segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Buen partido, o jogo do enforcado e apostas à bruta



Há uma espécie de conforto espiritual nesta textura metálica. Como que um prenuncio de segurança. Afinal sei, anos passados, que quando enfiar este peitoral pela cabeçorra, será preciso mais que um murro bem assente para me magoar. Arre, não gosto nada de me magoar.

Se me pudesse ver agora, estou certo que notaria o carinho com que o pano passa pelo elmo. Penso: Manhãs de oiro e de cetim. Florbela, sua maluca. A viseira brilha. Aí está um esforço desnecessário, pois que não tenciono baixá-la. Encurta-me bastante o campo de visão. E eu gosto de os ver bem, a todos. Os que espumam de raiva, os que abanam a cabeça incrédulos e, mais que todos, aqueles que ficam com ar de "baissaber...".

Olho para as manoplas, namoro as coxas metálicas. Mas gosto de ter as mãos livres, afinal há sempre um Anónimo a reclamar finos e caracóis, e tenho o balcão à frente, ninguém ia reparar como estão polidas as coxas. Nop, desnecessário. Fico de boxers mesmo.

Na minha mente, soam trombetas. Call to arms! Vislumbro o primeiro batedor inimigo. Mantém uma distância prudente. Dos buracos no chão - go figure - muitos outros se lhe juntam. Nos olhos, a fome de semanas de espera debaixo da terra húmida. Olhares raiados de sangue, da fúria ou da luz, não vamos perguntar para saber. 

Olho para trás. Somos um punhado, ainda assim. E há uma calma que nos perpassa. Uma certeza, uma convicção, a tranquilidade de que, se errarmos, foi para construir. Estou à frente de um batalhão de sapadores, do outro lado está a equipa de demolição.

Ready, set, GO:

Gostei do FCP ontem. Gostei sim senhor. Bastante melhor do que na terça, contra os Israelitas. E era bem preciso. Afinal, jogámos contra a quarta equipa do nosso campeonato. Quer dizer, jogámos nós, que os moços foram abafados sem apelo nem agravo. Diz que fizeram um jogaço contra os Imbulas na quinta. Deve ter sido por isso que ontem não apareceram. Cansaditos, já se vê. Ou então, foi o FCP que não os deixou cheirar. Eu acho que foi.

Fartamo-nos de atacar de maneiras variadas, alargando mais um pouquinho a paleta de soluções de que dispomos neste particular. Usámos mais vezes o jogo interior e até alguns passes mais diretos, embora poucos, naturalmente.

Quem quiser perder tempo a descabelar-se, por mim está à vontade, mas começamos sempre por anular a equipa que está do outro lado. Contra ataque? Nop. Explorar as costas do pobre do Cissokho? Nop, que o rapaz já está deprimido que chegue. Impedir o Layun de ser mais um atacante? Nop, que o moço faz falta lá à frente.

Depois, partimos para o resto. Em cavalgada deslumbrante? Nop, not, niet, non, no, NÃO! Gostava de ser mais poliglota, mas não me apetece googlar "não" em línguas estranhas. Apoiado, em posse - passes estupidamente fáceis falhados incluídos - mas sempre, queiram ou não queiram, sempre com a baliza no ponto de mira. E chegámos lá. Oh, mas tantas vezes. As mais que suficientes para ganhar tranquilamente.

Sim, eu gostei do jogo de ontem. Fomos infinitamente superiores ao adversário e eu gosto disso. Then again, somos quase sempre infinitamente superiores ao adversário, qualquer que seja. E eu gosto sempre disso! Percebem agora? Na, du-vi-de-o!

Nem uma palavra sobre se este jogou mais que aquele e como seria se tivesse jogado aqueloutro. É a equipa e o modelo que importam. E este ano, funciona a um nível acima de médio seja com quem for. Braga inexistente: check; Oportunidades para ganhar à vontade: check; Um golinho para amostra: invalid proposition!

Já sei, já sei, se o Espanhol tivesse metido o Osvaldo no lugar do Indi e passado o Ruben para a outra ponta do banco, ao mesmo tempo que fazia avançar o Herrera pelo balneário e juntava o Casillas ao Marcano nos cantos ofensivos, ou qualquer outra coisa igualmente lógica, o Tello tinha marcado na cara do redes, o Brahimi também, e saíamos de lá de saco cheio. E estava-se mesmo a ver que era só fazer isso. Burro pá!

Eu cá gostei. Do resultado é que não gramei nem um pintelho! E preocupa-me ter atirado seis pontos borda fora à oitava jornada. Disso não gosto nada. E isto de usar uma armadura porque não se está a favor da correnteza de flechas, não quer dizer que se seja parvo. Não baixei a viseira.

Empatámos em casa com o Braga. Isso não pode ser. Quero 24 pontos nas próximas 8 jornadas, para equilibrar as contas. E não, não sei contra quem são. Mas sei que serão contra malta que vai jogar menos do que nós. Aposto!

Posto isto, empate não é vitória, pelo que...dá-lhe assobiativo!

...

- Ai pois dou! Com todo o gosto! Anda cá espanholito. Não sei se é da cunbibência, mas até começo a simpatizar um cadito contigo.

- Qué?

- Qué, é a tua tia torta. Anda lá, a palavra é:

F_ _ _ _ _ A

- Qué??

- De quá-quá? Népias! Incha!

- Qué no, no hubiera...

- No hubiera é o caralhoketafoda. Já desenhei um bracinho!

- Oh moço, olha que foi contra o Fonseca!

- Tens razão, Silva. Conta a dobrar! Dois bracinhos. Olha que lindinho que tájaficar...

- Pintxo!

- Já vai Julen, já vai...

...

À revelia da minha sócia capitalista aqui da Tasca, apostei 3 contra 1 em como o FCP é Campeão este ano. Isto ontem, depois do jogo, só para ficar claro.

Tive, logo na altura, a noção de que um dos 3 podia bem ter emparelhado comigo e passaria a ser uma aposta de 2 contra 2. No fundo, se quisermos ser verdadeiros, eu sei que todos os 4 vamos estar a torcer para que eu ganhe a aposta. Perderão felizes e muito contentes, eles. Já eu, ganharei feliz, muito contente e com uma francesinha à borliu no bucho.

...

Interlúdio para Private Messaging:

Oh Lima, pensa lá: 3 contra 1 dá muito mais pinta, não dá?

Hey, Vassalo, viste o Basco a apostar jantares na conferência de imprensa? SMS, meu caro...

Estas linhas para dizer que teria gostado deste jogo de qualquer maneira. Porque reencontrei gente com quem gosto de estar e até gostei de estar com gente que nunca tinha conhecido. É o que dá carregar mais mel que fel nas veias, de sangue azul. E branco.

- Buuu, Buu, meninas...

...

- Oh Xilva, olhe que xapadores também fajem demolichões.

- E uma xapada nax fuchas, vai?



quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Teoria Geral do Conhecimento em Humanos Adolescentes




A pedido de várias famílias: Reader discretion advised. 

Os adolescentes são todos bastante estúpidos. É uma condição, não há nada a fazer. Não é como se a maioria fossem estúpidos ou, vá lá, uns são estúpidos e outros não. São mesmo todos estúpidos. Muito. Estes, nós quando éramos e os que serão a seguir. 

