quinta-feira, 30 de junho de 2016

A auto-elegia de Blimundo Silva (por ocasião da sua morte)



Austera, foi a palavra que, muito anos depois, o então pequeno Bonifácio encontrou para descrever a casa mortuária onde se velou, de corpo quase sempre ausente, seu pai. A memória apagou-lhe as grandes janelas rasgadas sobre o vale, por onde o Sol de um verão de São Martinho serôdio troçou das invernosas vestes. 

De resto, a nudez das paredes, com um crucifixo único cravado logo acima do caixão, em muito se devia à exigência do próprio morto por ser: Proíbo-vos de pendurarem quadros de Santos ou os próprios Pobres Coitados. Encarregar-me-ei de vos tornar as noites em pesadelos do Além se o fizerdes. Para além de que eu próprio os retirarei à paulada antes de me morrer. Assim disse Blimundo Silva, na hora de acertar a jorna com as carpideiras que o haveriam de chorar.

De igual maneira, mandou retirar as cadeiras e os bancos corridos. E só não conseguiu desinstalar a modernice do ar-condicionado, porque o senhor Presidente da Junta lhe bateu o pé: Oh homem, você não está bom da cabeça. Então depois de três quermesses para arranjar o dólar para o instalar, ia agora arrancá-lo por sua causa. Era o que faltava. E digo-lhe mais, até deve dar mais gosto morrer nestes tempos, que está sempre o ambiente temperado na sala. Nem precisam as carpideiras de capotes, nem se transpira o cadáver. E riu-se. Depois deu-lhe duas palmadinhas nas costas e perguntou-lhe se tudo corria bem. Haja saudinha, que é o que é preciso.

Tirando as profissionais, que muito bem laboraram na opinião de toda a gente, estavam convidadas as pessoas que se esperariam. Um ou outro menos próximo, com um ar mais espantado. Afinal, não é todos os dias que o futuro falecido nos convida para o velar. Ainda para mais quando, ao chegar, se repara que tudo está no sitio: O caixão no centro, abaixo do crucifixo; as flores, em quantidade razoável, em volta: Mimosas da berma das estradas, gerberas, algumas estrelícias, ramos de margaridas e malmequeres, muitas rosas - duas eram brancas; o último circulo desta concentricidade composto por almas, umas chorosas, outras nem tanto; só falta mesmo o corpo de Blimundo dentro do seu fato de madeira. Aberto.

Não se pode dizer que a chegada do morto tenha provocado uma grande comoção, até pelo receio de que tais manifestações o irritassem. Não fosse o desgraçado enervar-se no dia da sua morte. Ou pior, decidisse adiar para outra ocasião. As pessoas têm as suas vidas e elas muito raramente se compadecem das mortes. 

Ainda assim, houve murmúrios e duas ou três fungadelas mais sonoras, quando aquele homem alto e bem composto de carnes, mas não flácidas, desfilou pela sala no seu fato de cerimónia completo. Fraque de abas de grilo e sapato bicudo de verniz incluídos. Destoava o caixote de madeira na mão, daqueles antigos, da fruta, que já nenhuma mercearia utiliza. Sendo que as próprias mercearias já não se utilizavam à época.

Caminhou em dez passos bem medidos até aos pés do seu caixão, trocando olhares e semi-sorrisos com quem as vistas se cruzavam. Pousou o caixote e trepou-lhe para cima, improvisando daquela forma menina o último palco da sua velhice. Ele, um moço de meia idade. 

Olhou em volta, nas costas apenas a parede crucificada, e assentiu com a cabeça. Aguardou um momento, para que as carpideiras baixassem o tom da choradeira. Pigarreou e estendeu muito bruscamente os braços, com as palmas das mãos para cima. A sala silenciou-se na metralha das primeiras palavras, como que disparadas em rajada da sua boca, naquele tom grave que todos conheciam:

- Estas as minhas mãos. Que vos tocaram, que vos roubaram, pois que guardo nelas tudo quanto pude tirar de vós. Não o que quis, mas o que me foi possível e me deixastes.

