segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

hiperligação | 92º shooter: opus V - o Triunfo dos Porcos




«todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.»

Agosto de 1945.
George Orwell, pseudónimo de Eric Arthur Blair, publica romance sobre a vida numa quinta e a interacção entre animais e humanos, satirizando o regime de Иосиф Виссарионович Сталин. “de quem, porra?!”, perguntas tu. bendita Wikipedia que me permite pesquisar sobre o cirílico (russo) de Iossif Vissariónovitch Djugashvili – nome de baptismo que posteriormente viria a dar origem ao de Josef Vissariónovitch Stalin, mais conhecido por “o Pai dos Povos“ e que, entre outros cargos de somenos importância, foi editor do ‘Pravda‘ (voltaremos a este facto mais tarde).
portanto, depois dos bombardeamentos de Hiroshima e de Nagasaki, a 06 e 09 de Agosto de 1945 respectivamente, o sr George resolve ridicularizar as classes sociais e politicas vigentes do seu tempo, contando uma história que tem como protagonistas um grupo de animais, que vivem numa bela quinta e que num dia se revoltam contra o seu dono, o “sr. Jones“, que os trata «de forma desumana». dá para perceber a ironia? é que “1984“ estava a somente cinco anos de distância daquele…
a citação acima é a redefinição de um dos mandamentos para os animais que tomaram a quinta de assalto e que serve de mote para as linhas que se seguem.

em tempos, prometi (e impus) a mim mesmo duas condições máximas; a saber:
(i) quando em casa, ver as transmissões dos jogos de futebol em ‘mute‘, sobretudo para ganhar Paz de Espírito e evitar posterior recurso aos dislates do Freitas Lobo e/ou partir a tv por causa do lampionismo obsessivo do Pedro Henriques – não necessariamente popr esta ordem de grandeza;
(ii) deixar de ver os “debates“ televisivos que se seguem àqueles, excepto os que se realizam entre pares, no Porto Canal. Sobretudo, poupar-me e à minha sanidade mental, à verborreia do «merceeiro», aos microfones da Estação de Queluz.

pois que ontem, Domingo, não consegui evitar a segunda condição. explico.
quem tem a coragem (e o pouco discernimento, convenhamos) para me seguir no twitter sabe o que escrevi a seguir a uns intensos 45’ minutos no Estoril, na passada Quarta-feira: «está a ser bom, não foi? o encontro na Amoreira já é Passado; foco total no próximo compromisso, de grau de exigência igualmente máximo: Portimonense».
o jogo de ontem, sobretudo a primeira parte, pareceu, em tudo, a continuação do encontro ante o Estoril, mas num estádio diferente e contra um adversário não tão “amarelinho“ – principalmente pela intensidade de jogo e por, mais uma vez, se vislumbrar na Equipa um Querer como há muito tempo não se via no Clube (literalmente a querer “comer a relva“ em busca dos três pontos, não só o mais rápido possível, mas não facilitando em nada na prossecução desse objectivo). sem pretender ser exaustivo, acho que se trata de uma súmula do muito que li na bluegosfera sobre estes dois jogos e do que escutei no #aCulpaédoCavani.

acontece que, quem não é afecto à cor azul-e-branca e está tão-somente a cinco pontos de distância da liderança graças à benevolência de muitas #missas, ordenadas pelos insuspeitos #padres do nosso comezinho futebolzinho de treta, assim não entende. e este é um facto que se comprova nas múltiplas reacções às nossas duas últimas vitórias incontestáveis e independentemente da cor de onde provêm as críticas; aliás, o verde e o rubro confundem-se nestas questiúnculas de “choradinho calimero“ quando o azul é o que predomina no panorama nacional…
o que se tem verificado nos últimos dias é a total filha-da-putice, com um descarado despudor e uma sem-vergonha de uma desfaçatez, com “os de sempre“ a acusarem-nos de comprar os nossos adversários. sim, não estou com meias-palavras, nem com “paninhos quentes“ no uso das mesmas: acusam o FC Porto de práticas ilícitas, sendo que o desplante raia o Absurdo quando uma das agremiações, recorrentemente altercadora, encontra-se a ser investigada por supostamente praticar actos ilícitos, como são a compra de resultados desportivos, aliciamento de jogadores adversários, e a prática continuada do crime de Corrupção na actividade desportiva –os célebres maletins ‘Louis Vuitton‘, repletos de muita Boaventura, expedidos por via dos Césares desta vidinha…
é tamanho o “melão“ que, por exemplo, o foco dos ataques deixou de ser a tentativa do FC Porto tentar «ganhar na secretaria» o jogo da passada Quarta-feira para passar a ser o de um suposto «adiamento irregular» do mesmo – num ‘spin‘ digno de quem está habituado a interpretar os Regulamentos a seu bel-prazer, mesmo que os tenha aprovado há sete meses atrás… de facto e indubitavelmente, mais uma «página negra» perpetrada pelos mesmos de Sempre, em conluio com os habituais pés-de-microfone e sabujos do #jornalixo tuga, que se prestam a este papel menor de serem meras prostiputas rascas de um #EstadoLampiânico dentro do próprio Estado de direito. compreende-se a necessidade de se levar dinheiro para casa para se pagarem contas, mas há limites para a Decência… só que comprovadamente há uma agremiação «mais igual» do que as demais – assim como há mais do que um ‘Pravda‘ que convenientemente vai adulterando a Verdade ao sabor das conveniências daquela, e sem olhar a meios para tal.
o momento máximo deste desaforo aconteceu na noite do dia de ontem, por via do «merceeiro» do «Primeiro-ministro» do mesmíssimo #EstadoLampiânico. mais do que comentários, escute-se o que proferiu a aventesma (aqui). e, já agora, qual foi o mote para o título desta prosa (aqui).
acho que não será necessário acrescentar mais nada. .


portanto e em suma:
este é só um exemplo do muito que se avizinha por aí e quando faltam dez finais por disputar, mais a segunda parte da meia-final para a Taça de Portugal (em Alvaláxia, a 18 de Abril próximo). e desengane-se quem pense que este foi o máximo da petulância; ainda é só o começo, e independentemente das “facturas“ que a nossa Equipa faça por cobrar, depois do pesadelo contra o Liverpool.
também reafirmo essa minha forte convicção de que é muito importante o espírito de União em torno daquela, porque esse é o único facto que conseguiremos “controlar“ e que efectivamente depende de nós, tal como o mesmo Blair o afirmou, em tempos e acerca do romance que este post toma por empréstimo:
«não há Revoluções a menos que sejamos nós próprios a fazê-las, uma vez que inexiste algo parecido com ditadores (ou ditaduras) benevolentes.»

“disse!“


Miguel Lima | 92º minuto
(este espaço será sempre escrito de acordo com a antiga ortografia. limices.)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Os telegráficos

- Xôtôr, oh xôtôr, dá licença?

- Agora não que me está a dar o refluxo. Mais tarde.

- Majé urgente, xôtôr. Recebemos telegramas.

- Já se esperava. - Limpa o suor frio da testa com as costas da mão sapuda. - Lê lá isso e desampara-me a loja. - Arrota.

