Se me desse para ser, mesmo sem ninguém ter pedido e menos ainda querer saber disso para pataco, uma espécie de newsletter resumo do que aparentemente se consensualizou, ou convencionou, que são as necessidades do plantel azul e branco de momento, escreveria qualquer coisa próxima de: Centralreferência + lateralesquerdàmaneira + extremàséria e, above all, com a urgência de um adolescente perante um par de mamas, um médiocriativo10.
Leio nomes que desconheço pelas caixas de comentários das páginas desportivas da Ciberlândia, - a última versão de FM que joguei era de 1833, no auge das Guerras Liberais - na Bluegosfera há um sentido mais elevado de responsabilidade - e um escalão etário por certo mais avançado - mas encontro os mesmos buracos com tampas diferentes; os comentadores - incluindo uma nova e toda catita classe: os especialistas em transferências, cristomacuda! - estão, eles também, de acordo: falta isto tudo e mais o 10. Se não houver mais nada, que haja o 10. Com ele, o Danilo nunca terá saído, o Jackson continuará a marcar por nós, o Alex volta a duplo trote de Turim e o Oliver... Não, o Oliver não. O Oliver é o que abre a Caixa de Pandora de todos os nossos sonhos molhados. O par de mamas, portanto.
Eu de bola percebo pouco. Sou mais dado ao disparate e ao palavrão do que à análise tática da coisa. Espanto-me com a capacidade abismal dos Luis Freitas Coisos desta vida de dizerem um monte de palavras seguidas e haver muito quem consiga retirar delas sentido. Continuam a parecer-me Gabriel Alves wannabe, mas na versão 2.0 - a que nem graça tem porque não diz aforçadatécnica vs atécnicadaforça. Ainda assim, de tanto ouvir a lengalenga do 10, pus-me a pensar nele. Nesse Deco dos tempos modernos que evolucionará um plantel fraquinho numa equipa de meter medo. Enfim, deu-me para tentar imaginar qual seria o meu par de mamas, salvo seja.
E a bem dizer isto nem é nada complicado. Para mim, o FCP procura construir uma equipa para Badajoz, não para Elvas. Embora este ano já tenha tido tempo para perceber que existem necessidades diferentes de cada lado da fronteira. Do lado de cá há Maritimos. Quero eu dizer que cá pela Lusitânia temos que ser mais Wagner e menos Schubert. Temos que carregar como valquírias, perante um bando de gajos que, na maior parte do tempo, está barricado lá atrás.
Ora, malta desta deixa pouco que fazer aos Ikers e seus pagens. Então se estivermos sustentados em dois embondeiros no meio do campo, o terceiro tipo até pode pensar quase exclusivamente em atacar. Se não me foge a memória, temos por aí um rapazito Colombiano que pode muito bem tratar disso. Se julgarem preferivel acrescentar mais alguma intensidade e até rigor tático, mas com umas caneladas a despropósito pelo meio, há aí na dispensa aquele moço dos 30 milhões. Arte pura, e só isso; ou criatividade mais cerebral, posse e passe. Em ambos os casos, uma ou outra bomba cá de trás para agitar as trincheiras.
De Badajoz em diante, estamos conversados: É solidez, intensidade, alas para que te quero e muita, muita e ainda mais bola, num jogo de equilíbrios, sem nunca partir. E para isso está a ser trabalhado o trio que é um quinteto: Danilo, Imbula, Herrera, Ruben, André. Dependendo dos jogos, algum dos outros poderá dar uma perninha nestes palcos de gente crescida. A menos que por ai venha o... Deco... Hmmm triplas mamas!
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- Oh Silva, é um pardemamas faxabor.
- É um segundinho. Vou ali buscá-las ao armário dos 10.