Estas as mãos que te decoraram os traços do rosto, de modo que nos dias sem ti te pude desenhar no ar. As mãos que se moldaram ao teu seio, a medo, em ondas de luxúria contida, não te fosse magoar. E que te marcaram as nádegas assim que assumiram, de si para consigo, a posse da tua pele. Com estas nos abraçámos sôfregos e nos despedimos derrotados pelas distâncias que jurávamos encurtar. As mãos que nos demos em passeio e em medo de nos perdermos.

Estas as minhas mãos. - E olhou-as. - Com que vos embalei e vos atravessei estradas e baloicei num pneu pendurado numa árvore, à beira de um rio feliz. As mesmas que se apertaram até ter unhas nas palmas, do susto do vosso sofrimento. Grandes nas vossas, pequenas para tanto que vos amei e vos quis ver florir. As mais belas das criações que, só por sorte, pude reclamar para mim.

Ah as minhas mãos, que com enxadas lavraram e com penas rimaram. Construíram sem jeito, alterando as paisagens serenas, e destruíram supostos obstáculos nos nossos múltiplos caminhos. Sinto-as para sempre a baterem nos meus joelhos numa gargalhada, assim como se fecham eternamente num punho que me segura as lágrimas.

É este o meu legado em vós. O que vos deixo é só a memória do tempo que nos escorreu entre os dedos. E as coisas. - Deixou cair, por fim, os braços já dormentes. - As coisas que, mãos nas mãos, deixámos ao Mundo, para que ele se recorde de nós. Grãos.

Do bolso de dentro do casaco, tirou uma folha que desdobrou. Exibiu-a:

- Estas as minhas palavras. Com elas fareis nada. 

Uma brisa suave intrometeu-se pelas frestas das portas pesadas, rodeou o pedaço de papel, pegou-lhe como se de mãos se tratasse e levou-o pela janela entreaberta, flutuando por cima do vale, para lá do monte, sabe-se lá para onde.

Blimundo Silva subiu do caixote ao caixão. Deitou-se, tendo o cuidado de manter as abas do fraque impecavelmente esticadas por debaixo do seu traseiro. Baixou a tampa e fechou-a por dentro. 
  

18 comentários:

  1. Amigo Silva

    Numa sociedade ávida de pôr rótulos, separar por categorias, dividir em grupos, saber o porquê, na hora, tentando logo arranjar justificações e especialmente culpados, tudo o que seja imprevisível, como por exemplo a morte, é alvo de muitas e variadas teorias, desde a simplificação, morreu-acabou, à mistificação, morreu-vai para o céu ou para o inferno, sendo que este seria uma espécie de castigo por fogo eterno, encarnaria num outro ser, o que significaria perder a sua identidade.
    Não consigo conceber a ideia de morreu-acabou, somos seres demasiado complexos, fruto de uma engenharia tão primorosa que o simples pensar que cá chegámos a esta forma tão superiormente desenvolvida, teve inicio num acaso cósmico dá-me vontade de pegar em mim e meter-me num fato de madeira.
    Havendo um projetista, que acredito que há, também não acredito que um ser tão superiormente inteligente quisesse que a sua obra tivesse um final, muito menos um final em que houvesse medo, depressão e sofrimento, ainda por cima eterno, pois isso seria a antítese de todo o trabalho anterior. Penso também que somos seres que fomos projectados para viver aqui na Terra, até porque ainda não descobrimos outro sitio onde isso fosse possível.
    Se essa entidade superior, tiver no melhor que há na humanidade o reflexo da sua essência, então só me resta acreditar que quem foi capaz de nos criar, também será capaz de nos restaurar a vida, depois de consertar o lugar onde vivemos.
    O tempo e o espaço são infinitos, para lá da nossa compreensão, porque teremos nós, seres dotados de uma complexidade e inteligência superior, ser finitos?
    O Blimundo ainda vai voltar a usar as mãos para abraçar o mundo, especialmente o mundo dele.

