domingo, 11 de junho de 2017

Uma brincadeira de crianças - um post por capítulos (sim, é assim tão chato)

MP conta até até dois milhões, para a de vermelho se poder esconder....

I - Para o cabal esclarecimento do sistema de correio eletrónico

A mais nova diz que eu sou pré-histórico. Para lhe provar que está enganada, e para grande deleite de todos vós, pobres velhotes, passo a explicar o funcionamento do correio eletrónico.

Antes de mais, atentemos no equipamento necessário, composto por um computador. Como saberão, o computador mais não é do que uma máquina de escrever, acoplada a uma televisão. A pessoa escreve à máquina e aparece-lhe o texto na televisão. E também dá para ver filmes e isso tudo, como as televisões normais. Tem é a vantagem de já vir com Sport TV. E Hustler.

Portanto, vai que quero mandar uma carta por via eletrónica. Basta-me escrever no meu computador a dita e carregar num botão que diz "enviar". De seguida, o próprio aparelho trata de envelopar e selar a missiva, enviando-a etéreamente ao destinatário. Aquilo vai tudo muito comprimido, para caber nos fios de eletricidade e telefone, direitinho para a internet. Que é uma nuvem. Por fim, chove a carta na caixa de correio eletrónico da outra pessoa e esta lê e já está.

A grande desvantagem deste inovador método epistolar, é que, ao contrário de Vegas, o que acontece na internet, raramente fica na internet. Uma maçada.

II - Da ironia (rotflmao)

Está armada uma confusão do caraças, à conta da história dos Emilios.

- E-mails, estupido!

Isso. Eu cá, acho tudo bastante irónico. Desde logo, é uma delícia terem catado nisto a Baleia Assassina, famosa pelas resmas de folhas que apresenta semanalmente, enquanto debita anormalidades na televisão. Pá, malta tão chegada à celulose, não se devia meter na cibernética.

Depois, é muito engraçado que um dos primeiros Lampiões Caídos se chame Adão. Aí está um tipo que é useiro e vezeiro em fazer merda. Está tudo a correr lindamente, toda a gente feliz e saltitante, qual papoila num campo qualquer, e vem o Adão e pumbas, dá cabo do Paraíso.

Também fiquei com um sorriso, ao verificar que a pessegada se refere à época 2014/15. A primeira de Lopetegui. Aquela que foi uma brincadeira de crianças. Foi-se a ver e não. Poijé, olhe que não xôtor J. Marques, olhe que não.

É uma pena que o senhor Platini tenha ido com os porcos, à custa da corrupção,
                                                                                                      (Pausa para me mijar a rir.)
                                                                                                                                 porque seria muito interessante ouvi-lo acerca deste 5lbgate. Para cúmulo, verifiquemos quem foi o quarto classificado do campeonato passado. Ora aí está o clube que, castigados os corruptos, teria acesso à pré-eliminatória da Champions. É quem? A sério? Naaaaaa, estão a mangar comigo, seus tolos.     

III - Uma brincadeira de crianças

Felizmente, ao contrário de outros, vivemos numa terra que é um eterno recreio infantil. Por isso, somos para sempre alegres e joviais. É certo que os Brasileiros são mais, mas só porque podem ser mais Portugueses do que nós aqui na Europa. O clima, as mulatas, a distância do Schauble, enfim, tudo ajuda. E os Africanos também são mais festeiros e quentes. As mulatas, o clima, a distância do Schauble, o horizonte lá longe, muito depois do nariz. Tudo a ajudar estes também.

Mas não nos podemos queixar, para Europeus não estamos nada mal. Veja-se o caso em apreço. Uma brincadeira de crianças. Várias, até.

Os acusantes, vieram e coscuvilharam:

- Aiai, se vocês soubessem, ui, nem vos digo. Olha aqui o que eu encontrei. Ah poijébebé, olhóssantinho dos pés de barro.

- Xiiiii, estão feitos, vamos já à Polícia com isso.

- Nem pensar! A Polícia que venha até nós, se lhejapetecer. Entretanto, vamos espalhar aí pelo Povo. Nhanhanhanha, olhókeusêêê-iiii. - O que era inegável, however, era o olhar de abrincarabrincarékomacacovosvaiócu. A quantidade de hemorróidas que já disparam por aí, parece confirmar a tese.

Os visados, começaram por reagir com o Jogo do Silêncio. Puseram-se a olhar muito calados unspójôtros, a ver quem se desatava a rir primeiro. Depois veio o que mandava lá na malta deles e tirou o badocha da equipa:

- Oh balofo, tu não jogas mais que só fazezémerda. Nem faz sentido falar mais nisso.