Lê:

Golo tripas ilegal stop tico offside e coiso stop golo coates legal stop Doumbia discriminação positiva stop não ao racismo stop nome elefante fofinho stop 37 dias e 3 minutos descontos stop vergonha stop desancar em redes sociais stop triste só abandonado stop gelado stop barda stop merda stop

- Foda-se. E o outro?

Lê:

Vergonha nunca vista stop tu cão que não conhece dono stop vouchers kaput stop mexe esse cu stop dica stop invasão campo amoreira stop anão saraiva é que sabe stop hum stop hum stop chama imensa stop vê lá não te queimes stop hum stop

Arrota repetidamente, visivelmente incomodado.

- Foda-se, este vinha com molho. Ainda bem que não é gases.

- Quer dizer, também é ar. - Repara.

- Mas não é do cu.

- Bem, o xôtôr, visto daqui, parece um bocado borrado.

- Estamos cheios de graça hoje, hein? Vê lá não te caia algum dentinho. Agarra-te majé ao telex que vamos já responder. Era mais fácil quando esta malta não tinha asco aos e-mails...

Dita:

Que passou stop se stop não jornais stop não tvs stop não telefonia stop apenas página oficial líder stop recolher informação stop corrigir erros asap stop cuidado gelados testa stop

- Agora o outro. - Suspira. - Escreve aí:

Invasão boa ideia stop ão ão stop abanar rabo stop mãos obra stop próximo jantar catedral stop conta CD stop abraço paulo stop

- É tudo, xôtôr?

- Não. Pelo sim, pelo não, manda maijum. - Dita:

Brilhante vitória stop ferrenho desde catraio stop #vamosganhar stop penso eu stop de que stop pena a invasão stop

- Acha que cola, xôtôr?

- Quando um bando de arruaceiros salta o muro e te in-va-de o quintal, o que achas que se está a passar?

- Invasão, xôtôr! - Exclama.

- Lá está! É que entra purojolhos adentro. Vamos lá tratar disso, hum, hum? Bardamerdas.


hiperligação | 92º shooter: opus IV - focus




sim, é verdade: ainda não esqueci.
aliás, como esquecer uma noite de pesadelo quando diariamente ainda me custa a sentar? fui sodomizado, à bruta, por um bando de lenhadores bretões, sem apelo nem agravo, nem direito a um carinho e muito menos um banho de rosas, no final de um acto que se repetiu por mais quatro vezes. ao invés, ganhei um andar novo para os próximos tempos e que mo fazem questão de recordar – não só na leitura diária de alguns pasquins, como na rede social que frequento, e invariavelmente no trabalho…

“estás diferente, Miguel! cortaste o cabelo? ah, não, não é isso! estás de saco cheio, não é? deixa lá… olha, dá cá um 'high five' qu'isso passa!“… ou “ó Lima, já leste o último conto da Enid Blyton, 'Os Cinco no Dragão'? muita bom, pá! tão ou melhor do que o 'white album' dos The Beatles!"… ou “ó Mane, levaste cinco na pá que nem podes sair do quarto para a Salah. vais demorar a ficar Firmino!“… e riem-se, as bestas. era quem lhes arrebentasse as ventas com os tijolos do Marega, que eu, agora, não posso nem com uma Corona… adiante.

nos dias a seguir à hecatombe foi muito complicado arranjar Espírito – não só para suportar aquelas provocações baratas, próprias de quem só segue a Champions pela tv e se baba somente com os desaires do único competidor português na mais prestigiada competição mundial de clubes, mas principalmente para escrever. assim se justifica esta ausência, com o correspondente pedido de desculpas, não só a ti, mas também ao dono deste salutar estaminé – por que é um bálsamo em dias de tormentosa crise.

nos momentos a seguir ao apito final, a raiva era imensa e amandei com uns quantos tweets para a ‘timeline’ da coisa, a ver se passava. debalde. a fúria era muita mas não compensava o desgosto (bem superior à natural frustração que se seguiu). recordei-me do desastre de Munique, em 2015 e dos humilhantes 6-1. e dos 5-0, em Londres, em 2010, ante um Arsenal que fez de nós Fuciles num dia péssimo. e de uns 4-0, em Manchester, em 1997, com muitas Costas largas. curiosamente três resultados fora do nosso reduto… é que no Dragão como, em tempos, nas Antas, é suposto sermos nós a mandar. infelizmente não foi o que aconteceu, como sabemos e por tudo o que entretanto já foi escalpelizado por quem de direito nestas andanças.

a minha concentração para o quotidiano azul-e-branco só regressou ao final da manhã de Domingo quando o pikachu lá de casa perguntou quando é que jogava o FC Porto, se eu ia ao Dragão e se o poderia levar também. respondi-lhe que jogávamos perto de casa dos Avós maternos, pelo que teríamos que ver o jogo pela tv. então, no alto dos seus seis anos, ele disse que antes queria ver o Cartoon Network… há-de chegar o dia em que o seu foco, em dia de jogo, será outro. não me iludo, nem me preocupo.

numa partida de sentido único, foi gratificante perceber que, com esta Equipa Técnica e com o plantel à sua disposição, ainda há pergaminhos que se fazem por honrar e que, a seguir a uma derrota, o adversário que se segue é quem terá que efectivamente “pagar a factura“. desta feita, calhou ao Rio Ave “do“ Spalletti do Ave passar uns momentos desagradáveis…

o retomar da liderança do campeonato não apaga a dor (igualmente física) da passada Quarta-feira mas, por um outro lado da questão, recentra a nossa concentração para o objectivo mais importante desta época: a conquista do campeonato.

e é por essa razão que o jogo de mais logo, na Amoreira e se a bancada entretanto não ceder, é o desafio mais importante deste ano – não porque e como diz o “chavão do futebolês“ seja o imediatamente a seguir ao anterior, mas porque se trata de uma partida de duas partes de 22'30" cada, sem direito a intervalo e em que entraremos literalmente a perder por 1-0.

afigura-se uma tarefa muito complicada, para uma equipa a denotar algum desgaste físico e que invariavelmente tem que lutar com muitos adversários, em cada jogo – e não me refiro só aos jogadores da outra equipa, os quais certamente que estão muito “motivados“ #alegadamente com o que os Césares do nosso comezinho futebolzinho tuga transportam nas suas malas Louis Vuitton, diz que carregadas de muita esperançosa Boaventura…

aliás e se dúvidas houvessem do que se afirma, os instantes finais do jogo de ontem, em tondela, comprovam que, se viermos a conquistar o tão desejado e ambicionado título de Campeão Nacional, este será um feito que superará, não só as nossas melhores expectativas, mas também muitos opositores – a começar pelas forças da Segunda Circular e de todo um Centralismo serôdio, atávico e a tresandar a mofo (e já para não mencionar o ultraje que é a continuação desta partida que foi interrompida, por ordens superiores, do Comandante da Protecção Civil presente no Estádio, em Janeiro último, devido a «questões de segurança»…).

portanto e em suma:
será bom para a Nação Portista que o “focus“ se mantenha no Importante e que nos alheemos do Acessório – isto é, que esqueçamos, nem que seja por momentos, a dor de Liverpool e concentremos todos os nossos esforços no apoio à Equipa para a obtenção do ceptro de Campeão.