    https://www.youtube.com/watch?v=G9TXLiM79lY&list=PLMhEO-BZNPqSKOPI0hV6WR_3j1BvmyoUD&index=9

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um dia ainda havemos de debater tudo isso, quem sabe. Por agora, pergunto: se Deus se reflete no melhor da sua criação, então também terá que se espelhar no pior. O que o tornaria imperfeito e, portanto, nada divino...
      Desde que me lembro, mantenho para mim a mesma questão: e se formos seres microscópicos que habitam um grão de pó no ombro do casaco de um ser gigantesco, que habita um Mundo de dimensões tais que nem o podemos imaginar? E se ele se lembra de sacudir o casaco? E quantos milénios humanos demorarão os segundos desse gesto?
      Acho que é por tudo isto que o Silva da estória mostra as mãos. O gesto e não a palavra. A obra e não o discurso. A criação em vez da doutrina ;)
      Dancemos. Vivos ou mortos.
      Abraço

      Eliminar
  2. Amigo Silva

    Há pessoas boas, com tudo o que implica a bondade.
    Há pessoas boas com filhos, que lhes ensinam e incutem esse valor moral desde a infância.
    Há pessoas boas, com filhos maus.
    São os pais responsáveis pelo comportamento dos filhos?
    Depende.
    Se por responsabilidade se entender o facto de ter feito com que eles existissem, sim.
    Se por responsabilidade se entender que foram eles, que por deixarem os filhos terem livre arbítrio, e a partir de determinada altura deixá-los seguir o seu caminho, apesar de os ir aconselhando no sentido da bondade, não.
    Agora a questão é: mesmo que sejamos seres microscópicos que habitam um grão de pó no ombro de um casaco de um ser gigantesco, como é que lá chegámos? E sendo tão minúsculos, mas complexos, como seria o ser gigantesco? E o universo como o conhecemos, com a sua perfeita harmonia, desenhado a régua, esquadro e transferidor em que 1 grau de diferença na inclinação do grão de pó, significaria a sua inabitabilidade, seria a casa do ser gigantesco?
    Demasiado simples, para suscitar tantas questões.

    https://www.youtube.com/watch?v=7nELGwMfBt4

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Boa! Gosto de discutir grãos de pó :)
      Vejamos, a questão do livre arbítrio faz todo o sentido e e evidente que tem razão. However, deixa de encaixar a partir do momento em que a crença tem como um pilar o conceito de Destino. Está escrito. Se eu fosse o Ivic, diria que o livre arbítrio é "finito". E não nos esqueçamos do "à sua imagem e semelhança" que não é propriamente uma questão estética, certo? Lá está, palavras...
      Por outro lado, está a analisar o meu grão de pó à luz dos conceitos que a nossa complexa mente conhece. O que é natural e não está nada mal. However, o desafio é questionar. Pergunte-se: e se não tivermos como construir as medidas necessárias para compreender a dimensão desse outro Mundo? E se ele se rege por princípios tão mais elaborados do que a nossa brilhante mente poderá abarcar? Em resumo, e se formos agnósticos perante um grão de pó?