O resto dos petizes desatou a dar-lhe pontapés na peida e a chamar-lhe nomes e ele foi para casa a chorar. Eu podia ter alguma compaixão por esta criatura, só que não. É muito bem feito e ainda o veremos pior. Nunca tenho pena de gente sem escrúpulos, mesmo que tenham mais massa corporal que a Moby Dick grávida. De baleias gémeas.

Incha, gordo do caralho. Agora vais apodrecer ao Sol, enquanto abutres te comem a carcaça. Pobres bichos, vão ficar com o colesterol a mil.

Entretanto, o Conselho de Disciplina e a APAF, que não se ficam atrás de ninguém, decidiram ir brincar ao Faz de Conta. Faz de conta que abro um inquérito, faz de conta que me indigno. Aproveitavam e iam era brincar aos médicos, o Meirim e o Gonçalves. Ainda gostava de saber quem é que fazia de paciente.

III - Jogar às escondidas

O certo é que, apesar da quantidade de órgãos de comunicação que estavam distraídos, as cabeças de uns enfiadas nos cus dojôtros, a coisa não amainou e o ruído foi crescendo. É a merda do azeite, pá. Mesmo que a gente tape ojolhos, aquilo tende sempre a subir.

Vai daí, veio a PGR pôr ordem na casa:

- Bem, meus meninos, vamos jogar às escondidas mazé, a ver se acalmam um pedacinho antes de voltarem todos a dormir. Ficamos nós a apanhar e vamos contar bastante alto até dois milhões, para que quem tiver que se esconder possa ter toooooooooodo o tempo de que precisar. Não há por que ter medo. Menos o Gordo, esse não brinca que não cabe em lado nenhum para se esconder.

Sabem, Bernardo quando escreveu "A minha Pátria é a Língua Portuguesa", fê-lo demarcando-se de qualquer sentimento político ou social. Colocando na palavra a totalidade do seu sentimento patriótico. Como quem diz, não fosse pela língua e não me importava de ser outra coisa qualquer. Vanuatuano, por exemplo. Vai-se a ver, Bernardo sabia que em Vanuatu não se avisa com antecedência quando se trata de apanhar alguém a cometer uma ilegalidade. Era uma seca, o Bernardo, não gostava nada de andar a brincar.

IV - 10 anos de atraso

Joguinhos à parte, lá percebemos que, querendo ou não, é mesmo verdade. Levamos um atraso significativo para os lampiões. Vejam lá se não tenho razão:

Segundo as pessoas de bem, o futebol em Portugal andou 30 anos metido num lodaçal. Completamente controlado pela perfídia dos grunhos do Norte. E assim ganharam um camião de títulos, alguns internacionais. Majesses foi por acaso e montados no alazão das suas vitórias internas. Roubadas.

Como o conseguiram? É fácil, camuflando a corrupção de preocupação com a alimentação saudável. Punham-se a oferecer fruta aos árbitros.

Mas era tudo um engodo, na verdade, não se tratava de belas maçãs ou suculentos pêssegos carecas - à época ainda não era tão vulgar a depilação total. Eram prostitutas, mulheres da vida, meretrizes. Putas, pronto. Até a cor se podia escolher, mais clara ou mais escura, como o café com leite.

Tudo isto está basto provado nas escutas do processo Apito Dourado. Aquelas em que o Presidente de um clube de futebol foi apanhado a escolher árbitros para os seus jogos; e outros foram apanhados a falar, em código, de gajas, supostamente. Como resultado, o Boavista desceu de divisão, por decisão da Justiça Desportiva. No fim do dia, os Tribunais Civis mandaram toda a gente meter a viola no saco e arrasaram a treta de processo montado. Como um circo.

Enfim, somos uns amadores. Porque até hoje, independentemente de todas as sentenças, continuamos a ouvir ad nauseum a mesma história. Está julgado e sentenciado, no Youtube, onde se passa a realidade, poijentão.

Profissionais, com dez anos de avanço, não querem saber se a Justiça Civil, que têm no bolso na mesma, julga ou deixa de julgar. O que importa é o que o Povão, os 60 milhões - contas por baixo - ouve, lê - os que sabem, vê e quer acreditar. O resto são peaners, meujamigos.

Gestão a sério, não manda fruta a ninguém. Isso é de labregos provincianos. Gestores de topo, tratam de deixar claro a quem toma decisões que valem milhões, para que lado devem pender. Olha o castigo, meu menino. Põe ojolhos no Marco Ferreira.