Ao contrário do que podem pensar, não se trata de acharem que sabem tudo. É antes a convicção de que o resto da maralha sabe menos. Por exemplo, é evidente que aquele puto sabe que se vai colocar uma pizza no micro-ondas de uma superfície comercial, é muita cool desatar aos berros a fazer trocadilhos entre pizza e piça - Oh Josefina, vê aí se a minha piça já está boa! Oh Jaiminho, apalpa-mapiça a ver se está crocante. Gostas crocante, não gostas? - Puto estúpido, portanto.

Para infelicidade deles e da comuna no geral, estão basto errados. Há coisas que, de facto, não podem saber. Vejamos, o anormal não tem como saber que o tipo das barbas, numa das mesas de pé alto, não está nada feliz por se ter levantado às 5.30H da matina. Ainda menos, por ter sido obrigado a deixar no quentinho a gaja bastante boa com quem tem o hábito de dormir. Não é culpa de nenhum dos constituintes do exército hormonal que o rodeia, mas não deixa, por isso, de ser um facto.

Também não é possível que tenham ideia de que o sobretudo tem um bolso interior, bastante profundo. Nem que seja um número acima do que ele usa, para poder albergar a caçadeira de canos serrados. Sobretudo, não há hipótese de desconfiar que o tipo vive segundo o lema "Malta estúpida que diz lEmber, não merece o ar que respira".

É por isso que quando o miúdo berra um "Já está derretida, já podem lEmber! Anda Katy, lEmbe, lEmbe. LEmbe-mapiça!", ainda acredita que está a ser bestialmente fixe. A besta!

E só no milionésimo de micronésimo de cagalhímetro de segundo que vai entre a sensação do cano frio na têmpora e o crânio a despedaçar-se com os chumbos, é que tem, enfim, a lucidez de perceber que há coisas sobre as quais lhe falta informação. Oh well, too late...

Têm aqui um lindo serviço, as senhoras da limpeza. Ai têm, têm.


...

- Senhor, dá-me licença? - Humilde.

- Diz lá Pedro. - Sem tirar ojolhos do ecrã.

- Acho que é capaz de ter alguma razão em embirrar com o fulano. - De olhos ainda no chão.

- Aaaaaaaaah, vês? Eu bem te digo.

- Pois, Senhor, há limites. Há coisas que, sinceramente... - hesita.

- Quê? Por causa daquilo dos putos? - Olha-o por um momento. 

- Naturalmente, Senhor.

- Oh, bem, quer dizer, nesse caso até acho que... - É interrompido, num assomo de insolência do outro.

- Senhor! Valha-Lhe Você mesmo! Há coisas que, mesmo que se pensem, não se dizem. Muito menos se escrevem. Pelo amor de Si! 

- Ora, deixa-te de merdas Pedro.

- Merdas? A sério? É isso que tem para dizer? Vai-me desculpar, mas eu retiro-me. - E vira-se para sair.

- Oh Pedro! - O outro estaca. Ainda de costas:

- Diga, Senhor.

- LEmbe-mos! - E ri-se.  


...

Soundtrack to bloodbath: Schools out...for lunch! 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Insanity e um apelo



O Outono é uma chatice. Ai que lindas, as folhinhas amarelas; ai que cheirinho, as castanhas a assar; ai que fofinha, a camisola de lã; ai que princesa, de galochas a chapinhar nas poças. Ui que belo ataque de espirros à custa da humidade; ui que ternurentos, os ácaros a voltarem a casa; ui que bela desculpa para o outro me encharcar amiúde. Danei-me - pumbas! - um anti-histamínico pró bucho. Depois pago em sonhos estúpidos, já se sabe:

"Eu conheço este pátio interior, tapado dos olhos da rua pelos prédios altos, mirado apenas pelas suas traseiras de roupas estendidas. Reconheço os cheiros a frito e assado que transbordam das portas abertas dos anexos. Aposto que reconheceria algumas das pessoas, das raparigas, dos seus irmãos, das suas mães e sobretudo - Deus me livre - dos seus pais e respetivas armas de caça guardadas em cima dos roupeiros. Mas por qualquer milagre deste sonho, em nenhum dos momentos em que perpassam o cenário lhes vejo os rostos ou sequer lhes vislumbro as formas. Sei que passam, é tudo. 

Pelo contrário, a senhora gorda, de bata xadrez lilás, debruçada no peitoril da janela, vê-se bem que tem uma barba bem tratada. Sei que conheço a personagem, está apenas fora do contexto aqui. Conversa com outra senhora, igualmente debruçada, de lenço na cabeça e ouvido atento. Tento ver as fuças desta, a imagem como que se foca. Foda-se! Parece mesmo...eu. E que lenço tão foleiro.

- Ah pois vizinha, é como lhe digo. Era jantares, roupas, bilhetes para espetáculos, era um versetavias que nem a senhora queira saber. - A poupa abana ao ritmo da sua concordância indignada.

- Não me diga. Mas para toda a gente? - Pergunta a outra, enquanto acena a alguém que passa lá em baixo. - Ah Dona Beatriz, lá vamojindo.

- Para toda a gente e mais quem aparecesse. Uma vergonha! Deu cabo do dinheiro todo a oferecer coisas a homens, pode acreditar no que lhe digo. Deus me perdoe, mas gente assim não merece estar ao pé de pessoas de bem. Era expulsá-la já do prédio. Por mim é quando quiserem, que este corrupio de gente nas escadas não deixa ninguém descansar. - Pigarreia, para aclarar a voz arrastada.

- Oh vizinha, veja lá como são as coisas, hein?! Ainda há pouco tempo andavam tão juntinhas, a cochichar pelas esquinas quando andavam às compras. - A gorda barbuda interrompe:

- Shhh, cale-se, nem malembre disso. Enganadinha keu andava. - Benze-se.

- Olhe, não se esqueça que ela sabe daquela historia do empregado que aí veio para lhe instalar as câmaras de segurança. E que depois parece que andou a assaltar apartamentos aí pela vizinhança e que andava metido em nem sei já que esquemas . - Olha um sabélisabemostodos na direção da outra.

- A vizinha não me venha com essa história! - Exalta-se. - Sabe muito bem que não gosto desse assunto. Pra mais, quem cá andava era a outra lambisgóia que minfeitiçou o homem. O que tenho eu que ver com isso? Hein? Vá, diga lá. Não a corri aqui de casa ao pontapé assim que pude, não? - Cruza os braços em cima dos volumosos seios.

- Não se amofine senhora! Não estou a dizer que a culpa é sua, majolhe que o marido é o mesmo e, já se sabe, as pessoas falam. Estou só a avisá-la porque a considero... - Ia apostar que acrescentou "umabesta", no meio de um espirro.

- Ela que me fale nisso, se quer ver como elas lhe mordem. Só a vergonha que é a chusma de miúdos insurretos que praí vem amais os dela. A senhora nem tem ideia. Armam tamanho banzé. Não há quem tenha sossego.

- Já ouvi dizer, sim senhora. Enfim, são novos. No fundo, também nós temos os nossos e sabe Deus... - Não a deixa terminar:

- Ah, mas é que nem compare! Estes já me partiram os vasos das escadas e tudo. Lindas que estavam as minhas hortenses. E ainda pior. - Debruça-se de novo para se aproximar dos ouvidos da outra. - Veja bem que até bombinhas de Carnaval andaram a rebentar. E não foi lá dentro de casa, que ainda era o menos. Atiravam-nas pela janela da sala. Acha isto normal? Acha que devemos ficar mudas e quedas, acha? A senhora está muito mole, olhe que não a fazia assim. - E abana a cabeça, abanando, por conseguinte, a poupa.