      Eliminar
  3. Amigo Silva

    Não concordo com a ideia de um Destino pré traçado, no sentido em que não teríamos responsabilidades nos nossos actos.
    Voltemos aos pais e filhos, se um pai escolher determinada educação, se escolher muitas e variadas formas de mostrar o mundo ao filho, se lhe ensinar uma filosofia de vida, está a pré determinar o que ele vai ser no futuro? Na minha opinião, não, quando muito estará a influenciá-lo naquilo que ele se poderá tornar.
    Agora falta-nos aqui uma parte importante da equação, o porquê de existir o mal? E porquê, de apesar do conceito de mal, não ser igual para todos, haver alguma coisa inata, no subconsciente, que nos permite de uma forma mais ou menos consensual, distinguir o bem do mal? Se tivéssemos tido um processo evolutivo da espécie, em que a máxima “só os mais fortes sobrevivem” fosse aplicada, não entraria lá o conceito de bem ou mal, consciência pesada por alguma atitude, porque o que interessaria seria única e exclusivamente a sobrevivência.
    Por isso é provável que exista um universo paralelo a este, em que as dimensões que conhecemos, não existem e os princípios porque se regem nos sejam tão difíceis de compreender, mas que a seu devido tempo, que nunca poderia ser medido igual ao nosso, nos mostrará a saída que uns mais, agnósticos ou crentes, outros menos, no intimo tem a secreta esperança da imortalidade, por mais absurda que ela nos pareça.
    Só começamos a ter noção de morte e de fim, depois de sermos formatados pela realidade dura e crua, enquanto somos seres mais ou menos inocentes, temos uma sensação de imortais. Porque será?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ninguém concorda com a noção religiosa de Destino. E pur si muove. Como Santa Bárbara quando chove.
      Eu percebo a analogia filial. Só que acho que isso nos leva a um Deus perverso. Que Pai não impede os seus filhos de se esbardalharem? Uns contra os outros, ainda por cima. A menos que não possa. Mas aceitar essa limitação em Deus, é negá-lo, certo?
      E meu caro, o mais forte foi batido pelo melhor adaptado em todos os campeonatos ;)
      Digo-lhe, não sei o que existe depois, se algo. Felizmente, ainda lá não estive. Espero que possamos trocar impressões depois de nos acontecer. Porque o desejo de alguma forma de imortalidade não é absurdo. É gosto pela vida e, sempre, amor pelo próximo, a quem desejo que não sofra ou se acabe. O conceito de próximo é que varia. Pode ser o abrangente, dos Santos, ou o restrito, dos homens. O próximo, de perto. Os meus.
      Só acho que, existindo mesmo esse Grande Plano Cósmico, não podemos conhecê-lo ou compreendê-lo. Por isso, dediquemo-nos às mãos e deixemos as palavras. As ocas.
      Abraço,

      Eliminar
  4. Eu ateu me confesso!
    Creio que somos um grão de areia no grande cosmos que é este Universo, apesar de não acreditar num universo, mas sim em multiversos, ou universos paralelos, ou o raio que os parta a todos!
    Sou um pobre analfabeto que tenta compreender o mundo á sua maneira, sem que alguém lhe venha dizer o que deve fazer!
    Não acredito na Criação, na ideia de um judeu de barbas longas, egoísta, narcisista e absolutista!
    E na evolução há qualquer coisinha que falta (the missing link?)!
    E quanto á morte não creio que seja o final de tudo, mas sim o eterno circulo da... vida. Porque para alguém viver, outro tem que morrer. Daí a pirâmide alimentar. Daí termos de comer o bife á mirandesa, sem que a vaca tenha opinião!
    Os animais morrem sem qualquer reclamação. Apenas o ser humano ávido de luxúrias e remorsos, crenças e dogmas, exige uma segunda via, estilo cartão de débito enquanto há saldo no banco. Não se conforma com a frase do Ivic "é finito"!!!

