Inspeciono rapidamente os aparelhómetros que elevarão a temperatura e deixarão um cheiro estranho no ar: ena, há que tempos não nos víamos, deixa lá queimar a poeira das ventoinhas. Caminho mentalmente os passos: onde vou sentir frio, onde estará condicionado o ar e haverá conforto. Afinal, não vai ser nada complicado e as horas tratarão de trazer luz e mais calor.
E no entanto, já sei que o dia será gélido. Porque é debaixo desse cobertor, a minha pele nua na tua, embalado na tua respiração, que fica o meu dia quentinho.
É muito cedo e está muito frio, tu dormes perfeita. Eu estou já imperfeito, fora do casulo, um pé e meio dentro do primeiro inverno.
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