é um pouco como a imagem ali em cima: podemos não reparar na superfície frontal que se desloca para o Golfo do México, se nos concentrarmos somente nas outras superfícies. é que depois, chegados lá, só com roupinha de Verão e sem um agasalho, não saberemos onde é que fica a Feira de Custóias mais próxima, o que poderá ser traumático… é que pode dar-se o caso de virmos a acordar na banheira de um hostel rasca, suturados porcamente na zona do abdómen e com esse 'plus' de um andar novo… sim, outro andar novo.

Miguel Lima | 92º minuto
(este espaço será sempre escrito de acordo com a antiga ortografia. limices.)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A Mesa do Canto: 4 those about to amamentate the Tributary Authority... (Com Famel_ZundAPP)



Determinei de mim para comigo um tempo limite para encontrar uma resposta decente ao Grande Mistério da Humanidade que aqui tinha deixado ontem. Já se sabe que os Grandes Mistérios são melhores de um dia para o outro, parece que apuram. Pensei que horita e meia me bastaria. Como não estava a correr assim tão bem, decidi dar-me mais uns 4 minutinhos. A verdade é que 96 minutos depois, ainda não tinha percebido porque é que andam os motards em protesto.

Aos 99 minutos, entra pela porta um tipo em tronco nu e capacete. Opá, é que nem de propósito, assunto arrumado! Tinha que ser lagarto...

- Olha lá pá, mas o que andas tu a fazer nesse preparo? - Enquanto lhe espeto um bagaço à frente.

- A ensacar bacalhau demolhado para congelar, está claro. - Um trago, fundo do copo contra o balcão.

- Pois, pergunta parva. - Reviro os olhos. - Porque raio é que vocês, os motomobilizados, são contra inspeções periódicas aos vossos ruidosos veículos? - Outro bagaço, outro trago.

Roda o banco do balcão, tira o capacete e sobe para cima da mesa do canto. Ninguém esperava menos. Os velhos viram-se instantaneamente para ele, já de sorriso a meia haste. 


...

Olá, amamentadores da Autoridade Tributária.

Ora bem.. pediram-me uma opinião sobre isto e eu vou dar. Já dizia o Herman José que as “opiniões são comos as vaginas. Quem tem uma, dá-a se quiser”. Eu, como sou uma puta sem emenda, dou-a toda.
Quando me pediram opinião sobre esta coisa das Inspeções Periódicas Obrigatórias nas motas, partiram logo de princípio que eu seria contra porque sou motard, motoqueiro, moto-rato, moto-etc. Errado! Sou a favor. Calma!! Passo a explicar, antes de me arremessarem fezes ou pedras!

Ando de mota há 20 anos. Não andei sempre na mesma, mas andei sempre nas que têm duas rodas. As que têm 4, para mim, não são motas. Não sei se isso chega para ser motard. Se calhar não, se calhar sim. Achem o que quiserem porque estão num país que se diz livre e o achar ainda é grátis. Sou a favor porque, além de ser motociclista, também sou ciclista, automobilista e outros istas. Só não sou é fascista.
Feito o enquadramento extenso e não quadrado, elenco agora os principais motivos que me levam a ser a favor das IPO nas motas:
  • Nestes 20 anos a andar de mota, perdi amigos que morreram a cavalo em motas mais leves que a Carolina Patrocínio e mais potentes que peidos do Manuel Serrão. A falta de fiscalização sempre permitiu esta merda. Motas tipo pífaros com a velocidade de mísseis Norte-Coreanos. Se as IPO resolverem este caos de potência/peso/lógica, sou a favor;
  • Não gosto de tunning e azeite martelado. Obviamente, nas motas também não gosto dele. Existem motas que têm tantos piscas e outros acessórios ESSENCIAIS para a segurança do motard e dos outros, como o Passos Coelho tem jeito para a política. Ou seja, zero. Se as IPO resolverem esta merda, sou a favor;
  • Como não gosto de música de Tony Carreira e da Ana Malhoa, também não gosto de ouvir motas que andam como um caracol, mas fazem mais barulho que uma betoneira dentro duma cabine telefónica. Gosto de dormir descansado e a poluição sonora é algo que não me assiste. Se as IPO resolverem esta merda, sou a favor;
  • Matrículas do tamanho dos colhões do Cavaco Silva. Ou seja, minúsculas. Percebo que é fodido andar com uma matrícula com o tamanho dum outdoor do Isaltino Morais atrás. Dá cabo da beleza das motas e coiso e tal. Mas há o outro lado. Imaginem que a vossa filha, pequena e inocente - sim, gosto de apelar ao coração com exemplos à Pedro Chagas Freitas - atravessa a passadeira e vem um gajo de mota e lhe acerta. Se ele não tiver uma matrícula visível e fugir, as testemunhas (se as houver), agarram-se ao pau e dizem só a cor da mota. Relato este exemplo pois sei dum episódio semelhante que deu merda a sério. Se as IPO resolverem isto, sou a favor;
Pronto, é esta a minha opinião. Vale o que vale. Ou seja, zero! Podem não concordar com ela e acusarem-me de não ser uma verdadeiro motard, porque não estou contra as IPO porque sim. Estimo que se fodam, assim como vocês estimam que eu me foda. Assim, a existência humana acaba por ser bonita. Digo sempre o que acho pois não alinho em manadas. Peço desculpa por isso.

Agora, adeus. Vou fazer uma panela de canja. Estou com uma gripe do caralho e a tossir mais alto que uma DT 50cc com escape de rendimento da Fuego!

Um abraço.


Famel_ZundAPP | @Famel_Zundapp


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Saltou da mesa, pôs o capacete enquanto espirrava e saiu. Cabrão, não pagou os bagaços!

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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Mais cincazero, Silva!

...oooppsss, sorry, enganei-me no cincazero...

...mas estes foram do bem! Do jogo em si, a gente despacha-se num instante: aos 20 minutos já o FCP estava a ganhar por dois, com uma bola na trave e outra salva em cima da linha. Pressão alta, recuperação de bola em zona de ataque, maior rapidez do que adversário e mais agressividade para ganhar as segundas bolas, muita decisão má sobre o que fazer com a chicha. Chegou e ainda sobrou para quarta-feira que vem. Foram cinco, podiam ter sido um pouco mais, se bem que não muito, porque a eficácia esteve altíssima, ainda que o melhor futebol tivesse aparecido nos últimos 20 minutos. I wonder why... Desconfio é que não teríamos tido uma partida tão descansada se fossemos jogar esse bom futebol de inicio. Vai daí, fuck it!

Ah, é verdade, o Iker voltou à baliza. Vai-se a ver, está mais gordo. Concordando com a titularidade do Espanhol, porque é o melhor do plantel, não o teria feito agora. A menos que o Sá tivesse suplicado muito. Mas lá está, eu não teria tirado o Oliver da equipa depois do Besiktas...

Como dois parágrafos parece pouco para um post e não tenho nenhuma novidade acerca do meu estudo sociológico "Estupendas cenas da pornografia Mundial e a sua influência no conflito étnico do Sudão", vamos conversar um pedacinho sobre coisas a propósito do FCP vs Rio Ave de ontem.

...

Coisa 1 - Liverpool

Estratégia: pressão alta, intensidade e agressividade positiva. Objetivo: ganhar a bola em zonas adiantadas, encurtando o caminho para a baliza. Como ideia, não está nada mal. A aplicação pode ser complicada, mas contra o Rio Ave resulta sempre bem.

