá, então não é que em "O Jogo" de hoje leio António Folha e Freitas Lobo a dizerem o mesmo que eu disse? Ontem.
    No primeiro caso, fico todo contente, porque significa que o "mal" ficou claro e pode ser corrigido. No sefundo...não sei se ria, porque o moço acertou por uma vez, se chore...por estar, eu próprio, redondamente enganado. Se calhar é um freguês discreto da Tasca. Bem-vindo, senhor Lobo :)
    PS. Folha aponta os motivos para o descalabro da primeira metade da época. Lobo fala das diferenças entre Galeno e Kayembe.

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    1. Deixa lá, eu também ouvi o José Cruz a recitar o meu argumentário do dia anterior. Não conseguem mais, os moços :-)

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    2. Naaa, para sair no jornal de hoje, acontecei antes, pelo que se trata de opiniões partilhavas, apenas.
      No "teu" caso, acho muito bem! Melhor do que andarem a informar-se na palha mediática. Assim como acho lindamente que o PML decalque posts do grande Vila Pouca. Se lhes ficava bem uma referência? Ficava! Muito bem até. Mas...

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    3. Dass, malditos erros do telefone. Well, dá para perceber. Acho eu...

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  4. Isto só vai começar a ser equilibrado quando as equipas da casa jogarem literalmente em casa, com 90% das bancadas ocupadas pelos adeptos da casa, como nas mais fortes ligas européias.
    Voce vê claramente que, quando os tubarões europeus das principais ligas vão jogar na casa do adversário para campeonato e/ou taça, seja onde for e contra qualquer equipa de 2º e 3º escalões, o estádio está sempre repleto de adeptos da casa, que em esmagadora maioria nas bancadas, apoiam a equipa da casa com todas as forças. Regra geral, é simples: a FPF devia das mais dinheiro aos chamados pequenos clubes para que estes se fortaleçam e chamem os adeptos das suas cidades para torcer por eles, como acontece em Guimarães ou mesmo em Braga há tempos atrás. Simples como isso.

    Mas o que acontece em Portugal? Acontece que historicamente o boifica só joga fora de casa em alvalade e nas Antas/Dragão. Só joga fora de casa em duas jornadas, enquanto que todos os outros concorrentes jogam o campeonato metade em casa, metade fora.

    Só neste enorme detalhe o boifica historicamente já entrou nas competições nacionais em larga vantagem, pois sempre soube que, onde quer que jogasse, com exceção de Antas/alvalade, ia ter 70%, 80%,90% e se calhar 100% do estádio todo a favor.
    Isto meus amigos, só em Portugal, sem mencionar outras coisas históricas de domínios fora das 4 linhas.

    A pergunta é: irão os presidentes da Liga ou da FPF, estes de agora ou os futuros, ter culhões pra mudar este esquema que claramente favorece historicamente apenas a um clube???

    Eu pessoalmente acho que isto só será possível quando vampiro doar sangue ou quando o Saci Pererê cruzar as pernas...

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    1. Bem-vindo RBN.
      Concordo, por princípio, no futebol e na vida, numa sempre mais justa divisão da riqueza. Que não da pobreza.
      Dito isto, não compro a história do "Clube da terra". Acho que cada um deve ser do que
      Lhe apetecer. E lembro a onda azul que este ano encheu estádios e nos fez jogar em casa. Foi bom.
      Já quanto ao domínio fora das quatro linhas, é um caso de polícia e devia ser a Justiça a resolvê-lo. Você e eu podemos esperar sentados. Que não calados!
      Tenho esperança que os novos acordos televisivos permitam o crescimento mais sustentado de alguns clubes. Mas há realidades impossíveis de mudar. Quantos habitantes tem Moreira de Cónegos? Terem um clube no escalão principal é muito meritório, mas qual a base social que lhe permitiria alguma vez ser um grande clube? Sem nenhum desprimor para o Moreirense, está claro.
      Um abraço e volte sempre.

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    2. A questão não é quantos habitantes tem Moreira de Cônegos ou outras cidades quaisquer, mas sim as "regras gerais" que regem as ligas mais fortes, e que fazem delas mais fortes.

      Veja bem: o Man United vai jogar pá taça em Northampton.
      O Northampton não é um colosso, mas o estádio deles tem 90% dos adeptos a torcer por eles. Qualquer equipazinha inglesa de qualquer cidadezinha inglesa vai ao estádio apoiar a sua equipa, independente de qualquer colosso jogar lá.

      Da mesma forma que o Barça ou Madrid vai jogar em Maiorca, ou Las Palmas ou Tenerife, o estádio está com 90% da lotação ocupada pelos da casa.

      O melhor exemplo, salvo erro, penso que é o Utretch ou Twente, na Holanda. Um destes clubes tem um estádio com 28 mil lugares, mas a cidade onde vivem tem 26 mil habitantes, mas quando lá vão jogar Ajax, Feynoord ou PSV, o estádio está cheio, e não é de adeptos visitantes.

      A onda azul levou 5 mil pessoas ao Bessa, mais 5 em Guimarães, ou na melhor das hipóteses, dividiu o estádio 50/50 em alguns jogos. No caso do boifica, os estádios onde jogam "fora de casa" estão maioritariamente pintados de vermelho, é como jogar em casa, e isto faz com que a vassalagem histórica de fazer caixa com casa cheia seja mais importante.

      A competitividade do "time da casa", caso ganhe, empate ou perca, é indiferente, fica pra segundo plano, o que interessa é fazer entrar dinheiro em caixa.

      Queria que fosse como em Inglaterra, onde os grandes recebem chorudos dinheiros, mas os mais pequenos também recebem verba suficiente da Federação Inglesas pra contratar excelentes jogadores e serem competitivos. Por isso é a melhor liga do mundo.

      Acha justo um time jogar fora de casa apenas em duas ou tres jornadas num universo de 34 jogos?
      Como disse, não há culhões pra isso.
      O nosso Porto foi, é e sempre terá de ser um Asterix no meio de tantos romanos vermelhos, porque sempre parte em desvantagem em relação aos menstruados de lisboa, pelo facto de ter de jogar fora de casa 50% do campeonato, enquanto que os menstruados jogam apenas 2 ou 3 vezes.

      Fazendo as contas historicamente desde que o mundo é mundo, veja quantas vezes na História o boifica jogou "fora de casa" com minoria de adeptos nas bancadas nas competições domésticas.

      Abraço e continue os excelentes textos e prosas:-)

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    3. Eu entendo, mas continuo a achar que se trata de uma questão cultural. E a cultura não é boa ou má. Limita-se a ser. E já demonstrámos que conseguimos ganhar assim. Alargando, à força das vitórias, a nossa massa adepta. Muito!
      Olhe, se fosse pela terra, eu era do Malhangalene. Depois, teria sido do Estrela da Amadora. É até, salvo seja, do Carnide. Mas sou do Porto! E pelo Porto torci empluma Reboleira, à frente dos meus vizinhos...lampiões! Que também me perguntavam porque raio haveria eu de torcer por esses tripeiros, lá de tão longe...
      Obrigado pela preferência. Espero vê-lo por cá mais vezes.

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  5. Jorge Costa e Queiroz falam da B em "O Jogo" de hoje. Blablabla, Galeno. Significa que não viram patavina da época dos meninos. Ou então nao gostam de malta com nomes parvos. Como Fede...

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