Cartas apreendidas em 5 minutos... |
Parece que entra amanhã em vigor a chamada "Carta por Pontos". É uma espécie de arcade: Um gajo tem tantas vidas e por cada cagada que faz, lá perde uma. Quando chegar a zero, pumbas, quinou. Tem que meter mais moedas.
Eu cá acho que é uma bela ideia. Mas é claro que tinha que vir um político estragar a minha positividade em relação à coisa, salvo seja. Depois queixam-se do mau feitio. Como se houvesse alternativa. Ora fuoda-se!
Então veio o xôr Secretário de Estado da Administração Interna, Doutor Professor Engenheiro Fulano de Tal, explicar ao povo como isto agora é que vai ser. E diz:
- Ora bem, um tipo que passe por um acidente e não preste auxílio a eventuais vítimas, catrapuz, perde logo 6 pontos. Pior que o Farense! Vai ele e, no dia seguinte, chateado com isto, afoga a mágoa no tintol. É catado a conduzir bêbado como um cacho. Catrapimba, mais 6 pontos à vida. Tipo tripeiros no apito d'oiro, quando a nossa justiça funcionava e a bola era um mar de corrupção. Cristóvão, Cristóvão, lagarto. Aí está como se fica sem créditos, digo, Carta, em apenas dois dias.
Sim senhor! Brilhante! Deixa cá ver, portanto, se em dois dias seguidos a pessoa tentar assassinar, por omissão ou ativamente, uma série de outros indivíduos, pumbas, fica sem carta. Ai que bem feito. Toma que já almoçaste, meu cafajeste.
Oh xôr Secretário do Coiso, salvo seja, epá, não! A personagem automobilizada em causa, deve ir de cana logo no primeiro dia. Dentro, prá choldra, pá pildra, bater com os costados no cárcere, enrabado no chuveiro, táberohnão?! A carta é completamente irrelevante nesse cenário. Até podia ir de triciclo. Sem selim. Deusmalivre.
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Mas a ideia é boa. Aliás, tão boa que devia ser alargada a outras áreas. Por exemplo, havia de se criar uma Carta do Portista por Pontos.
Um gajo, para poder dizer que era Portista, tinha que ter créditos na Carta. Senão, vinha de lá o Aboubakar e o Indi e faziam de conta que estavam no chuveiro do cárcere. Com o Portista infrator.
Espera, é capaz de ser mal visto. Assim de repente, ainda ficávamos sem uma série de adeptos. Só para se apanharem com os moços no banho. Bolas, eu a ver se lhes dava alguma utilidade.
Oh well, independentemente da penalização, seria um método catita. Suponhamos, um palhaço que entrasse na panelinha para queimar qualquer EVENTUAL futuro treinador do FCP - epá, não sei, digamos que fazendo eco numa TV de notícias especulativas que tendem a colocar em causa uma suposta escolha da Administração, sem referir qualquer fonte - e, ainda assim, se afirmasse Portista, perdia logo uma carrada de pontos. Se, ainda por cima, acrescentasse da sua lavra o fantasma da comissão - putakepariu! - lá se ia o resto dos pontos.
E pronto, deixava o palhaçoide de se poder afirmar Portista. Porque seria evidente para todos que não o seria. Que não o é!
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Desafortunadamente, cumpre-me o espinhoso dever de informar a freguesia que acaba de ser caçada a Carta de Diretor Desportivo ao xôr Baia.
(Lágrimas, lágrimas)
Ai catraio, catraio, não mandas uma para a caixa. Credo.
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- Oh Pedro, isto do MST faz todo o sentido. Acho muito bem! Não o sabia devoto, que interessante. - Cofia as barbas.
- Como, Senhor? De que se trata? O Tavares devoto? Muito estranho.
- Das divisões e comissões e o catano. Espero bem que seja mesmo verdade.
- Ai sim, Senhor? Não o sabia interessado no assunto.
- Tudo o que é religião é do meu interesse, meu menino.
- Religião, Senhor? - Espantado.
- Pois claro. O Pai, o Filho e o Espírito Santo.
(Raisparta o Lápis que, foi-se a ver, já tinha feito esta laracha! Vénia, nesse caso.)
(Raisparta o Lápis que, foi-se a ver, já tinha feito esta laracha! Vénia, nesse caso.)
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A driver's soundtrack: Faster...