O problema não é o adversário, é o árbitro. Acertas na bola, mas raspas no jogador? Falta. Encostas-te ao rapaz que tem a bola, segue, segue, até ele ficar sem ela, momento em que? Falta. Carrinho para recuperar o esférico? Pá que abuso! Falta. O gajo teve uma embolia e caiu redondo - salvo seja! - e tu procedeste a avançar para a baliza? Espera, alguma coisa deves ter aprontado, seu traquinas. Falta. Há cinco dois minutos que ninguém se atira para o chão a balir de dores lancinantes? Deve-me ter escapado uma sarrafada ou outra. Pelo sim, pelo não, vou marcar uma falta.

Reparem, nem sequer vou discutir a Xistralhada do critério. Apenas porque o assunto não é este jogo, está claro. O assunto é o segundo golo do Liverpool no Dragão. Como, mas como, posso esperar que o Marega não achasse que tinha pelo menos 1 minuto para ficar a rebolar no chão? Porque é que a equipa não haveria de levantar o braço e deixar-se estar descansada? É o que nos ensinam, em campo, durante cinquenta jogos. Os milhões dos orçamentos, o pacing, a intensidade, a santa cona do assobio e os colhões do mudo, podem todos ser muito verdadeiros, mas o pior de tudo é termos que jogar outro jogo durante um ano inteiro.

Fosse um Xistra do estrangeiro, um Xáistra ou Xistre ou von Schïstr ou a puta que o pariu, a apitar-nos contra os de Anfield, não havia segundo golo para ninguém. Fosse um árbitro de futebol a apitar-nos ontem e teríamos dado oito. Quer dizer, dependendo do minuto de jogo. Se fosse depois de o cérebro do Brahimi ter ido tomar banho, se calhar dávamos só seis.

Imagino um trabalho muito complicado para um treinador do FCP. Na maior parte do tempo, tem que dizer aos moços: Pá, oh Orelhas, tens que ser mais meiguinho, não sei, não lhes tires a bola, fica só lá a olhar para eles ou assim. Pode ser que se hipnotizem a olhar para os abanos e adormeçam. E mesmo assim, não abuses, que olhar fixamente para o adversário pode ser conduta antidesportiva. Oh tu aí, o armário, um metrinho de perímetro de segurança, tajóbir? Se te chegas mais do que isso, ainda levas amarelo.

De longe a longe, chega-se ao pé dos mesmos tipos e: Pá, oh Hector, tu morde-lhes os calcanhares, não os deixes da mão rapaz. Oh tu aí, o armário, só cais se te derem um tiro, tajóbir? E mesmo assim, é se for audível. Se for com silenciador, continuas a correr que te fodes, andor meu menino.

A jogar em casa, contra o macio Rio Ave, o FCP foi mais agressivo e intenso do que contra os Saxões do Demo? Muito mais! Ontem, cometemos 25 - VINTE E CINCO! - faltas, contra 9 - NOVE! - de quarta-feira. Acreditam nisso? Really?

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Coisa 2 - Miguel Cardoso

Já sabem que eu sou um embirrantezinho de merda. Ainda por cima, quando desata toda a gente a tecer grandes loas a alguém, eu fico desconfiado. Menos se for a mim. Aí, percebo lindamente.

Ora então, oh Miguel, amigo, deixa-me dizer-te que se me desse na gana de mandar num clube endinheirado - pois claro que me deixavam, homessa! - a primeira coisa que eu fazia, era garantir que nunca te contrataríamos. Depois de isso estar nos estatutos vitaliciamente, já me podia retirar para a minha herdade, que seria todo um atol nas Maldivas, e plantar frutos vermelhos. Gosto de sangria de Perignon com groselhas acabadas de apanhar, qual é o mal?

Becabecabecabeca a identidade, rebéubéubéu a coragem, renhónhó o espetáculo, blabla houvessem mais destes. Pá, tudo certo. E aquela coisa estupidamente sobrevalorizada a que temos o hábito de chamar...errr...espera...é como mesmo?...ah, já sei, aprender!? 

Tenho imensa pena pelo Miguel, sendo eu insuspeito porque gosto daquele tipo de futebol, mas o problema não é o modelo. É a burrice. 

Broda, fazer minetes é bom. Para além do mais, é coisa para colocar as pessoas bastante perto do orgasmo - mineteiro e minetada, já se vê - mas a coisa complica-se se à quinta vez ainda não percebeste que APENAS isso não chega. Vai-te valer umas quantas palmadinhas condescendentes nas costas e ZERO orgasmos. Precisas de fazer mais alguma coisa, moço. Qualquer dia, rebentam-se-te os tomates em cheio nas tuas próprias trombas. Canoijo!

... 

Coisa 3 - Ser Campeão!

No inicio deste ano, decretei que o Porto é Campeão. Foi logo a seguir ao assalto à mão armada em Santa Maria da Feira, com tentativa de violação por via anal incluída. Nessa altura, ainda não tinha quase caído uma bancada e ficado um jogo a meio. Hoje, essa metade por disputar apresenta-se, por motivos diferentes, tão relevante como a batalha de Terras de Santa Maria.

Eu devia saber que para o FCP ser Campeão, tem que ganhar o Campeonato duas vezes. Burrice minha, desculpem. Ainda acabo a treinador do Rio Ave.

...

Grandes Mistérios da Humanidade: Porque raio é que os motomobilizados são contra inspeções periódicas aos seus ruidosos veículos? Organizam arruadas e até aparecem ex-Presidentes de Câmara lá misturados e o caraças. Gajas com as mamas à mostra é que nem vê-las! É uma cena um bocado panasca para motard, não acham? Vou investigar...

...

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Cincazero, Silva!

...que remédio. Não é como se tivesse alternativa, senão abanar a cabeça e sorrir do modo mais amarelo de que for capaz. Começa agora, e ainda está de noite, e só vai acabar quando...sei lá quando, talvez em março, no jogo de volta, talvez no domingo, depois do Rio Ave. Um dia acaba. Até lá, sorrio amarelo, abano a cabeça, mas não a baixo. Afinal, esta roupa de trabalho não tem um emblema para eu beijar.

Nem sequer vou perder tempo e delapidar o meu parco latim, lembrando quão forte é o Basileia ou a alegria que é jogar em fevereiro no Cazaquistão, contra o colosso das bicicletas. Isso sim, feitos que enobrecem a Pátria, a deles, e que merecem ser relevados pelos altos dignitários do bairro. O deles, que teimam em fazer de conta que é um país inteiro.

Posso sentir um arrepio de irritação, quando chegarem os derrotistas e derrotados do costume. E os catárticos, à procura de culpados, muitos e vários, mantendo em chaga a ferida, destilando os seus ódios de estimação. Até à próxima vitória, só até lá, a esse momento em que acaba. 

Cincazero, Silva. Nos olhos, trarão a minha tristeza e isso faz-nos irmãos. Juntem-se à roda, a que tem os muitos milhares que ontem, sorrisos amarelos em punho, abraçaram, cantando e pulando, os que levam as nossas cores. E tanto que têm merecido esse colo.

Olha equipa, aqui está a eterna mocidade. Nobre e leal!

...