- Não sei, não sei, sabe que procuro sempre ver todos os lados. Por exemplo, lembra-se quando os seus primos vieram desmandados rua abaixo a desancar tudo o que mexia? Olhe que também não foi bonito, não senhor. - Afasta-se um pouco, receosa da reação.

- Já sabia que me vinha com essa! Você é cá uma finória maijomenos, sim senhora. Isso ainda foram reminiscências do tempo das meretrizes que andavam cá por casa. - Funga e escorre-lhe uma lágrima. - Agora anda tudo na ordem, que os pus direitinhos.

- Não sei se foi você ou se foi aquele primo do meu marido e os amiguinhos dele. Sabe, o grandalhão. - Solta um risinho trocista.

- Esse estava bem era preso, brutamontes. Não é boa rês esse moço, há-de concordar comigo.

- Concordar consigo? Eu tenho é que ir tratar de vida, que o almoço não se faz sozinho. E olhe, a senhora não se fique. Dê-lhe água pela barba, pelo bigode neste caso, e conte comigo para desabafar. Se for preciso, imponha-se. Parta-lhe a cara e puxe-lhe os cabelos. Sabe que eu não posso com a mulher nem pintada d'oiro. - E desaparece da janela.

A outra murmura, enquanto apalpa a roupa estendida, a ver se está seca:

- É d'oiro, é. Estás cá prá próxima, tu. Logo vês se é doirado..." 


...

Doutora, não é possível que a Gronelândia seja uma terra assim tão boa para criar os miúdos. Se eu prometer que só vou a uma consulta por mês, ou de dois em dois, a doutora volta? Acordado até pareço medianamente normal, mas os sonhos...credo! Uma por trimestre, vá. E prometo não analisar a sua relação conjugal ou os traços de caráter do seu mais velho. Vá lá...


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Soundtrack to dreams: Insanity!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Resumo da semana: Parvoeiras.

"É de Sampaio. Ele não deslarga a lambisgóia. I wish..."  


O grande criativo da RTP, responsável pela promoção da transmissão do jogo do FCP para a Champions, já está a dar-lhe forte no seu próximo trabalho. Digo, obra de suprema criatividade artística. 

No outro dia, apanhei-o à conversa com malta da Al-Jazeera aqui na Tasca. Estavam a encomendar um spot promocional para uma série pedagógica que pretende ensinar Islamitas radicais a identificarem Património da Humanidade, classificado pela UNESCO. E dizia o Leitão:

- Opá, nada mais fácil! Parece que já estou a ver a coisa: Pomos uma série de Cruzados a entrarem por uma mesquita e a esquartejarem tudo o que mexe e a violarem burcas a torto e a direito e assim. Fechem a boca, eu sei que é brilhante. Topem só o gran finale: Tudo coberto de sangue e tal e vai um cruzado e tira o elmo. Pumbas, é o Profeta, ele próprio! Que tal? Fantástico hein?!

- O infiel é completamente parvo ou está farto de viver? - Perguntou-me um dos árabes.

Eu encolhi ojombros e apresentei-lhes a conta.


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A sentirem-se aparvalhados andam os eleitores do PCP. Achavam que tinham votado para o regresso do escudo e a saída da UE e coiso. Afinal, diz que apoiam um tipo que anda em Bruxelas a lamber o rabo à malta da Comissão e a jurar-lhes eterna fidelidade. 

Tristes, os comunistas procuram consolo um pouco mais à direita - ou à esquerda, eu já não sei nada - nos seus compinchas do BE. Acontece que estes tinham votado para o fim imediato e completo da austeridade e do jugo da Alemã Nazi. E vai-se a ver, apanharam a Catarina enfiada na cama com um gajo que está prontinho para dar 600 milhões de porradas nas pensões e assim. Até ficaram parvos!

Quando a coisa der para o torto, a Tasca está disponível para acolher a refugiada Mariana Mortágua.

- E tu, se não fosses parvo kéke gostavas de ser, hein? Queres ver quem é que vira refugiado em menos de um fósforo, queres? - Gritam-me da cozinha.

- Eu não, credo! - Se calhar, hoje fecho mais cedo e vou comprar umas flores ou assim...


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Para espairecerem, uns e outros, rumaram todos a Coimbra, onde atua o Verdadeiro Artista. É uma espécie de romaria de saudade, para recordarem os tempos em que, também eles, defendiam uma caterfa de coisas parvas.

Na promoção do espetáculo, Varoufakis já avisou que portugal está falido, como a Grécia. Eu concordo e acho que a culpa só pode ser do Fernando Santos. Mais ninguém acha estranho que por onde o xôringinheiro passa a coisa descambe? Aquele tique de fugir com a cabeça ao colarinho é de quem não tem a consciência tranquila.

E penso: Quanto é que este tipo anda a cobrar para andar a laurear o seu cachecol?

- Oh Silva, então mas o homem não tem que falir também, não achas? 

- Chama-lhe parvo!


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O Senhor Lemmy Kilmister ficou parvo quando descobriu que foi lançada uma linha de vibradores Motörhead. 

Eu acho que faz sentido. Aliás, sugiro já à SIC que encomende o modelo XXXXXXXXXL - ai desculpem, enganei-me. Era XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXL. O da edição especial com a cabeça da locomotiva  no topo. Em cima. Pá, a parte que...pois, isso! 
Acho que daria imenso jeito para substituir as almofadas onde sentam o Rui Gomes da Silva. Não só ele ficaria mais alto, como se sentiria, estou certo, bastante mais contente e preenchido.

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Sara Sampaio vai desfilar para a Victoria's Secret outra vez. E agora vai fazê-lo enquanto a Rhiana canta. Eu até fico parvo com a qualidade de imagem da minha imaginação! Full HD.


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Amanhã o FCP vai jogar à bola à Póvoa de Varzim. Diz que é em homenagem a um certo e determinado Universalista

É um gesto bonito, sim senhor, e é a nossa filial numero um e isso tudo. Mas nada de se porem com parvoíces! Aquilo é uma gente tramada, habituada à agrura do mar e prontinha para nos fazer a vida negra se formos para lá trabalhar pró bronze. Ainda por cima, é bem capaz de estar um tempo de merda.

Portanto rapazes, avisem lá o Tello que a viagem não é para ir ao barbeiro; e digam ao Herrera que se não se põe fino, ainda pensam que o gajo é um frango e assam-no; e avisem o Lichnocoisovsky que as miúdas da Póvoa são giras mas têm uns pais meios malucos; e não deixem o André por-se a falar com a família a meio do jogo; e expliquem ao Imbula que, se não dá o litro, fazem Pescada à Poveira com os Bouillabaisses dele em menos tempo que o Juses diz "deramos tude em campe"; e sobretudo - mas oh por favor - afastem o Osvaldo do Casino.

Não sejam parvos, isto não vai ser um passeio no jardim.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Legislativas 2015: Votos?! Quais votos?!

Porreiro pá! Isso dos votos é pa meninos!

Eu não percebo. As virgens ofendidas arrepanham os cabelos e desdobram-se em comentários. Ai que vem por aí o gulag e alguns garantem mesmo já terem visto o cão de Trotsky a rondar os caixotes do lixo de São Bento. É evidente que é Constitucional, legal e mais que visto por essa Europa fora, a começar na Grécia, essa coisa de formar Governo quem não ganhou as Eleições. É uma autêntica perda de tempo estarem a gastar latim com o que, seguramente - ops!, não é a questão. A legalidade não é para aqui chamada. A PàF deve formar um Governo, submeter o seu programa à Assembleia, ser chumbado e cair. Depois - e só depois! - deve o Presidente da República procurar alternativas dentro do quadro parlamentar. Simples.

