segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Farturas Aliáticas




- Oh Silva, se a patroa aqui estivesse, já estava a espumar. - Ri-se.

- Porquê avôzinho? Nem está aí a vizinha dos olhos claros nem nada... - E devolvo-lhe o riso.

- Mas só se ouve falar de bola. E não sei o que mais dos vermelhos, mas porque sim dos verdes e mais outro tanto por causa dos azuis...

- Ah pois! É que parece que isto está a aquecer de novo. Já há quem comece a ficar apertado nos sapatos, quase tão apertado como você. - Pisco-lhe o olho, cúmplice.

- Duvido, mas entendo a imagem. Eu disso não sei nada, só mesmo um ditado que me ensinou um tio meu, por parte do meu avô. Já vê que é coisa muito antiga, claro. Dedicava-se ao negócio da venda ambulante de fritos. Lembro-me ainda bem dele. - Fecha as pálpebras, reconstituindo o rosto do familiar. 

Espero pelo dito. Ele espera pelo empurrão. Há finos para tirar. Empurro:

- E então, diga lá o ditado, fiquei curioso. - Ele sorri como um catraio prestes a fazer uma cabriola.

- Quando os catedráticos ficam pragmáticos, monta a barraca das farturas nos Aliáticos.

5 comentários:

  1. @ Silva

    muito bom! :)
    (mas eu sou mais churros. e bolos. principalmente bolos. como aquela personagem do Herman, o José Severino)


    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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  2. em complemento ao meu último comentário, o intemporal 'sketch' aqui

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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  3. Sai uma Bola de Berlim pá mesa do Miguel!
    Qualquer dia convido a Banda do Cidadão para vir cá tocar :) Impagável o Severino!
    Abraço.

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  4. uma bola de berlim com muito creme sff. obrigado :)

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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