Aos que, coitados, quiserem mesmo vir trocar duas de treta sobre a bola, vou ter que lhes dizer, como sempre, o que vi:

Se os jogadores não mereciam ter sido terraplanados pelo resultado, o treinador merecia ainda menos. Exceto pelo...pois, isso. Mas não esteve em causa durante as vitórias ou na defesa impossível em Chaves, certo? É por isso que não aceitarei que se lembrem agora, os que fizeram por esquecer antes. Não  desenterrem esse morto os que o mataram e ainda se deram ao trabalho de apequenar quem alertou para o erro. Que, foi-se a ver, só foi errado agora, quando não podia mesmo ser.

O treinador fez tudo bem. Podemos implicar com o “decreto Marega” ou discutir as opções, mas são detalhes de um tempo em que já tudo era praticamente by the way. De resto, entrámos com a estratégia certa e o Freitas Lobo pode, e deve, ir apanhar no real entrefolho do olho do cú. 

Entregámos a bola aos beatles, deixámo-los andar com ela à roda até à linha de meio-campo e tapámos as possibilidades de a entregarem aos moços da frente em condições. E quando, ainda assim, o conseguiam fazer, o espaço para os artistas era tão curto que se acabava o campo. Ao mesmo tempo, estivemos sempre prontos para sair em contra-ataque, algumas vezes muito a preceito. 

Foram 25 minutos, mas a ideia era que fôssemos perfeitos e pudessem ter sido 90. O saldo desse curto período, foi uma oportunidade de golo e três ou quatro cantos para o FCP. E um adversário claramente incomodado.

Escamotear as responsabilidades é mau. Atribuir culpas individuais numa derrota por cinco, parece estúpido. Então, resolva-se o dilema traçando um risco: ali em cima, falei-vos do Verbo. Agora, faça-se Luz: o lance em que tudo correu mal a José Sá. 

Desde a reposição com as mãos direitinha para um seilákeporradecôrakilera, a meio do nosso campo, com a equipa toda em contrapé; até ao enorme frango final. E todo um novo Universo se pôs em movimento.

Há falta sobre o Marega, na jogada que pôs acabamentos de luxo na construção iniciada acima. E uma passividade assustadora dos nossos - como não foi falta? Espera, vou levantar o braço e já se resolve isso. Hã? E continuam? Ai o caralho! - a recuarem e a deixarem o bife andar os metros necessários para chutar. Termina em beleza, com o avançado a reagir três vezes mais rápido do que o defesa. Fim do jogo.

Fim, porque o desconforto que se acabara no frango do Sá, deu lugar a uma espécie de Paraíso para uma equipa que, mais do que tudo, sabe e quer jogar no espaço, em velocidade, contra adversários que queiram, ou se vejam obrigados, a ter a bola e a procurar o golo. O treinador preparou bem o jogo, o jogo é que lhe deu com os pés.

Vamos a contas: 45 minutos, 2 oportunidades flagrantes para o FCP, 1 erro individual do tamanho dos clérigos, 1 falta por marcar e muita gente a nanar, zeradois. Houve mais alguma coisa? Não, mais nada! 

Para a segunda parte, SC fez o que tinha a fazer que, ao mesmo tempo, era tudo o que não queria fazer. Foi à procura  de golos, forçando o ataque. A walk in the park para os ingleses. Estes ingleses. Cincazero, Silva.

...

Mais tarde, cansados de repetir as incindências e de preencher os cenários what if, alguém se lembrará de dizer “ao menos vamos poder descansar a malta no jogo de lá”.  Como se fossemos outros quaisquer e não o FCP.

Azul, branca, imortal, essa bandeira só avança quando não estamos a “cumprir calendário”. Isso não existe para nós. Vamos a Liverpool para ganhar. Para marcar mais um golo que o adversário. Ou mais dois. Mais três, se se distraírem. Até quatro, numa pontinha de sorte.  Altura em que veremos das possibilidades de uma Era do Fogo sobre a sombria cidade. Cá esperarei então, sorriso rasgado, pelos vossos Cincazero, Silva!

Eu não me sinto humilhado. Como não senti em Munique, ao contrário de muitos. Humilhação é jogar para cumprir calendário.

...

Espero que a tua diagonal te possa trazer aqui. Pensei em agradecer-te por ontem não ter sido o dia do Cincazero, Silva!, apenas. Mas seria parvo, porque nenhum dia é apenas. Os Amores preenchem-nos a todos. 

O facto permanece e é insofismavel: hoje devia ser dia de um post sem bola, dos Amores. Vamos fazer de conta que, como os Cincazero, é só um típico Estás Atrasado, Silva! Digamos que me lembrei de cortar as unhas na altura menos indicada. Mas, como vês, não te perdi de vista. Só estou um pedacinho demorado...


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Os bons, o mau e o cretino

O público do Dragão elegeu-o MVP contra os vermelhos de Braga por antecipação cósmica. Muito mais sabidos nisto do fintabol do que eu, perceberam que na partida seguinte este moço ia jogar o que jogou e pronto, procederam a ignorar o senhor Hattrick de Assistências e Telles.

O menino, que ainda é, fez (quase) tudo bem e da forma que o jogo, o nosso e o do adversário, exigia. Foi intenso na luta (!), sublime a tirar a equipa da pressão - muitas vezes ao primeiro toque, comme il faut xôr Oliver - pressionou alto, recuperou bolas, assistiu para golo e acertou no poste. De mais longe que o Yacine num penalty, incha.

Assim, é indiscutível. Tanto como seria Danilo, se estivesse em condições. Caramba, é de salivar. Sendo eu o tipo mais insuspeito para estar a escrever isto, como bem sabe quem por aqui se vai abancando. Até o rabo pareceu mais leve, de tal maneira que se atrasou menos e não precisou de fazer nenhuma daquelas típicas faltas estupidas e brutas que lhe costumam valer um amarelito. 

MVP. Mas tem tino rapaz, olha que eu não gramo lá muito destes momentos em que tenho que, humildemente, meter a viola no saco. Estarei atento, qual Sonso a escrutinar o trabalho dos árbitros.


Eu não sei se o mister já sabia como ia jogar o Amora ou se inventou aquilo à pressa para a flash. O que sim, sei, é que não mudou um pingo da equipa. Como quem diz: zbordem por zbordem, estes da margem Sul não serão muito diferentes dos da margem Norte. Do Douro, está claro.

A equipa tem facilidade em variar de estilo e quando não pode sair apoiado - leia-se quando a construção não passava pelo Sérgio - monta-se às costas do Marega ou aponta à cabeça do Soares. E a coisa resulta.

O treinador põe as pernas da malta no lugar da boca e cumpre o que diz: é para ganhar tudo! Eu gosto. E tinha saudades.

...



Houve uma diferença substancial entre a primeira parte, tão parecida com os últimos jogos contra este Amora, e a segunda. Sendo certo que o único golo que contou nestas quatro horas - também ficaram silenciosamente à espera que o VAR anulasse? Mesmo sendo um jogo da FPF? - foi marcado no segundo período, a verdade é que foi no primeiro que demos, mesmo!, o habitual banho de bola. Perdemos, de novo, golos e o adversário...bem, o adversário fez o que podem fazer os Amoras da vida.

Ainda que tenham espevitado - os outros - no reinício, foi só na parte final que fiquei - ficámos? Digam-me vocês. - com a desconfortável sensação de que ganhámos o jogo que mais riscos corremos de empatar. Na minha opinião, a responsabilidade disto é do treinador e não de qualquer má entrada da malta que veio do banco.