Eu não percebo. Porque é que ainda há quem se espante com o triste circo armado pelo Senhor Costa. Este faz de conta que vou negociar com estes só para entreter. Amiguinhos, a alternativa para o xôr Costa era a completa irrelevância política. O fim, game over, kaput, adio adieu. Veja-se que o distinto mayor da Capital tomou o seu próprio partido de assalto. Porquê? Porque tinham ganho umas eleições. Mas por poucos. Vai dai, veio ele e... perdeu as eleições para uns tipos para quem mais ninguém poderia alguma vez, em tempo algum, perder. A seguir, perfilam-se mais eleições. As hipóteses de o xôr Costa sair vencedor dessas são, nesta altura, tão pequenas que nem ele acredita nelas.

Qual é a única maneira de o Costinha não se tornar num mero peido no panorama político? Ser Primeiro-Ministro. Independentemente de ter sido preterido nas urnas em relação ao que cá está ainda. Não é política, é sobrevivência. Para sobreviver, o rato enfrenta qualquer perigo e bate-se contra qualquer predador. Na cabeça do António, um Governo minoritário com suporte em acordos de incidência - esqueçam lá isso de uma coligação de esquerda - parlamentar é uma espécie de all-in. É claro que teremos eleições em 2016. 2017 o mais tardar. Nessa altura, o Costa implode ou ganha com maioria. Pela qualidade que tem demonstrado, e pelas companhias que vai escolher e o escolheram a ele, vai implodir.

Digamos que está a ver se entra em processo de Cavaquistização, mas para lá chegar tem que arranjar uns capangas que lhe mirem as esquinas. Um deles dá-lhe uma bordoada um dia destes. Ai dá, dá.

Eu não percebo. Porque anda a esquerda em pré-orgasmo com isto tudo? Como é que se argumenta, de modo tão - mas oh tanto! - despudorado, com os votos do Zé Povinho. Basta uma ronda aqui pela Tasca:

- Eu votei no PCP. Porque quero Portugal fora do Euro, a nacionalização de toda a banca e a reestruturação imediata da divida.

- Eu cá votei no Bloco. Porque quero o fim dessa coisa da CEE e não quero ouvir mais uma palavra sobre poupança nas pensões e assim. Ah, e não quero pagar divida nenhuma.

- Eu votei no PS. Porque acredito que há um caminho diferente, mas sempre no estrito cumprimento das nossas obrigações Europeias.

- Eu votei na PàF. Porque temo que as propostas Socialistas nos tragam outra vez a troika e ainda mais austeridade, a médio prazo.

- Eu votei no PAN. Porque gosto do meu cão. E do leão Cecil também gostava, pobrezinho.

Eu não percebo como é que o Governo que lá vem corresponde a qualquer destes anseios. São só uns tipos a fazer pela vida. Deles. Olha, como dizia o Tio Leon, o fim pode justificar os meios, desde que alguma coisa justifique o fim. Enfim, porque é que não falam com o Garcia?

...

O repto da Tasca é que se reclinem nos vossos sofás e, nos intervalos de coisas realmente importantes como a bola, tentem imaginar o fartote que será ver o Jerónimo a votar a favor da venda do Novo Banco; a Catarina a abster-se no congelamento das pensões; e o xôr Costa a acusar o Pedro e o Paulo de não proporcionarem entendimentos alargados que nos fortaleçam perante os mercados e os credores internacionais.

Eleições antecipadas, diz o senhor que acha que me deve qualquer coisa. Oh Marcelo, a mim não tens que pagar nada. Só os finos. Deixa-te estar sossegado. Ou estás à espera que te agradeça muito o incómodo todo que estás para ter? Por acaso, inventais pouco, inventais...

Ou vocês acham que a Frente Patriótica da Esquerda Revolucionária - incha Garcia! Fui eu que inventei esta! - se aguenta 4 anos? A sério? Não percebo...

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- Oh Silva, você não percebe nada. É burro até dizer chega! O homem já disse que isto não é o Syriza! - E rimos com gosto os dois...


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 Soundtrack to ignorance: DOGS!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Um desagradável mal-entendido, ou dois.



- Como pode ver, Madama, o problema é o cálxio e a gordura que xe acumulam nas canalijachões. Fica aqui uma 'shpéchie de rolha - tá a perxeber? - que impede oxlikidoj dexcoarem. É ixto! - Bate as palmas e coça a cabeça, pensativo.

- Quer dizer, tenho o cano entupido. - Diz ela com um sorriso estranho.

- Poix, pode-xe dicher que xim. Max vou xá rejolver icho. É xó dar-lhe umas bombadax com a minha máquina de ar comprimido. Depoix enxágua-xe muito bem com água a ferver e fica como novo. Vai ver. - Já a virar-se para a porta, em direção ao elevador e à rua e à carrinha branca, "Berto Faz-Tudo, 24 horas de xervixo". De falta de sentido de humor não o podem acusar. Nem ouve o murmúrio atrás dele:

- Ui, sempre quero ver essa máquina de ar a funcionar... - E dirige-se ao armário dos licores. Está claramente a um shot de poncha de tirar o melhor proveito deste pequeno percalço.

Não é como se o tivesse recebido com uma diáfano baby-doll exageradamente decotado. Até porque grandes decotes exigem alguma substância e, definitivamente, é mais acima que se encontram os seus melhores argumentos. Também não se podia dizer que tivesse planeado a situação, que não tinha. Mas quando o viu naquela simplicidade de Super Mário - sem o bigode, credo! - os músculos apertados na camisola branca arregaçada até meio do braço, o sorriso franco e a caixa de ferramentas na mão, uma sensação de formigueiro nas coxas tinha-lhe roubado os planos do resto da manhã. Melhor dizendo, tinha-os substituído por outros. 

O formigueiro passou a um tremor nos tornozelos quando ele disse "Bom dia, minha xenhora". O X marcou o local exato onde, por que estranhas razões não saberia explicar, ficara decidido que a gorjeta daquele profissional seria qualquer coisa para recordar.

- Ora cá 'xtá ela. - Apresenta-se à porta da cozinha empurrando o carrinho de transporte da desentupidora. Ela mela-se:

- Ai senhor Berto, que máquina tão grande. Acha que a canalização do prédio aguenta? - Trinca o indicador direito enquanto olha para cima, diretamente para os olhos dele. 

- Claro que xim, Madama. Vamox comechar por utilijar pouca potênxia, a ver xe vai. Depois, xe for nechechário, damox-lhe maix gáj. - Enquanto se deita no chão, com a cabeça enfiada no armário do lava-loiças, e desaperta a abraçadeira do cano da pia. 

De forma inconsciente, ela desapertou já dois botões da blusa. Passou-lhe pela cabeça tirar as calças de ganga, mas um raro assomo de pudor impediu-a. Com a voz já rouca e um pé de cada lado das pernas do homem deitado, diz-lhe:

- Sabe Berto, não tenciono pagar-lhe apenas em dinheiro. 

Enquanto insere o tubo pelo cano, determinando onde se encontra a obstrução, ele responde:

- Olhe que não acheito cartõex, Xenhora. - É este! É este o X que a tira do sério. Este Xenhora devasso que a corrompe à insanidade. Sobretudo nos mamilos. - É que não tenho a aplicachão no telefone. Mas pode pagar com cheque, poix claro. 

