"we'd rather starve quick
than starve slow."
Fevereiro de 1909.
os relatos da época dão conta de uma marcha, no frio de
uma gélida Nova Iorque em início de século, de cerca de 30 mil manifestantes,
na sua maioria mulheres. lutaram por direitos que actualmente damos por
garantidos, à nossa nascença, como sejam melhores condições de vida (a Fome era um dos flagelos sociais), de
trabalho (com uma necessária redução do número de horas de labuta), ou até o
direito ao voto (nos EUA, só aconteceria em 1919; em Portugal e sem qualquer
discriminação e/ou restrição, somente em 1968). a citação acima refere-se ao
slogan proferido na marcha reivindicativa, no último Domingo daquele mês.
mais de cem anos depois, os
propósitos do 08 de março e da persistente luta contra as desigualdades de
género, não só a nível salarial como no acesso ao trabalho mantêm-se
válidos. em Portugal, aqueles são ainda mais apropriados graças aos dislates
diários das #inCapazes… adiante.
transportando esta efeméride para o
Futebol e naquele que deveria ser um momento recordado diariamente por qualquer
bom chefe de família que se preze, mesmo pelos que entretanto terão sido
constituídos arguidos, e não num singelo dia de Inverno, a cada ano que passa,
e assim que chega a casa e antes de alapar o traseiro no sofá para ver a bola
(excepção para o Felisberto, graças às ‘herreras’ de um certo Hector…), neste
texto quero homenagear as adeptas portistas naquela que, para mim, é a figura
maior do nosso Clube, no Feminino e sem qualquer menosprezo para as demais.
trata-se de alguém que invoco a cada
ida ao estádio e antes que a ‘chichinha’ comece a rolar; de alguém que me
provoca arrepios na pele e até lágrimas de comoção e de uma esfusiante Alegria;
de alguém que me faz gritar o nome do Clube a plenos pulmões; de alguém que faz
parte integrante dos símbolos do FC Porto e que, por isso mesmo, será Imortal;
de alguém que é muito nossa, não só do Clube, mas também da cidade Invicta.
refiro-me a quem empresta a voz ao hino (e à marcha) do FC Porto,
Maria Amélia Canossa de seu nome de baptismo.
sinceramente acho que mais palavras
minhas serão desnecessárias, neste momento, porque a pessoa da D. Maria Amélia
é sempre superior a qualquer tratado que possa elaborar. e porque só a
lembrança do hino do Clube, enquanto redijo estas linhas, faz com que não tenha
o tão necessário discernimento para continuar a escrever. assim sendo, espero
estar na plenitude das minhas forças já ao final da noite deste Domingo,
naquela que será certamente mais uma dura Batalha rumo ao objectivo que tod@s
nós ambicionamos e deixámos bem expresso em Liverpool. assim seja!
“disse!“
Miguel Lima | 92º minuto
(este espaço será sempre escrito de acordo com a antiga ortografia. limices.)
Miguel, daqui do meu sofá novo comprado em 3ª mão (ou 3º cú?)a uns gajos que andam para aí a Remar, digo-te sem qualquer ponta de ironia que a Maria Amélia Canossa mete bem no bolso todas as Sobrais e sobranceiras cantoras deste país.
ResponderEliminarE em homenagem ás mulheres, sobretudo ás portistas que são da geração da minha mãe, o enorme amor pelo FC PORTO ao terem que ficar nos carros a fazer tricot, enquanto os respectivos maridos marchavam ás Antas. E há custa do azul-e-branco muita obra-de-arte foi bordada! Claro que os respectivos machões as compensavam com idas ao Mucaba, Central da Cerveja (onde hoje é o condominio Galiza) ou á Regaleira, afim das suas beldades ficarem cada vez mais... redondinhas ;)
Um abraço para ti e um cachaço pró Silva...
Cachaço de volta, Oh morcão.
Eliminarsou desse tempo, também 😎
Eliminarretribuo o abr@ço