Contra os lampiões do Minho, tinha-se lembrado de treinar em jogo o Paulinho, numa posição em que, claramente, o rapaz nunca se tinha visto. Ontem, decidiu acabar o jogo com nove, a ver se havia emoção. Só pode ter sido por isso. Vamos lá ver:

- Golo, caralho! Atékenfim! Bora já meter três tipos ali no meio. E ainda vamos ao segundo. Aaaaaah foda-se, foi quase. E os gajos neribi, nem cheiram. Assim não tem graça. Espera, vamos tirar o pequenito que está a jogar melhor do que se esperava.

- Entra quem, mister?

- Pá, sei lá, mete outro do mesmo tamanho, para não dar cabo da média de altura.

- Ok, vou chamar o Óli.

- Não! Aguenta, aguenta. Mete antes o do cabelo amarelo. Não somos menos que o Amora! Vamos empatar esta merda no que respeita a gajos com o cabelo côr de peido! Para além de que é um tipo que mal conheço, porque praticamente não treina há um colhão de tempo. Temos que perceber o que é que o moço vale e onde é que pode jogar e dar-lhe ritmo.

- Oh mister, o Ruca já não pode. Não era pelo respeitinho que mete, nem tinha valido a pena tirá-lo de casa hoje...

- Tens razão. Vamos substituir o gajo.

- Passamos o cabeça de ovo para a esquerda, onde já o vimos fazer jogos jeitosos, e metemos o espanhol? Ficamos com a bola e não deixamos os tipos jogar, certo?

- Não pá, isso é estupido! Tiras um careca e metes um gajo que até franja tem? E a média de cabelo, não conta para nada, é?

- Mas o Maxi não está a aquecer, mister...

- Pois, isso é verdade, foda-se. Olha, tira o gajo e não metas ninguém, pronto.

- Tábem mister, seja feita a sua vontade. Hernâni, anda cá que vaijentrar...

Assim não, mister, assim não!

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Tenho-me rido qualquer coisa a ouvir os espertos em bola a falar do mais maior bom mestre da tática. Após os anos de manto protetor em que andaram a incensá-lo, descobriram agora que o tipo alucina. O gajo que achou que tinha sido eleito o melhor do Mundo quando treinava o Belenenses. Brilhante, senhores.

Adivinhem lá de quem é que não foi a culpa de os lagartos terem perdido. 

- Do vento!
- Do Sacchi!
- Do Dost!
- Do Hernâni!

Nada disso. Estava uma brisasinha, o Sacchi podia ser mais Italiano e o Dost, manifestamente, não ajudou a equipa. O Hernâni...ok, o Hernâni não teve MESMO a culpa. Nem o Juses, evidentemente. 

O homem faz o que pode com o fraco plantel que tem. Aproveita-se o Marafona na baliza, a queimar tempo e a sacar golos, o Briguel na lateral, a desancar tudo o que mexe enquanto faz cara de santinho e, vá lá, o Heldon lá mais à frente, a correr e a fintar. Coitado do homem, tem o plantel mais fraco e mais curto, a UEFA não o deixa comprar jogadores em condições e, por isso, tem que competir com o mais baixo investimento das últimas décadas.

O pior, caros todos, é que basta as coisas correrem um pedacinho pior para as nossas cores, lá virão os iluminados do Dragão garantir que o melhor era ir buscar este cretino. Este sim, o tipo que garante títulos! Por exemplo, 3 em 6 campeonatos, com as condicionantes que todos conhecemos e NÃO PODEMOS ignorar. Ou, até ver, uma Taça da Liga em mais 3 anos. Façam contas ao investimento lagarto neste triénio e perguntem aos Viscondes se assim chega.

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Agora sim, Bertocchini, vou ler o que diz a malta por aí. Já mais aliviadinho.

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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

hiperligação | 92º shooter: opus III – hoje faço greve!



« as pessoas percebem que este próprio protocolo é algo limitativo; portanto temos a noção de que, passo a passo, este protocolo terá de ser mais abrangente – não só nas quatro situações objectivas em que existe, mas podendo cobrir também outras circunstâncias. […]
estamos satisfeitos, como já estávamos no início. é uma ferramenta tecnológica nova, que tem aportado mais valor à competição, nomeadamente à Liga NOS. nesse sentido e mesmo percebendo que há uma margem de melhoria do próprio sistema, porque ainda nem um ano passou relativamente ao protocolo do IFAB, o primeiro balanço é positivo. »

estas declarações pertencem ao líder máximo da Liga Portuguesa em funções e que tem, desde que tomou posse, essa Proença, perdão… essa “proeza” de ver todo um séquito dos intervenientes naquela competição lhe tentarem “tirar o tapete” – e como é referido aqui. guerras palacianas à parte, o que não pode fazer é passar um atestado de burrice a quem mais contribui para esta «indústria» em que se tornou o Futebol: os adeptos. explico (espero que) sucintamente.

em Abril de 1979, afirmava o Mestre que «a massa associativa do FC Porto não é o 12º jogador, como se diz por aí; é o 1º jogador porque, sem ela, o Futebol não tinha razão de existir».

recupero esta frase emblemática a propósito daquela contenda porque, se há coisa que a massa adepta do FC Porto não é, é ser lorpa. ou morcona. ou saloia. e muito menos labrega. mas, quem reside fora do Portugal profundo – isto é: longe da «província» a que designam por «paisagem», desde tempos imemoriais –, considera que sim, que somos uma cambada de parolos que deve gostar ‘bués’ de comer gelados com a testa. o «querido» do sr Oliveira Alves Garcia com certeza que é um desses que adora passar atestados de menoridade (intelectual ou outra) aos adeptos do FC Porto, mas engana-se redondamente nessa Proença.

de facto, nós por cá não gostamos de enfardar “palha para burros”, e como se comprova nas declarações de Sérgio Conceição, na imagem ali em cima. quem assiste aos jogos do FC Porto, com as devidas clarividência e lucidez, certamente que já constatou na veracidade do que afirma o treinador da equipa principal. e, se dúvidas houver, este trabalho aqui, da autoria do “Bala Dragão”, dissipa-as: neste campeonato e até à data, o FC Porto é a equipa mais prejudicada pelas arbitragens, com ou sem VAR (é s-e-m-p-r-e mais sem). aliás, connosco parece estar invariavelmente #aVARiado… e não o afirmo de forma leviana, antes suportado pelos f-a-c-t-o-s que o “Bala” trouxe à estampa. é por esta razão que, para mim ou para qualquer outro adepto do FC Porto, aquelas declarações de Pedro, o «querido», são como que um insulto à nossa Inteligência, porque roçam o ridículo de uma incomensurável desfaçatez.