- Também não era em cheques que estava a pensar, Bertinho. - Dá por si um joelho de cada lado das pernas dele. Quando ele desliza do armário e se ergue, forçando apenas os abdominais, ficam cara a cara. Ela passa-lhe um dedo pelo rosto. Ouve a barba de dois dias a arranhar o silêncio da cozinha. - Mas não se preocupe, é o extra que não vai ser em notas, querido. Mas vai valer bastante mais, prometo-te. 

Anulou os centímetros entre eles enquanto foi subindo na escala dos pronomes pessoais, até aquele tu que está a um só passo de ser eu a fundir-me contigo. Ouve-o balbuciar:

- Barca Velha?! - Ela afasta-se um pouco. Com ar surpreendido:

- Hein?! Qual Barca Velha? Não tenho Barca Velha nenhum! Olha mas que altura para pensar em vinho... - Ele escorrega para trás no rabo para se poder levantar:

- Ah, então a Xenhora vai dexculpar mas não pode xer nada! Eu xou do Xportém... - Ela interrompe-o, cada vez mais espantada:

- És do quem? Mas que parvoíce vem a ser esta? Anda cá, não te vais arrepender, prometo-te. - E puxa-o pelas calças.

- Não xenhora! Jáxtô a ver que me quer impinxir o raixparta da caixa do Euchébio, max não tem xorte nenhuma. Antes panaxca que lampião, Madama! 

E sai, arrastando o carrinho da máquina desentupidora.


...

- Acha mesmo que era ixo, Xilva? - E emborca o tinto de penalty.

- Não, Berto, claro que não. Estou só a brincar, não ligues. Já sabes que tenho uma mente porca.

- Poix claro. Para além de que a xenhora é cachada e tudo. Vochê deve conhecher, oh Xilva. É a mulher daquele sucheito um bocado gordo.

- Não, não estou a ver quem seja...


...

Moral do disparate:
Ofertas de cortesia a profissionais podem gerar mal-entendidos. Entendidos?

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

The Empire State Building em tons da bandeira de Portugal



Caros enrubescidos e esverdeados amigos, imaginem o Empire State Building. Agora imaginem-me no topo do edifício. Sim, sim, estou a desapertar as calças e tenciono largar um poio lá de cima. Ou uns quantos! É um bocado badalhoco, é certo, mas é isso mesmo que penso: Estou-me positivamente a cagar de bastante alto!

Eu quero lá saber da caixa. Até acho que é uma peça bem feita e tal. Mas se pensam que me vou por a debater se é legal ou não, tendo em conta os limites impostos pela UEFA e pela FPF para as ofertas de cortesia, então não olhem agora para cima. Eu sei que pode parecer que a malta se distraiu e se está a ocupar mais da parra que da uva. Make no mistakes, a coisa é tão simples que até vocês serão capazes de perceber:

Não, eu não acho que um árbitro possa ser subornado porque lhe dão uma caixa com a imagem do Eusébio. Se um tipo fica assim tão contente por receber uma camisola do 5LB, é porque não precisava de ser subornado de todo. Olha se eu era árbitro e me ofereciam aquilo. Credo, não havia jantar regado a Cristal que vos valesse. Até pode ser um gesto simpático, vosso e dos outros todos que o fazem, mas é estúpido. Não sei se sabem, mas aquilo é uma gente que recebe para ir trabalhar. E que mal que trabalham as mais das vezes.

O problema, lampiõezitos, é que vocês acreditaram piamente que houve árbitros subornados para que o FCP ganhasse ao... Estrela da Amadora. Em 2004, ano do Porto de Mourinho, Campeão da Europa! Lembram-se? Mas havia alguma dúvida? E as escutas e os apitos de todas as cores e feitios. Que regabofe, hein? Isso sim, era um tempo em que a justiça se preocupava com o que devia. E se assim era, então só vos resta meter a viola no saco, o rabo entre as pernas e proclamarem bem alto - e eu ajudo no coro: Orelhas na choldra, já! 

Por causa da merda da caixa? Sim, por isso mesmo! O Tio Capone também foi dentro por causa de uma multa de estacionamento.

Uma vez que estamos de acordo, bora lá fazer uma queixa à UEFA. Quer dizer, fazem vocês próprios. Por um lado, já conhecem a burocracia; por outro, não seriam incoerentes ao ponto de deixarem passar esta história da caixa, poi'não? Então siga: Senhor Platini, estes maganos da nossa direção andaram a oferecer caixas ao desbarato. Vai dai e à custa disso, fomos Campeões. Batota! Ohfaxabor de nos sacar da Champions. E é já! 

Hein? Está suspenso por ser um corrupto? Vossa Senhoria? Olha que o filho da puta do karma não dorme mesmo, raisparta!

Mas não se acanhem, não fiquem por aí. Então não é que o Pereirinha dos árbitros já sabia desta ilegalidade toda? E não fez a ponta de um corno quanto a isso? Nem uma conferência de imprensa à quarta jornada a botar tudo em pratos limpos? Nananana, isso não pode ser. Não há lampião que possa ignorar este atentado à verdade desportiva e à coerência e tudo e tudo! É chamar já o Paladino Costa e mais ojôtros todos e engavetar o energúmenossauro! E depois sim, podemos todos, em alegre comunhão, brindar numa qualquer Catedral à limpeza do Nacional fintabol.

Vai ser uma coisa linda. Infelizmente não poderei estar presente, pois aposto que não serão admitidos fanáticos e eu, sem dúvida, sou um. Mas não tanto que - perante esta atitude de suprema honestidade da lampionagem em geral e dos seus mais eminentes representantes mediáticos em particular - me esquive de reconhecer que ninguém peleja mais e tão fortemente pela verdade que a malta de Carnide. Bem hajam!

- Oh, também, que alternativa tinham? Nenhuma! Era preciso uma grande cara de pau para... - Interrompo:

- Shhh, cala-te, kéjapostar? 

...

Poio por poio, estou-me igualmente nas tintas para a coisa dos leaks. Dudes, have a ball! 

Mas kerkásaber se publicam os documentos deste e daquele e do outro. Bem sei que é chato e que levanta a questão da bufaria infiltrada e o catano. Mas quanto mais lickarmos o assunto, mais o assunto se encherá de leaks. E de likes

Catem os bufos, preparem-se para catar os próximos e siga a dança. Ah, e quanto menos coisas leakaveis tiverem, tanto melhor. O resto são histórias para entreter gente que não ganha campeonatos há uns 500 anos. E para cobrir o monte de lixo de unjôtros que eu cá sei.

Vai daí, é favor dispersarem aí de baixo. Pela vossa saúdinha...

...

Como diria um caro amigo, no essencial estamos de acordo: É muita paragem para jogos da Seleção. Depois dá nisto.

E já que estamos a remexer neste poio específico, uma perguntinha:

- Oh xôringinheiro, então de quantos em quantos dias anda o Danilo a jogar? Só por curiosidade, mais nada, que bem sabemos que o moço é humilde e não tem marcas de truços e assim...

...

- 'uoooodasss, ca mau feitio homem!

- Está só a começar...




terça-feira, 6 de outubro de 2015

Resumo da semana: Cachorros psicológicos.

Estão todos na sua cabeça, Sra. Tweedy.


O meu cão, que por acaso é fêmea, tem-se comportado de uma maneira estranha, que agora não me apetece explicar. Como o animal é parte da família - afinal faço parte de algumas maiorias - tratámos de meter veterinários ao barulho e tal. Foi-se a ver, o bicho, fêmea, está grávido. Psicologicamente. Sim, podem engravidar apenas dentro das suas mirradas cabeças.

