"Ora, alarmado porquê meu caro?! Deixe-se disso, tudo se resolve."
- Acredite no que lhe digo Silva. Aquela história das PULGAS, não é caso único aqui no bairro. Olhe que eu sei coisas... - e balançava os pés espremidos nos sapatos apertados, pendurados acima do chão, enquanto fazia o banco alto rodar para cá e para lá, como faz o cachopo quando se senta num.
- Não me diga! Quero dizer, diga-me, diga-me, conte-me tudo. Adoro saber dessas vidas. Já sabe que serei uma tumba. - cruzo os indicadores à frente dos lábios.
- Silva, seu fiteiro. Como se eu acreditasse que você não os vê por aí, cravejados de mordidelas, atulhadinhas de sacos de compras, sempre nas barbas do desinfestador e do gordo distraído. - e pisca o olho. Está a divertir-se que nem um bacante, o velho.
- Nas barbas de todos nós! - concluo, sábio.
- Somos todos nós o desinfestador, Silva. Não percebe isso? E o gordo também. Noi, il cornutti vi salutiamo!
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