Convenhamos, garantidas as subidas e descidas de escalão, mais os dólares que elas implicam, não há árbitro que se deixe corromper com frutinhas. Agora, podem pagá-las dos seu bolsos e não ficarem a dever favores a ninguém. Só ao nosso Primeiro, mas isso é inevitável. Afinal, são todos peças da mesma grandiosa engrenagem: Cada um faz a sua parte, para o Bem Maior do Grande Todo.

Dez anos de avanço, nada menos. Mas enfim, o tempo passa e às vezes, rebolando na abundância, os outrora avançados vão engordando. Quando dão por ela, já não conseguem escapar com a ligeireza requerida e são apanhados. E mesmo que sejam os donos da bola, já ninguém quer jogar com eles.

V - O capítulo por causa do Lápis

No post anterior aqui do tasco, o Lápis insurgiu-se por eu ter dito que os adeptos são um dos obstáculos ao sucesso de qualquer treinador do FCP. Aliás, que podem ser.

Todos sabemos que o mariola de bola não percebe um caracol, mas é bom rapaz e tem razão quando defende que a responsabilidade das escolhas e, portanto, dos resultados, não está nos adeptos, mas na Direção. No Presidente, mais exatamente. Podemos dar as voltas que quisermos, mas isto é mesmo assim. Está claro que não tem nada a ver com o facto de os adeptos poderem dificultar a vida ao treinador, mas não vamos esperar demasiado do moço.

No entanto, se esta responsabilização do líder faz todo o sentido, ou por outra, se não há NENHUMA maneira de o líder não ser o primeiro, máximo e último responsável, também é verdade que isso não é uma coisa unívoca. Pelo contrário, é uma via de dois sentidos. É por isso que, mais uma vez, me espanto com a quantidade de disparate que nós próprios conseguimos dizer. De nós.

O basquetebol acabou. Culpa do Presidente, que deu cabo de uma modalidade histórica. Depois, o basquetebol regressou e limpou tudo e todos, até ser Campeão Nacional. Mérito do Moncho e, eventualmente, da secção. Apesar do Presidente. O basquetebol não é bicampeão. Foi porque batemos no fundo, a Direção não reage, não se vê nada, um deserto. Pobre Moncho.

O andebol ganhou alguns 300 campeonatos de carreirinha. Grande Obradovic, grandes adeptos dos pavilhões, grande espírito de equipa, comunhão do Portismo. O andebol perde, merda de Presidente, está senil, gasto, já nem pró andebol serve. Não o substituam pelo Obradovic, não.

Somos crónicos Campeões de hóquei em patins, à conta do Reinaldo, do Bosch, dos treinadores, do Ilidio e seus estupendos croquetes. O Presidente, esse, só aparecia para comemorar, mais valia não ir. Agora que não estamos a ganhar, é vê-lo ausente, calado, culpado até aos tomates da miséria que vivemos. Como é que poderemos voltar a ganhar enquanto esta Direção não cair? E logo no hóquei, que é a grande força motriz do FCP.

Really?

Dado este estado de coisas, qual a retaliação do adepto Portista, fanático das modalidades, apaixonado pelos pavilhões, desportivamente mais eclético do que a Tracy Lords no que toca a pilas?

- Não vou renovar o meu lugar no Dragão!

- Caixa?

- Hã? Isso é o quê? No Dragão, pá! Comigo não gozam mais.

Brincadeirinha, só pode.

...

- Oh Pedro, acho que o Adão já anda a arranjar chatice com as frutas outra vez. Raisparta o cachopo, não aprende, apre!

...

Soundtrack to this chapter: All the evil seem to live forever.

19 comentários:

  1. muito lúcido e muito na mouche... mas no final, acredito, que até a sua escrita é culpa do presidente e a direção...

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    1. Lol, naaa, acho que há culpas que nem o Portista mais anti-Pintista consegue atribuir ao Presidente.

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  2. Lápis, esse lampião infiltrado. Já o topei há muito. Ainda por cima, não entendo metade do que escreve. Devia ouvir mais o Rodolfo, esse sim, todos o entendem.

    Pá, os adeptos só estão disponíveis para atrapalhar quando as coisas já não estão a correr bem há algum tempo. Não os tenho, nenhum deles, por masoquista ou teriam escolhido ser do sportem.

    Quando nem uma modalidade se safa, somado ao descalabro do futebol, espera-se o quê? Palminhas pela coerência? Peçam ao Fonseca. Ou aos baluartes do Pint... Portismo. Not me. Sou é do meu Porto.