Fiquei bastante satisfeito com o diagnóstico, porque já me estava a ver a vender cachorros psicológicos. Do meu ponto de vista tratar-se-ia de uma excelente aquisição, uma vez que um cachorro psicológico não suja, não parte, não precisa de ser passeado, não adoece, não come e é tão obediente quanto se quiser. Infelizmente, diz que não posso vender este artigo. Deve ser manias da ASAE ou assim. Uma pena, porque não só podia vender quantos me desse na gana, como seriam todos tão adoráveis quanto os seus novos donos quisessem.

Assim sendo, e não vendo qualquer vantagem em manter um negocio inviável, lá embarcámos num tratamento hormonal que vai devolver a nossa Yorkshire - se calhar pensavam que isto era com rafeiros, pfff - à sua condição normal de cão a pilhas. Na verdade, a veterinária encarnou uma mera parteira-abortadeira, essa é que é essa!

Mas como bem sabem as famílias prenhas, porque a família fica toda neste estado, não apenas as mães, quando alguém engravida desata a reparar que meio Mundo está em igual condição. E é precisamente isso que me está a acontecer.


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Por exemplo, a Catarina Martins está grávida de um Governo de Esquerda. Mas é uma coisa que só existe dentro da cabeça dela, logo psicológica. Segundo a moça, se a maior parte dos eleitores votou em outras forças políticas, então não deve ser o PSD a ser convidado a formar Governo, mais o seu comparsa de coligação Cath...errr... Paulo Portas.

Assim maijómenos como se considerássemos que o 5LB não poderia ser Campeão, uma vez que as outras equipas, todas juntas, fizeram mais pontos que os lampiões. Consigo ver o mérito da coisa, consigo sim senhor. Só não faz sentido nenhum. 

Mas pronto, acho que desde que separaram a moça do seu co-líder, que é médico, aquelas hormonas dispararam. E os votos no BE também, para mal dos pecados do sôr Costa.

Oh Catarina, sei de uns comprimidos que resolvem isso, não te preocupes.


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Quem pariu um lugar na Assembleia foi o PAN. Quando vi o nome do eleito percebi. Ora, se eu me chamasse Silva também ganhava o que me apetecesse!

- Mas você chama-se Silva, oh Silva!

- Mas psicologicamente sou Aveiro. E não há meio de o CR7 me perfilhar!

Disparate à parte, com a quantidade de burros, camelos, ursos, bois, cabras, preguiças e parasitas em geral que proliferam no nosso Parlamento, já era bem tempo de haver quem os compreenda e defenda. Força André!


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A nível Internacional a coisa também se dá. A Federação Russa anunciou que ia tratar da saúde ao Estado Islâmico, colocando-se na Liga dos Amigos da Bomba na Cabeça dos Tarados. 

Mas afinal é apenas de uma forma psicológica. No terreno tem, aparentemente, estado mais concentrada em perpetuar o amigo Assad no poder, desancando pelo ar as posições dos rebeldes Sírios. Até faz sentido, dado que esses também são Islâmicos e estão num Estado qualquer... Lastimável, provavelmente.

Lá abortou mais uma vez a Esperança de termos à vista uma solução para este problema. Raisparta a cachopa que passa a vida nisto! 


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Por cá, o SEF sentiu-se na obrigação de emitir um comunicado, exortando os cidadãos nacionais a não irem a passeio à Europa Central, com o fito de trazer uns quantos refugiados para Portugal. O Serviço alega que dezenas de cidadãos têm sido detidos devido a esta prática, em diversos países da União. E, se não me engano, já vi uns tugas a serem praticamente beatificados por andarem a fazer uma carreira Europa Central / Lisboa.

Como sou um tipo bestialmente insensível, penso: Será que é para a apanha do morango? Uma vindima serôdia? Azeitona? Construção civil não é, que isso está tudo falido. 

Ai, espera!!! Qual altruísmo qual carapuça! Isto é malta que não consegue engravidar psicologicamente e está a partir para a adopção! Vem o SEF e pimbas, trata de abortar toda a gente. À custa do contribuinte. O pessoal do Juntos pela Vida que saiba...


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O Bruninho acaba de descobrir que existe uma Maternidade Psicológica em Carnide, com filial no Seixal. Como em todos os bons estabelecimentos do género, há uma caixa de oferta aos recém-paridos. 

Essencialmente, contém coisas básicas para os primeiros dias: Creminhos, pó de talco (marca Porta 18), Aero-OM, jantarinhos na Catedral da Cerveja. Enfim, o trivial.

Eu cá acho lindamente. Então mas um árbitro entra para um jogo com a cabeça prenha dos telefonemas do Vitor Pereira, passa mais de 90 minutos a ver se se arranja maneira de ganharem os do Bem e, no fim deste stress todo, era adeujohvaitembora e pronto? Nana, faxabor de passar pra cá a caixinha do Eusébio e pouca bulha!


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Mas importante mesmo é o que nos espera nos próximos dias, em termos de governabilidade. Manifesto-me desde já descansado e indisponível. 

Descansado porque temos o avôzinho a tratar de tudo afincadamente. Tão afincadamente que nem tempo teve para dizer obrigadinho no 5 de outubro. Deixa cá ver, ora o velhote é Presidente da República, do que se deduz que só o é porque isto não é uma Monarquia. Ia agora comemorar a instauração de quê? Deixem o homem trabalhar, pá! 

Indisponível para ajudar à festa que se prepara, porque nesse dia tenho uma reserva de um grupo de bloggers para uma tainada aqui na Tasca. E aquilo promete ser coisa para acabar tarde, pelo que não posso ser eu o indigitado para Primeiro-Ministro. Silva por Silva, falem com o André do PAN. E olha...isto da tainada não é má ideia, hein pessoal?

Eu aposto que a próxima clever move do nosso patriarca é chamar o Pedro, o Paulo e o António, tudo Santos portanto, e fazer-lhes a pergunta que se impõe: Vamos cá saber, qual dos meus meninos é que é?

Olha o Nemo. Vejam, é o Nemo! Porque não o perfilham todos?


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- Oh Silva, está parvo? Então majagora anda a resumir a semana à terça-feira?

- Oh jovem, para mim hoje é sexta-feira. Psicologicamente. E olhe que está aqui um neurónio a dizer-me que são quase horas de fechar... 

domingo, 4 de outubro de 2015

Tabefes e uma aula de Inglês



Portanto, aquele tipo que simula lesões porque não quer jogar o Campeonato, apenas a Champions, agarrou o jogo desta noite pelos colarinhos e foi-lhe enfiando bofetões - PAF!, PAF!, PAF! - até o deixar KO.

Portanto, o fraco, bastante fraco, treinador do FCP precisou de substituir um central. Meteu o Danilo, a central. E se fosse preciso meter a carne toda no assador, teria poupado uma substituição. Pois que não precisaria de tirar um central. Não sei, mas esta fase - com tanta gente nova - soa-me assim a uma bofetada de luva branca, e azul, numas quantas fuças - PAF!

Portanto, o Luis Freitas Lobo conseguiu passar a segunda parte inteira a dizer que o FCP estava a ganhar pela grande qualidade individual dos seus jogadores. Sim senhor, brilhante. Quem lhe metesse um biqueiro naqueles costados - POUS! Dassss...

- Oh, tu não kerjéber! 