[e, não!, nos adeptos do FC Porto não incluo «o chibo», esse Perdigoto adepto do “clube do garrafão”. e quem é que é «o chibo»? um destes dias explicarei; hoje não é o momento.]

de facto, o balanço só poderá ser considerado «positivo» por alguém afecto a outro clube que não o FC Porto. e, vai daí, até consta que sim, que é de outro clube, mas não será por aí – porque mal será do Futebol quando alguém por cá andar sem qualquer relação a um clube, seja ele qual for.

agora, o que me custa, nesta estória toda, é haver alguém que (in)tenta passar uma mensagem contrária ao que a Realidade nos impinge pelos olhos adentro, final-de-semana sim, final-de-semana também e que é a de que ‘in dubio, FC Porto adversus’ e para citar o caríssimo Vassalo. ou seja: em caso de dúvida, de modo algum o FC Porto poderá ser beneficiado. ainda no passado Sábado tal aconteceu e de forma bem evidente, no diálogo entre o árbitro da partida que nos opôs aos #rabolhosrubros do Minho e o #aVARiado, aquando da obtenção do nosso segundo golo e que veio a desempatar esse jogo: para mim, que ando “escaldado” com toda esta filha-da-putice, a primeira impressão foi a de que estavam a arranjar uma “panelinha” para invalidar um golo limpo, imaculado…

e, confesso-o (mais uma vez), cansa-me ver um jogo do meu clube do coração sabendo que invariavelmente iremos ser roubados. e que, por esse motivo, a Equipa terá que ser muito melhor do que os adversários; a saber: equipa contrária (11 elementos), equipa de arbitragem (04 elementos), VAR (02 elementos), Delegados da Liga (02 elementos), Conselho de Disciplina (13 elementos, actualmente encabeçado pelo magnânimo “doutor” meirim). é mesmo #muitafruta para levar de vencida todos os jogos. todos. os. jogos. t-o-d-o-s…

em suma e porque já se faz tarde para rumar ao Dragão, para ver o nosso Amor comum jogar no nosso teatro de sonhos azuis-e-brancos:

acho que o sr . Oliveira Alves Garcia, bem como muito “boa gente” que gravita no nosso comezinho futebolzinho tuga anda (literalmente) a “brincar com o fogo”. e a considerar que a paciência da massa adepta do FC Porto é inesgotável, mas esta não é! e tem limites – os quais estão a ser sucessivamente postos à prova há pelo menos cinco épocas. assim, talvez não fosse má ideia o «querido» solicitar uma qualquer espécie de “greve” a tanto excesso de zelo e/ou olho-de-lince invariavelmente para os mesmos.

e é por isso que convém (também) recordar esta outra máxima do Zé que não “apanhava bonés”:

« as gentes do Porto são ordeiras porque, se não fossem, há muitos anos que teriam recorrido à violência perante os enganos dos árbitros, que têm decidido da perda de muitos campeonatos! »

“disse!”

Miguel Lima | 92º minuto

(este espaço será sempre escrito de acordo com a antiga ortografia. limices.)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Rojões com sarrabulho e uma malga de verde tinto



Há vários fatores que me levam a preferir que o Braga perca jogos, exceto quando são contra lampiões ou lagartos. Sendo que, no caso dos primeiros, parece que os próprios bracarenses preferem levar na pá.

Não que antipatize com a cidade, até pelo contrário, está-se bem por lá e já fui muito feliz no Bom Jesus. Quais pecado? Tenho culpa que instalem hotéis no monte? Mas assim cumássim, eu cá sou um labrego bonacheirão e ando quase sempre todo contente. Ajuda muito a vida correr bem no âmbito da sorte ao felatio, diz que ajuda. 

De todo o modo, acontece que sou por Guimarães. Sempre por culpa da companheira de expedições, mas também da Taberna do Trovador, do Café Oriental, do mau gin do Coconuts, dos 3 filmes por dia no cinema, dos castelinhos e dos jesuítas, dos passeios de mão dada pelo empedrado das ruas onde nunca nos perdemos. Os sítios são o que lá vivemos e eu perco-me de amores por Guimarães.

O que não invalida que fique todo contentinho quando o FCP enraba violentamente e sem lubrificação o Vitória. Cinco vezes. Lá está, é uma paixão assolapada. O pessoal de Braga que não se amofine, temos sempre preferências nesta vida. A gente senta-se à roda de uma posta de bacalhau e discute isso, ok?

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Ai, espera, isto era por causa da bola! Na série “Bela minhota”, passámos de um injusto empate em Moreira de Cónegos - que é quase Guimarães - para uma merecida vitória sobre os burmelhos de Braga. Inchem, bem feito! O povo ficou todo feliz, porcakilo em Moreira foi uma vergonha, majisto com o zbordem rubro - dass, é que lhes corre tudo mal! - até deu gosto. 

Conforme esperado, a malta vê a bola depois de olhar para o marcador. Até tem o seu sentido, mas não significa que estejam certos. Sobretudo porque não estão. É mais por isso.

Seja como for, o que era efetivamente essencial era ganhar o jogo. Ainda lhe juntámos o facto de ganhar bem, sem mácula. Daí a escolhermos o Sérgio Oliveira como MVP no mesmo jogo em que o Alex Telles fez um - outro! - hattrick de assistências, somando piscinas e boa decisões pelo corredor, é mesmo de quem lhe parece boa ideia festejar, à luz do telefone, uma vitória aos 75 minutos de jogo. Malta, isso é como o unicórnio: aquece a Alma, mas não existe. Se acreditamos que o público influencía o desempenho da equipa, então temos que ser responsáveis no nosso papel e não nos pormos a transmitir a ideia errada para dentro do campo.

Esteve mal, o Oliveira? Nem por sombras. Esteve até muito bem, para o que o Oliveira faz. Desde logo, fez coisas que o Óli, sem veira, não faria: ganhou algumas duas bolas de cabeça na luta do meio-campo, entre outras boas recuperações; e marcou um golo que o outro não marcaria, por ser má’canito e por ter tendência a não estar na área, a dar cabo da marcação ao adversário. De resto, muito certinho o Sérgio, sem grande risco nem grande rasgo, mas consistente, mormente na primeira parte. Claro que quando se tratou de recuperar a posição e ir atrás dos adversários que se lhe escapavam, a coisa piorou um bocado. Lá foi indo, chegando quando chegasse, embora se deva louvar o esforço que foi patente. É perder dois quilitos em cada nalga e ainda vai a tempo de ser o jogador que, na verdade, é. Só que não sabe...

No geral, a equipa entrou bem de novo. Claro que toda a gente diz que no sábado sim, entrámos a pressionar, a dominar, a querer ganhar, arroz de tomate com pataniscas, intensos, os seios da minha prima, a raça, o querer, a tragédia, o horror. Tudo ao contrário do jogo anterior. Mas é só porque ganhámos, porque no fundo, não foi nada assim tão diferente. Não entendam mal, foi bom! E a relva muito melhor, a testemunhar que se acabou o chuto para a couve, às costas do Moussa. Gosto.

A diferença talvez esteja no facto de o adversário ter tido duas aproximações à nossa baliza, contra zero a meio da semana. E ter marcado um golo. Ao passo que nós tivemos menos oportunidades. Tenha-se em conta que estes minhotos são mais capazes que os das camisolas feias, o que explica uma menor inclinação do jogo. De qualquer maneira, uma boa primeira parte, com um resultado justo, se bem que escasso.

A segunda metade foi piorzinha, foi sim senhor. Os anormaloides decidiram subir mais um pedacinho e apertar com o nosso meio-campo. Apesar da disponibilidade do bom do Hector que corria a todo o lado, mesmo que nem sempre saísse bem depois de recuperar a bola, a equipa começou a berrar por um terceiro médio. Alguém que nos deixasse ter mais tempo a bola e injetasse algum sangue fresco, e frio, ao nosso jogo. E o treinador pensou: Oh, xósberrar maijumcadito, não se vão habituar mal.

