Para além de terem um novo nome que mais parece um extremo Nigeriano condenado ao anonimato, devo dizer-vos que, enquanto provedor de serviços de telecomunicações, a vossa companhia é uma bela bosta.
A internet treme como um doente de Parkinson; o telefone emudece, qual executivo do BES posto perante uma Comissão Parlamentar; e a vossa oferta de canais de TV muda como se fosse a nova namorada do CR7: Duas vezes à semana e sem aviso prévio.
O vosso serviço de assistência ao cliente é composto por uma série de vozes jovens, simpáticas, bem-dispostas e absolutamente inúteis. Caramba, não é preciso proporcionarem sessões de sexo por telefone, mas, de vez em quando, podiam resolver um assunto qualquer. Tipo, saberem a morada da sede ou assim.
Até hoje, fui vosso cliente por uma razão e outra. A razão, é que preciso dos serviços que forneceis. A outra, é porque nenhum outro operador tem infra-estrutura na minha aldeia. Parecendo que não, não ter alternativa, melhora substancialmente a minha propensão para adquirir, repetidamente, os vossos serviços.
Mas tudo isto não será muito diferente em casa dos vossos concorrentes, nem sequer é, seguramente, uma grande novidade para vós. E eu não gosto de perder tempo a escrever coisas que toda a gente sabe. Quer dizer, gosto, mas não tendes nada a ver com isso.
O facto é que vos redijo esta carta eletrónica, para vos dizer algo de novo, digo, nowo, e basto agradável: Está tudo desculpado!
Terem tido o cuidado de transmitir, exclusivamente para mim, um jogo do FCP, diferente do que o resto da maralha viu, é de uma inexcedível atenção e um admirável cuidado.
Obrigado. Bem hajam.
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Porque não pode haver outra explicação.
Quer dizer, se andasse a desancar o NES por mudar muito a equipa e não criar rotinas e mandar para a bancada jogadores que tinham estado bem, não podia agora vir desancá-lo por... manter a equipa, jogar na mesma rotina, deixar o Adrián entrar de início. Não faria sentido nenhum, está claro.
No Universo Portista conhecido, e algumas partes do desconhecido também, há UM elemento que pode insultar qualquer treinador do FCP que não ponha o Herrera a jogar: É o Anónimo. O verdadeiro. Em todos os outros casos, soa a argumento da treta, arranjado à pressão, na esperança que ninguém note. Ou que estejam todos a fazer o mesmo. Por norma, estão.
Depois da narrativa do ui, o Campeão Inglês, uma grande equipa, grandes jogadores, vão abafar-nos, estamos bem arranjados; não seria lícito vir agora achincalhar a equipa por causa de um jogo em que nunca foi dominada, até muito pelo contrário.
Se andasse a avisar aos ventos que o NES é medroso e põe-se a jogar à equipa pequena; era tramado achar que entrar em 442 em Dexter, Laser, Lester, Coiso, sem nenhuma invenção de ultima hora, era a prova acabada de que estava todo borrado.
Como alguns terão comprovado no post anterior, eu teria jogado com outra equipa e outro esquema. De igual modo, saberão, yet again, que NES foi, para mim, uma escolha surpreendente. E não pelos melhores motivos.
No entanto, o que não posso é construir uma história na minha cabeça e, depois, interpretar a realidade até a fazer corresponder a essa ideia. É ao contrário meus meninos, é ao contrário.
É por isto que tenho a certeza que os senhores que mandam na Cabovisao, tiveram a esplêndida ideia de transmitir um jogo diferente para mim. Que fooooofos!
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Tábeeeeeiiiiimmmm, eu conto como foi.
Anunciámos a equipa a exibir um par de tomates bastante apreciável: Dois avançados, que estamos aqui para ganhar, não fosse alguém ter dúvidas. O racional baseava-se na lógica: Criar rotinas, aproveitar o bom balanço de Adrián contra a malta da rotunda, mostrar que sabíamos que não estava nenhum colosso do outro lado.
Entrámos bem e ao quarto de hora já podíamos ter feito 2 golos. Não fizemos por dois fios. Mas foi uma primeira parte equilibrada, em que não mostrámos a real diferença que existe entre as equipas. Acabámos penalizados com um golo, resultado de um cochilo de determinado Brasileiro. Quase empatámos de livre.
Sem ter sido uma boa exibição, o resultado ao intervalo não era lá muito justo.
Na segunda parte, o treinador mexeu na equipa e no sistema. E mexeu bem! Porque melhorámos. Ainda estou a tentar perceber como é que melhorar a produção durante o jogo, significa que o treinador não sabe ler o jogo.
Até ao final, ficou claro que somos melhores. Perdemos algumas oportunidades de igualar, o árbitro palmou um duplo penalty descarado e terá poupado uma expulsão ao adversário. Ol'same, ol'same.
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A balela final é que este era um jogo decisivo e que estamos em maus lençóis. Pues que no.
O que já se jogou deste grupo, deixa claro que o FCP é a equipa mais forte e o Brugges, com quem ainda não jogámos, é a mais fraca. Decisivos serão os próximos 3 encontros, que teremos que ganhar.
Temos excelentes possibilidades de fazer 12 pontos nos jogos que faltam e acabar em primeiro do grupo. Mas o mais importante é entrar no Dragão, contra o Coiso, com 10 pontos. O que implica ir ganhar a casa do Cøisö.
Complicado? Nem por isso. Podemos ir de vela? Claro que sim. A acontecer, quererá dizer que não merecemos jogar a Champions. Porque é um grupo demasiado acessível para encontrar outra explicação.
Mas não se enganem, não fomos eliminados ontem, nem ficou a sensação de que seriamos. Be honest!
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Como não visito blogues ou fóruns dos inimigos, e evito falar muito de bola com eles, fico sempre com a mesma dúvida. Talvez vocês me possam ajudar. Os outros adeptos também são assim, autofágicos como nós?