Isto das férias divididas em fatias aborrece-me porque estão sempre a acabar. Ainda agora me sentia a recuperar da depressão pós Ras Al Khaimah e pumbas, all over again. Parece a pessoa que está continuamente a acordar, precisamente na parte do sonho em que a mais que tudo se vai engalfinhar com a Scarlett. Não se faz a um gajo, caraças.
Enfim, mantenhamos o pensamento positivo. Ficam para trás belos dias de Sol, sem sal. E belas descobertas, como a Aldeia do Mato e, sobretudo, o Carvoeiro. Ainda melhor, o senhor Artur e a dona Filomena e as suas Casas do Lagar, de onde a gente não lhe apetece ir embora, tão em casa que se está. Depois, por estranho alinhamento cósmico, fui dar a sítios que já não fazia ideia onde ficavam, nos quais amigos me deram guarida e festa, faz mais de 30 anos. Surpreendentemente, reconheci o terreiro dela, da festa, o sitio onde tocava o conjunto, a zona onde se vendia cerveja, a rampa pela qual correu esbaforido o Zé Vasco, perdido de bêbado desde dois dias antes, atrás de alguém que, por qualquer motivo, ele achava que devia apanhar nas trombas. Está alcatroada, Zé, a rampa da festa da tua terra.
Reencontrei as lambretas e os copos de três. E os míticos Ferro & Fogo, a tocar numa aldeia cheia de rock.
Não sei bem a quem, ou a que, agradecer, mas obrigado. #justsaying.
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Porto à parte, diga-se que é hora de um grande shout out para o Nuno Manta e seu Feirense. Nem tanto pelas duas vitórias e seis pontos - tantos como os matulões - mas sobretudo pelo que vem fazendo há duas épocas, com planteis que não tenho a certeza se seriam suficientes para ser favorito à subida na segundona. Quando nos apetecer choramingar acerca da tal profundidade das nossas azuis e brancas opções, é botarmos ujólhos em Santa Maria da Feira. Se esta malta consegue, a Champions não é miragem nenhuma para o FCP. Justiça seja feita, ao contrário do senhor Azul e Branco, que aqui há atrasado me referiu estar de olho no Manta, eu desconfi(o)ei um pedacinho da capacidade deste jovem para amassar esta fogaça. Bem, aqui está, xôr Nuno, a contrição. Agora esquece-te de desceres este ano, só para me contrariares...
Do outro lado, o xôr Castro que, como bem podeis comprovar em muitos e variados posts desta reputada casa de pasto, não é moço da minha preferência. Parece-me sempre que se as coisas desatam a correr mal, ele não tem como lhes dar a volta. Não que se possa dizer que lhe esteja propriamente a descarrilar a vida, ainda é cedo e quatro derrotas nos quatro primeiros jogos oficiais não é o fim do Mundo. Sim, quatro, porquê? No entanto, faz-me confusão que um tipo que tem que alterar profundamente o modelo de jogo da equipa - o Pedro Martins é de outra escola, se de alguma... - ache boa ideia trocar meia equipa da primeira para a segunda jornada, depois de ter feito tremer um dos candidatos ao titulo. Quando vem justificar que aquela foi uma derrota muito traumática e que ainda não conseguiu resolver isso com os jogadores, aí disparam os alarmes, digo eu. Well, pode ser que tenha sido apenas excesso de copos de três. Infelizmente para o Vitória, o Folha está em Portimão. Também leva na corneta como gente grande, mas basta olhar para a diferença no discurso para me perceberem. mas mantenho grandes expetativas na época do Guimarães, mesmo com o Castro. Pode ser que faça clique. Ou não. Olha, o Capucho está mesmo no fim da auto-estrada Guimarães - Litoral. #justsaying.
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La Geringonce vai reverter o molho de bróculos que o PAF tinha arranjado com a Lei de Reorganização do Território das Freguesias que, como se sabe, foi feita seguindo o método legislativo de atiréssamerdóarilogocevê. Portanto, mais uma prova de visão a longo prazo dos políticos portugueses. Chegue a altura da alternância e lá teremos outra vez que reordenar o que estava mal ordenado e depois foi reorganizado desordenando. Hã?
Não percebo lá muito bem porque é que a Catarina e os seus Bloquinhos haveriam de achar isto boa ideia, tirando o facto de porque sim. É que, ao contrário do tio Jerónimo, o seu poder autárquico é absolutamente bola. Zero. Nicles. Talvez esteja de olho em algumas freguesias dos centros urbanos, onde ainda é cool ser BE desde que não conheças alguém chamado Robles - ai credo, arreda que tem gosma, mata com fogo antes que se reproduza. Desconfio que vai dar com as Mortáguas na água e o velho tio é que se fica a rir.
Para mim é absolutamente tinto. Mas tinto da Tasca, daquele que o nosso mister gosta. A única coisa que me aborrece é se vamos ter novos candidatos à presidência das novas freguesias que, a bem dizer, são as velhas freguesias. É que desconfio que foi preciso meter a martelo muito Presidente da Junta que se viu privado da junta para presidir, nos quadros do Estado e nas Autarquias e assim. Se agora vêm novos, é uma porra para os meus impostos. Sofrem muito das cruzes, os meus impostos. Quando aumentam o peso que carregam, queixam-se logo.
Vai daí, cagari-cagaró para as reformas territoriais desta maralha. Façamos de conta que teremos Trotskistas e Marxistas-Leninistas a influenciar a governação do Estado durante uns 20 anos e que, portanto, o novo ordenamento se manterá por umas décadas valentes. Seja. Mas havia de ser obrigatório que todos os ex-autarcas, entretanto passados a funcionários públicos, sejam candidatos aos cargos que ocupavam nas extintas freguesias. Novas freguesias. Ex-extintas freguesias. Coiso. #justsaying.
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Olha-o com manifesta surpresa. Dir-se-ia com uma fagulha de recriminação, até. Mas disfarçada, dissimulada no joelho no chão e na reverência das mãos postas.
- Que foi? Tem alguma coisa a dizer, o senhor Pedro, tem?
- Não, Senhor, claro que não. Fiquei apenas surpreendido, só isso. Não esperava esse cuidado com...com...bem, com o parvo.
- Oh, deu-me prá fofura. Acontece-me às vezes, fico doce, doce, doce, já à beira da diabetes. Não posso?
- Ora, podeis tudo, Senhor.
- Eu sei, Pedro. Era retórico. - Revira os olhos. - E ires-te agarrar a uma nuvem? Isto não se faz chover sozinho, poi'não? Pá, #justsaying...
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