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    1. Pá, insultar o moço não. Eu posso, o resto não. Como com os treinadores :)
      Não sei, já vi os adeptos fazerem a vida negra a malta acabadinha de chegar. De resto, aceito as vaias quando perdemos em TUDO. Mas esses que vaiam deviam estar disponíveis para aplaudir quando ganhamos. Não, não estão!
      É tão errado achar que o Presidente é responsável APENAS pelo que corre bem, como o seu exato inverso. That's the point.

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    2. Goes without sayin' essa da responsabilidade para o bem e para o mal. Parece é que estão separados temporalmente: primeiro foi o bem (durante BASTO tempo), agora é o mal.

      Alguém disse Tomo?

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    3. Pois goes, só que...não. Irrita-me um bocado que as vitórias agora, ainda que escassas, sejam sempre "apesar de". Os B foi o Castro, o Basquete foi o Moncho, o Bilhar foi o Alipio...
      Quem está disponível - e tu nem por isso - para embarcar por aqui, tem que aceitar que outros (alô?) achem que as derrotas são do Julen, do Nuno, do Peseiro, do Antero.
      Tomo? Tábem, pode ser duplo. (wtf?)

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  3. Bilhar e com gajos da formação. :)))

    Os Somozas não o estarão a confundir com o Daniel Ortega?

    É que há alguns Rodolfos de diferença de SADista para SANDinista.

    Também não percebi nada do que o Pedro Guerra disse, mas o espectáculo foi de morrinhanha.:)))

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    1. A mim preocupam-me mais os Chamuças que os Somozas. Venha de lá os ditadores todos em filinha. Hasta la victoria, siempre! Ou assim... :))

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    2. Essas revoluções sul americanas são muito mais românticas dos que as primaveras árabes que nos querem impor. )

      Por falar em sul americanos. O sr. Silva viu os patrícios do Victor Garcia a jogar a bugalhinha? Muita atenção à roda da frente. Há ali gente muito, mas muito interessante, incluindo o CR de cabelo amarelo e o anão do meio campo!!

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    3. Vamos a eles com os que acham que o F. C. do Porto é Nosso e não Unipessoal.
      Por muito que isso desagrade aos gajos das chamuças e aos Somozas.
      https://www.youtube.com/watch?v=yEXTrL3ZeFY

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    4. Não vi nada. Sei que chegaram à final, o que é muito surpreendente.
      E vamos a eles com todos, unipessoais, anónimos e limitados :)

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    5. "Derrotas são do Julen, do Nuno,do Peseiro, do Antero" ?!! Deve ser mentira.
      Não me lembro!!!

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    6. São nossas também. E mais que de todos, e antes deles, são do Presidente. :)

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  4. Eu tive uma cátrele (aliás 2, mas uma era para peças) em 50ª mão. Mas foi com essa viatura que fui pela 1ª vez passar férias ao Algrave. Demorou, demorou, mas lá chegou. E regressou.
    Todos mas todos elogiaram a gaja!

    Um belo dia ao subir o Gerês, a cátrele deu o peido-mestre! Todos apontaram o dedo ao motorista!
    Moral da história: Não há moralidade!

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    1. Moral da história: Se vais de cátrel subir a serra, leva o saco-cama e uma lanterna. :)
      Mas é ainda pior do que isso. É como se a pusesses a trabalhar de vez em quando e a malta achasse que sempre que funcionava, era porque o pendura era espetacular. E sempre que gripava, é porque tu és uma besta...

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  5. ó jurássico,
    para consultares 'emílios' já não precisas de um computador, pá. basta-te um telefone esperto e/ou uma tablete (que pode ser, ou não, de "chocolate").

    #morcaodocara...cas

    abr@ço
    Miguel | 92º minuto

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    1. A sério??? Naaaa! Mesmo?
      Abraço

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    2. Os melhores emilios eram d'antigamente! A vizinha mandava uma boca, boca essa que dava a volta ao quarteirão. Quando chegava de novo á vizinha que tinha lançado o emilio, este vinha mais sobrecarregado que o envelope com a factura da EDP!
      É claro que estes emilios não eram á Pedro Guerra. As pessoas lembravam-se logo de imediato e era ver todo o bairro á batatada.
      O que eu mais delirava e gostava como se fosse um ecran gigante da SIC Radical, era o wrestling feminino! Aquilo sim, é que era depilar perucas!É óbvio que os homens fingiam que não era nada com eles. Toca todos a ir pró tasco (não o do Silva) e falar do fêquêpê, carago!
      É que nesse tempo não havia a hipotese do: e agora apague tudo!

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    3. Se eu abrisse um tasco, ai de ti que não passasses lá a vida a discutir a bola!
      Depilar perucas é muuuito bom. :))

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