Quando por fim se decidiu, tratou de quebrar a monotonia. Entre a opção de meter o médio de posse que tinha a aquecer - como sempre - ou o falso ala capaz de fazer o terceiro médio, posição que lhe exige menos conhecimento da dinâmica dos colegas e da equipa, o treinador resolveu quebrar a monotonia da previsibilidade: Oh Pálinho, anda cá. Baijentrar ali para o meio de nenhures, nem avançado, nem médio, atento ao central ou ao tronco, cuidado para não levares com o Hector em cima e resolve-me lá uma equação do terceiro grau enquanto cantas as janeiras. Anda, rápido, siga. 

Resultado, andou o mister a conversar com meia equipa na linha lateral, a tentar explicar uma coisa que, aparentemente, nunca tinha treinado. Ou então aquela malta faltou a esse treino.

Apesar da confusão, ter deixado o Oliveira mais fixo e ter um Herrera capaz de fazer três jogos seguidos devolveu-nos algum controlo. Depois, quem tem um Yacine e não o deixa a ganhar mofo no banco, merece sempre o que o rapaz consegue fazer. Que é pouco maijómenos tudo. Pumbas, trêzum, depois de um valente Sá nos ter salvo de novo empate. A seguir...foram mais luzinhas.

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No fundo, a malta tem razão. Isto é bom quando se ganha e ponto final. Eu cá também fico (ainda) mais contente. Não preciso é de fazer de conta.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

hiperligação | 92º shooter: Opus II - Olá e adeus (ou vait'embora)



vou deixar as análises ao jogo de anteontem, em Moreira de Cónegos, para quem de direito e que muito prezo – a começar pelo dono da tasca mais as suas culpas, lá nos Cavanis deste mundo. eles são entendidos nessas matérias e quem sou eu para discordar deles (e delas)…

portanto, o que me traz aqui, hoje, é basicamente expressar publicamente o desabafo de que dormi mal. muito mal. aliás, nem dormi sequer e estou de directa. é que prometeram-me que, mesmo conscientes das dificuldades no campo em questão, «queremos, como equipa, assumir a responsabilidade de ter que ganhar o jogo e da importância dos três pontos na nossa caminhada». isto foi o que me prometeram. mas, findos aqueles 90 minutos (mais os descontos), o que sobra é muito poucochinho, mormente em termos de futebol jogado. e isso é que me deixa chateado com um F bem maiúsculo!

é certo que o Moreirense não iria facilitar em Nhaga – ou não houvesse uma qualquer Boaventura por lá, alegadamente via “maletines Louis Vuitton” (como sempre), porque a César o que terá que ser de direito. mas, que diabo!, sempre foi assim e s-e-m-p-r-e assim será.

mais uma vez, voltámos a dar de bandeja 45 minutos de avanço ao adversário, apesar de algumas jogadas interessantes e do movimento de alguns jogadores… e isso, parecendo que não e numa altura da época como esta, irrita-me solenemente. nesses 45’, foi evidente que Óliver não foi o dínamo que se desejava e que Herrera não foi o pêndulo que fez esquecer Danilo, antes pelo contrário. sobrou Paulinho, em estreia a titular, num jogo bem conseguido e o único com alguma clarividência nos passes de ruptura, com Brahimi em baixo de forma (mas já lá vamos). {momento para informar que me refiro exclusivamente ao meio-campo, por ser o ponto nevrálgico, no meu entendimento, na partida em causa. foi muito pela sua inépcia que se explica o desacerto no resultado final.}

também não gostei Nhaga dos instantes finais, com o recurso a um “chuveirinho” sôfrego, nunca antes visto nesta época – o qual explica a entrada de Sérgio Oliveira no jogo, numa tentativa de acerto naquele (e que até ida dando certo, não fosse o olho-de-lince do bandeirinha). mas que porra de desespero foi esse?! não há outra forma de se tentar chegar ao golo?! pelos vistos, não! 😱

inclusive deu para perceber (bem) que esta equipa está exausta, numa altura crucial da época e quando se avizinham dois meses intensos, com jogos de três em três dias ‘non-stop’. da defesa para o ataque, Alex, Felipe, Herrera (mesmo não se notando muito), Brahimi, Marega, Aboubakar: t-o-d-o-s extenuados, sem poderem com uma gata pelo rabo. e Sábado há mais, com a recepção aos ‘gverreiros do Minho’, num jogo intenso, onde se espera que o guarda Abel e ‘sus muchachos’ “paguem a factura” do jogo (muitíssimo) menos conseguido de ontem.

portanto, esta é Parte Primeira deste texto: foi-me prometido algo que não foi cumprido, de todo, numa espécie de “olá, adeus!”, onde me senti defraudado e as minhas expectativas foram arrasadas. não gostei. e sei que o ‘coach’ Sérgio Conceição também não. Sábado espero estar lá, “ao vivo e a cores”, para tirar essa teima e porque é nestes momentos, de menor fulgor, que se deve marcar presença e apoiar a Equipa.

...

já a Parte Segunda deste texto é muito breve e explica-se com uma espécie de superstição bacoca (como eu): parece que o anunciado regresso deste que te escreve, num espaço alugado por um Amigo destas andanças, não trouxe Boa Fortuna.

Assim, Sábado lá estarei, como referi, ali em cima – não só para tirar as teimas com o Sérgio, mas sobretudo para saber se há qualquer espécie de regresso de um célebre “pé frio”, que não desejo. de todo! 😱



post scriptum pertinente:

há todo um filme que é impossível não referir e que influenciou e muito!, o desfecho do jogo de ontem. refiro-me à “encomenda” que foi a nomeação de luís ferreira (apitador de serviço) e de manuel oliveira (para #aVARiado). Por exemplo, se as Leis do Jogo tivessem sido cumpridas, logo à meia hora da partida o nr 10 do Moreirense (Bilel) teria visto, no mínimo, um cartão amarelo, e conforme o disposto no ponto 12 daquelas (“Faltas e Incorrecções”). é que até teve uma acção idêntica à de Alex Telles em Vila do Conde, na época passada, logo à primeira jornada. parece que não, mas a amostragem daquele cartão teria condicionado a acção de um gajo que passou o tempo todo a distribuir “fruta da boa” em tudo o que mexia. é só um exemplo, entre outros mais flagrantes.

sem me querer alongar muito nesta temática, pois qualquer Perdigão sabe bem mais do que eu, deixo para reflexão e para termo comparativo o que a imagem ali em cima ilustra. convém referir que foi validado aquele golo, exactamente no mesmo estádio e no mesmo lado onde o do Waris não contou para o Totobola e/ou Placard. e que até deu origem a conferência de imprensa surreal do jeBus que tentou explicar, à sua maneira, o facto do cotovelador argelino não estar em fora-de-jogo...

é caso para recordar palavras sábias de Adão Mendes, em Janeiro de 2014:
«quanto às #missas, temos bons #padres para todas, incluindo as da Liga e as da Juventude Operária».

“disse!”


Miguel Lima | 92º minuto
(este espaço será sempre escrito de acordo com a antiga ortografia. limices.)