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Portanto, depois de 4 anos - quatro! - de austeridade, diminuição de rendimentos, desemprego e queda da qualidade das vidas dos portugueses, o Governo ganha as eleições de novo - PAF! Isto quer dizer que a malta achou que deixar o sôr Costa no poleiro eram ainda piores notícias que estes anos de B-E-E-E-R-U-T-A-I-S enrabadelas que temos vivido. 

Portanto, se fizermos uma analogia, diríamos que o Trapatoni foi campeão. Sabemos o que isso quis dizer das equipas que perderam para ele, certo? Mas bem, disso não teve o homem culpa nenhuma. Já os outros foram todos corridos à estalada - PAF! Percebeu sôr Costa? 

Portanto, ele foi o pântano, ele foi a troika, ele foi perder contra quem aplicou o Memorando de Entendimento - PUM!, POW!, PAF!

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To Leak, Present Simple

I leak
You leak
He leaks
We leak
You leak

They LICK... o cu a quem? - PAF!


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Legislativas 2015: JPP



Aqui está um partido com elevado potencial! Desde logo o nome remete para...vinho um tanto ou quanto rasca. Oh Xilba, manda lá bir um JP. Pode ser 'eskinho, kisso é uma zurrapa de kalker maneira. É de facto um partido que apela à proximidade, ao conforto do que é familiar.

Ainda no âmbito da sigla, veja-se que toda a gente conhece um JP. É aquele gajo que é primo do coiso e que a gente não vê há uma série de tempo. Opá, e o tê primo, o JP? Há ca tempos que não sei desse magano. Lá vai na mesma, como sempre. Está bem que há maijum P, que aparentemente não serve para nada. A menos que se esteja nos Alpes a chamar o moço: Oh JP...P...P...P...olha a avalancheee...eee...ee...e... fuoood...oo...o...

Mas o JPP é muito mais que jogos estúpidos de palavras. Existe uma bestial identificação com o próprio País. Desde logo, trata-se de uma iniciativa de âmbito familiar. A modos que uma micro-empresa, vá. Os órgãos sociais são compostos por Filipe Sousa, Presidente, e Élvio...errr...Sousa, Secretário-Geral. A composição minimalista da coisa é louvável, claro, e o facto de serem irmãos ajuda a uma tomada de decisão mais rápida. Pá, vais almoçar à velhota no domingo? Ya, devo ir, não tenho nenhuma desculpa fixe. Então logo vemos aquilo dos impostos e tal. Tábem, mas só se for borrego assado.

O JPP nasce de um movimento de cidadãos na Madeira, com resultados relevantes nas eleições da região. E agora passa a partido. Segundo o seu Presidente, isto de serem um partido não lhe agrada assim tanto, mas tinha que ser. E porque tinha? Porque de outra maneira não dava pa meter ao bolso o subsídio. Como em qualquer das nossas famílias, lá temos que gramar umas estuchas para botar comida na mesa.


in jpp.pt
Não se pense, however, que estamos perante um partido regional. Nada disso. O JPP concorre aos 14 círculos eleitorais. E está ativo por tódólado. Por exemplos, aqui fica um testemunho fotográfico do "jantar-debate" do passado dia 18 de setembro no Porto, no Café Vitória. Seguido de périplo pelas ruas da Imbicta. Pela imagem, diríamos que marcaram mesa para 10 e apareceram só 8. Mas já se sabe, nestas tainadas há sempre uns que se cortam em cima da hora. Ah e tal, que a minha tia Alzira ficou entrevada subitamente. Qual Alzira, a mãe do JP? Isso mesmo! Ai coitada. 

Digam lá que não parece mesmo, mesmo um jantar da malta? E seguido de périplo? À noite? A uma sexta-feira? Sem crianças? Aaaaaaaaahhhhhh, tou a ber o tipo de périplo. Peraí que também vou periplar amais bocês. Só me está a fazer espécie o ratio gajas/gajos. E porque é que a de branco não teve direito à bela camisola? Não chegaram a tempo? Foi o Noray que gamou!

O conteúdo programático do JPP é o que sabemos. Sim, isso mesmo, toda a gente vai receber mais e pagar menos e isso tudo. Não ficam a dever nada aojôtros todos e inovam pelo sotaque. Parece sempre que é o Alberto João a falar e uma pessoa tem vontade de rir. Não magoa e diverte, portantos. 

Mas... arranjaram uma carrinha! Afinal, o que é um bando de amigos sem uma carrinha? Palhaçada à parte, aqui está uma bela ideia. Com tanto político de referência a falar de proximidade com o cidadão, ponham ojolhos no JPP e façam-se à estrada! Que é como quem diz, façam-se à vida! Chulos!

Não sei não, Carmelindinha. Agora que me deixaste na mão, se calhar dou um toque ao JP. Tinha uma amiga bem boa, o JP. Ao tempo que não vejo esse gajo.

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Grande Questão Existencial: Será boa a francesinha do Café Vitória? O careca e o gajo do capachinho a la Câmara Pereira limparam-na toda. É bom sinal...

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

De Elvas a Badajoz e volta



Já toda a gente falou do jogo de terça-feira, para a Liga Badajoz. Portanto, podemos despachar isso muito depressa:

Primeira parte equilibrada. Gracias San Iker...de novo. Viram como o Pedro pensou "Ai foda-se, não podia antes ser o Fabiano?" 

O golo do FCP é uma canção: Abre com um fundo clássico, de sinfonia, mas há lá atrás uma fúria que se percebe. A crescer. Aperta-se instantâneo o coração, mesmo sem querer. E no segundo seguinte, o Casey Grilo enfia uma patada no pedal e a pele do bombo quase estala. Entra uma guitarra distorcida, o pescoço ganha vida. Ai se eu tivesse cabelo... Foda-se, gosto dos golos do FCP. E das canções dos Kamelot.

Depois, o anti-clímax blablabla, mais uma bela segunda parte, quase ao nível daquela. Quase. Mas bem, em que mês é que íamos nessa altura? Ena, que crescidos que estamos. Vitória, penalties blablabla. There we go, esta é a nossa competição e este o nosso palco.


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Acontece que esta parece mesmo ser a grande questão do momento: O FCP de Lopetegui não liga nenhuma à Liga Elvas. Parece haver um alargado consenso neste postulado, na sua generalidade. Que não no detalhe, claro. Para uns é a atitude, para outros a motivação, para outros apenas qualquer coisa para dizer na falta de um empate ou de uma derrota para desancar o Espanhol. Ainda na terça-feira ouvia algumas opiniões, que valorizo bastante e respeito ainda mais, e também elas coincidiam neste ponto. Pus-me a pensar: Caraças Silva, o que é que tu não kerjéber? E descobri! Nada. Só não acho isso.

Defendi antes do inicio desta época que estávamos a construir uma equipa para Badajoz. E mantenho. Este FCP está talhado para a Europa. O que é magnífico! Deixemo-nos de tretas, acham mesmo que se formos capazes de jogar ao nível dos grandes estamos a diminuir as nossas chances de ser Campeões de Portugal? Really?

- Blablabla, então porque não somos? Então porquê a diferença entre sexta e terça? Entre Elvas e Badajoz? E traz-me um pires de caracóis e um fino, muito rápido ohfaxabor! - Diz o Anónimo, no seu tom pouco simpático para com o tasqueiro. 

Enfim, já se sabe que empregado é lixo e há que manter as distâncias. Percebe-se o moço. E tento, no meu pobre português, na minha dificuldade em articular dois conceitos seguidos, apesar mesmo do meu substancial analfabetismo fintabolístco - que nem fintabol sei dizer e um campo nunca vi - e sempre, mas sempre, de costas para a TV, desenhar uma espécie de opinião acerca do tema. Which follows. 

