Legislativas 2015: P.O.U.S.

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Este é um dos meus períodos favoritos. A Campanha Eleitoral. As eleições em si não me dizem grande coisa. Dada a qualidade do nosso arco da governação, estou sempre descansado com o futuro do país. Ou então é porque acho que vai dar merda de qualquer maneira. Uma delas.

Na impossibilidade de os media darem a mesma cobertura a todos os lorpas que tentam agarrar um tacho no Parlamento, - Ah não, eu não acho que ninguém está na política por convicção. Há quem esteja mesmo pelo bem comum. Mas em havendo a possibilidade, venha de lá o tacho. Um fervedor, pronto. - a Tasca vai, até dia 4 de outubro, com a periodicidade que me der na gana, apresentar uns quantos dos seus partidos fetiche. 

O motivo para isto não é falta de tema no campo da bola ou assim. É que a maior parte, se não todos, os que passarem por este espaço, por norma ficam escondidos pela espuma das noticias. E, acreditem, as mais das vezes, é neles que valeria a pena votar. Se soubéssemos que existem. Ou em sabendo, se lhes ligássemos um pataco.

Como é seu timbre, a Tasca será isenta e completamente imparcial. Tanto desanca à esquerda, como bate à direita. Tão depressa fala mal do 5LB, como bem do FCP. E nisto dos partidos não será excepção. Não esperem que vos diga em quem votar. Ou então digo. Sei lá.

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Para começar da melhor maneira: P.O.U.S. 

Se não fosse por uma série de constrangimentos sociais, como o facto de ser importante que o país continue a existir, e de necessidades de base biológica, como precisar de comer, era mesmo no P.O.U.S. que eu votava. E não era desta vez, era sempre.

Desde logo, é espetacular que alguém se lembre de criar um partido político com um nome que mais parece uma onomatopeia de um livro de BD. Não é? Quando lêem POUS, não pensam no Demolidor em cima de um prédio a dar cabo do canastro a um vilão malvado? POUS, ganda soco no focinho. POUS, um pontapé mesmo nos tomates. POUS, uma cotovelada nas trombas. POUS, um coice no peito que o despenca lá de cima. POUS, rebenta-se o gajo em cima do tejadilho de um Dodge. Acho que era o Gomes da Silva. POUS, bem feito, cabrão!

Mas isso nem é o mais importante. A proposta política do P.O.U.S. é que me enche de facto as medidas. Ora vejamos o que nos propõe o P.O.U.S. para estas legislativas.

Nem mais! O P.O.U.S. propõe-se a... nada! Não concorre. Pimbas, digo, Pous! Digam lá que não é de valor. És grande Carmelinda. A senhora já tem uma certa idade e, portanto, já se pode dar ao luxo de se estar a cagar para as convenções. Ai nunca lá me puseram? Ai é para isso? Então não contem comigo! Se a política em Portugal é o que se tem visto, a Carmelinda is out. 

E, pergunto eu, haverá partido em que valha mais a pena votar do que num em que... não se pode votar de todo? Não se cansem, eu respondo: É perfeito! POUS!

No entanto, não se pense que a Carmelinda e sus muchachas passam ao lado das eleições. Nem pó! Antes de mais, clarificam o seu Programa. Embora já saibamos que é um ato falhado, pois que não se poderá sufragar o dito cujo. É uma espécie de coleguinha de turma que sabe tudo, mas nunca aparece nos testes. Pous, não podemos copiar por ele. Filho da mãe!


Se pensam que está tudo dito e acabada aqui a história do P.O.U.S. estão basto enganados. A Dona Carmelinda não se exime à sua enorme, e histórica, responsabilidade de condução das massas operárias e procura influenciar diretamente o resultado eleitoral. Como? Assim: "foi aceite o princípio de os militantes do POUS participarem nas estruturas do «Livre/Tempo de Avançar», trabalhando para a sua ligação aos trabalhadores e a todos os cidadãos”. 

Eu traduzo: a Carmelinda maija sôtôra, dizem à malta que lhes pergunta que vão votar no Livre/Tempo de Coiso. Maaaaaaaaaaaaaaaaaas, não há cá coligação. Não porque os senhores do Coiso/Avançado Centro não quisessem muito, muito. Antes porque o P.O.U.S. não se vende, não se corrompe e não se amantiza. Por isso grita bem alto: Portugal fora da UE; Fim de todos os Tratados Europeus; Nacionalização imediata das fábricas de sapatos confortáveis para velhinhos e de pensos prós joanetes.

AQUI o tempo de antena, para que conheçam a Carmelinda e su muchacha. Preguiçosos. 

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Grande questão existencial: Porque é que um partido que não concorre às eleições produz um tempo de antena? Go figure...