(Desculpem o Francês, mas estive demasiado tempo emigrado num bidonville... Isso mesmo, a servir finos e pires de caracóis.)


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Posse, controlo, equilíbrio, intensidade, ataque, golos na baliza deles, nenhum na nossa. Isto é o que eu acho que é o nosso jogo. É isto que eu vejo, umas vezes explanado quase em full potential, outras em potência. O facto é que o FCP, neste ano e pouco de Lopetegui, está sempre mais perto de ganhar do que de perder ou empatar. Tirando o blitzkrieg, não me lembro de ter sido inferior a quem quer que seja. 

Isso é normal para 95% dos jogos. É claro que seremos sempre, por mais desligados que estejamos, melhores que o Moreirense ou que o Nacional. Mas eu estou a incluir aqui o Bayern e o Chelsea, como o Basileia e o Shaktar, o Bate e o Kiev, em casa ou fora. Excepto na nossa Alésia. Deste ponto de vista, é tinto estarmos em Elvas ou Badajoz. Entramos para ganhar, para dominar e sim, fazemo-lo quase sempre e consistentemente. Independentemente de quem jogue e de quem rode.

Mas há diferenças, é claro que há. Desde logo, este estilo depende de algumas coisas que, manifestamente, não controlamos:

a) De ter uma equipa disposta a jogar connosco.

Em Elvas não há. Estão enfiados lá nos últimos trinta metros, prontos para nos enfiarem umas pauladas. No máximo, estão dispostos a correr desenfreadamente, dois ou três, para a frente. De vez em quando apanham-nos a dormir ou a plantar lírios no imenso jardim do nosso meio-campo.

Isto é efetivamente dramático para o estilo de jogo do FCP. Porque a posse e o carrossel servem para abrir espaço. Ora, se 10 tipos ficam apenas quietos a ver-nos passar e repassar, não há espaço que abra. É que por eles, tudo bem! Podemos ficar nisto o jogo todo. É pois necessário recorrer a outras armas, nas quais somos piores. Treinamos menos, estamos menos aptos a utilizá-las bem. Ainda que eu pense que estamos a melhorar neste aspeto.

Apostar em ser demolidor - e seremos, mas não como objetivo primário - contra a matemática do pontinho (vai Vassalo!), seria, do meu ponto de vista, construir um plantel diferente e bastante menos capaz de ser o que somos... em Badajoz. Há que manter o foco no modelo e conseguir comer o Danoninho.

b) Ter um campo onde se possa jogar.

Nem a dimensão, nem o estado da relva são despiciendos para o nosso futebol. Digam o que disserem, eu acredito que o sucesso do nosso estilo depende em boa parte da intensidade. E intensidade não é, para mim, apenas a maneira como se mete o pé e se distribuem bochechos à esquerda e à direita. Tão importante quanto isso, é a forma como o passe se passa. A velocidade a que a bola rola, a tensão com que roda de pé para pé. Sem pinchos. E sem conseguir rolar devidamente sobre 10 centímetros de relva. Certo, Osvaldo?

E vamos construir campos novos a toda a gente para sermos campeões? Era uma ideia, mas parece-me um pouco demorado. Em Moreira de Cónegos começámos, creio eu, a ver parte da solução desse problema. Vamos aliar números à competitividade e, quando não vai lá a bem, partimos para a violência e o esmagamento. Não vai funcionar sempre e não, nunca será o nosso estilo. Começaremos sempre por procurar jogar como se o campo fosse direito e o adversário também quisesse ganhar.

c) Ser competitivo e não menosprezar ninguém.

Tanto se irritam com as antevisões de Lopetegui. Chamam-lhe medroso ou - como ouvi terça-feira, duas cadeiras ao meu lado, DOIS MINUTOS de jogo - cagão! Todos os adversários são perigosos - e não são? - todos belas equipas, com armas para nos fazerem a vida negra. É tudo verdade! A mensagem está correta: Abram a pestanola que os tipos das camisolas esquisitas fodem-vos! 

Concedo neste ponto: O ano passado tardou a passar isto para os jogadores. Depois, parece que entenderam e voltaram a esquecer-se. Ou então já não interessava, acharam que tinham perdido. Estamos bastante melhor. Muito, creio eu, por força de um André que são dois, do Danilo, de mais minutos para o Ruben, do Maxi e... oh sim!... do Iker! No lugar do Helton! Competitividade a crescer, menosprezo a descer. Claro que isto se paga com menos cavaquinho no balneário e menos sorrisos nas flashes. Oh well, life sucks...

Apesar disso, ainda longe da perfeição. Tenho cá para mim que se o Iuri Medeiros tivesse o cabelo parecido com o Sideshow Bob, tinha ido ao chão no lance do primeiro golo do Moreirense. Seria: Ai merda, este Willian se continua ninguém o agarra. É que te fodo já aqui. 

Assim, foi mais: Ihihih, espera aí que o André já te fica com a bola...não, o Danilo...ah espera, vais tabelar com esse palhaço, então é o Marcano...não, o André outra vez e ainda saímos a jogar...ai o caralho... Não Vassalo, não é justo que falte!

Tudo isto são requisitos claros para se estar em Badajoz. Mas está longe de ser a média em Elvas. Mas funcionar pior, não quer dizer não funcionar de todo. E volto a lembrar que o ano passado faltaram 3 pontos no campeonato do colinho. E que desses, já recuperámos 2 este ano.

Mas esqueçam, em Elvas o Brahimi nunca passará pelo defesa lateral para encontrar o central a dobrar. Passará sempre pelo extremo, depois pelo médio de cobertura, a seguir pelo segundo trinco que vem compensar, depois, eventualmente, o lateral, até ser mandado contra os placares de publicidade por um dos três centrais. 

...

Malta atira-me com o Villas Boas, de quem gosto, claro. Pelas vitórias e pelo Portismo, apesar das Libras Boas. 

Eu também sonho em meter a gaja boa que mora lá em casa e a Angelina Jolie na cama comigo. Mas se me pagassem o suficiente, ia antes ver uma revista do La Féria ao Rivoli. Se os sonhos têm preço, imaginem as cadeiras... 

Isto dito, gostava de recordar que AVB não se mediu contra o calibre Champions. Nunca. Não por escolha, mas porque lá não estávamos. E quando era para estarmos...desandou! Falta-me saber, embora desconfie que pudesse gostar.

Também me berram que o Vitinho, que defendi sempre, apesar de algum sono, resgatou dois campeonatos às garras do 5LB. 

Ainda hoje me irrita que, por vezes, a meio daquela tainada com a Angelina e a outra ainda mais boa, me apareça o Liedson a entregar a bola ao Kelvin e viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmm-meeeeeeeeeeeeee. Desculpem lá, coisinhas lindas. Eu vou fumar pá varanda. 

Isto dito, ainda ando a ver se me livro daquele pesadelo recorrente com o Apoel e outros semelhantes.

E por que raio passam sempre por cima do Jesualdo nestas análises? Porque será? 

- Ou seja (tambores), desde Mourinho! Sim, é isso mesmo que eu estou a dizer: Desde Mourinho que não vejo um Céu tão azul. Você não se engasgue com os caracóis, homem. Quer que lhe dê umas porradas nas costas?


...

Confessem, os 3 que leram até aqui (como vês, não houve mais piadas com a Angelina, meu amor), vocês andaram o post todo a cantarolar isto!

Sabem porque é que o Paco se chama Bandeira?