    Há uns larguissimos anos, no pavilhão do Infante de Sagres assisti a um concerto punk que não gostei. Fui ás casas de banho e numa delas, surgiu-me esta intelectualidade, que escrevi numa parede (que ainda durou 2/3 anos na cagadeira!):
    Bonifácio no seu epitáfio; aqui jazz o rock 'n' roll!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ah, eu estava à sua espera, caro ateu Felisberto! Mais pela cunbersa à volta do post, do que pelo próprio, a bem da verdade. Porque o Blimundo não pediu segunda via nenhuma. Fez o seu inventario e fechou a espelunca. por dentro, ouvi dizer.
      É claro que você é livre de professar fé nenhuma e de acreditar em ponta de chavo. Mas olhe que eu acho que não se conformar com o fim é bom. Do not go gentle into that good night!
      Do meu lado, confesso que estes assuntos sempre me interessaram e que sinto, até, uma inexplicável reverência perante um altar. De qualquer religião, para ser verdadeiro. Pode ser respeito, pode ser apenas pela beleza, quanto mais não seja espiritual, que representam. Ainda não sei. Sei que os anos me têm afastado do ateu que creio ter sido. Ou nunca fui, não tenho a certeza. E sempre que penso nisso, fico com a mesma dúvida: Será cagufa por estar a começar a descida? ;)
      Muito bom o epitáfio do Bonifácio :)
      E olhe lá, obrigado por nos privilegiar com os comentários. Está na hora de repetirmos determinado almoço, não?
      Abraço.

      Eliminar
    2. Também gosto, adoro e sou pertinentemente fanático em conversas de teologia. Infelizmente fico sempre a perder, porque ouço o outro lado e, quando começo a falar, alto aí herege, vade retro satanás que este gajo num acredita em nada!!!
      Fui baptizado pela Igreja Católica Apostólica Romana, um tio meu falecido em conjunto com os meus pais, ajudaram a implantar uma igreja protestante no nosso país em missões de peregrinação pelo país fora.
      Mas dei por mim a pensar que até os deuses acompanham as civilizações e morrem com elas!
      Zeus/Júpiter reinaram durante milhares, agora vêem-se gregos para que haja um único ser que acredite neles!
      As vacas hindus ainda andam á solta pelas ruas indianas, enquanto Rama e krishna dizem haré, para gaudio de hippies que não pastam a erva, fumam-na!
      Alá transformou-se num bombista suicida só para dizer a Jeová que Maomé tem mais tomates que Jesus Cristo!
      E não nos podemos esquecer do gordinho, o Buda, esse mesmo que atingiu o Nirvana, por remorsos de ter sido um gajo rico enquanto o mundo real era chocantemente pobre!
      O pastor Edir Macedo, põe as mãos na testa dos favelados e faz milagres transformando a água em fortunas de milhões de dólares.
      O Vaticano mais o papa Francisco, não distribui todo o ouro que ornamenta as suas igrejas pelos mais necessitados. Distribui palavras ocas que dá mais jeito e entra mais esmolas!
      O estado islâmico promete 70 virgens (serão bonitas ao menos?) a quem se tornar mártir, e isto depois de mandar tudo e todos pelos ares!

      Por favor enviem-me um catalogo ou o CV de todos eles, para que possa escolher um que salve a minha alma!!!
      John Lennon tinha razão: imaginem um Mundo sem religiões!

      Quanto ao almoço, está mais que na hora...

      P.S. Ainda sobre acreditar ou deixar de acreditar, insiro com a devida permissão do çê Silva, uma opinião de George Carlin:
      A religão convenceu efectivamente as pessoas de que existe um homem invisível que vive no céu e que vê tudo o que fazemos, a cada minuto do dia. E o homem invisível tem uma lista especial de 10 coisas que não quer que façamos. E se fizermos alguma dessas coisas, ele tem um lugar especial, repleto de fogo e fumo e calor e abrasamento e dor, para onde nos manda viver e sofrer e arder e sufocar e gritar e chorar para todo o sempre, até ao fim dos tempos... Mas ele ama-nos!

      Eliminar
    3. Citar Carlin é jogo sujo. Fica logo a pessoa sem argumentos.
      Ainda assim lhe digo, porque é que Deus, existindo, teria que ter alguma coisa a ver com as Divindades que conhecemos? E se for diferente para cada um de nós? E se o Deus do Felisberto for a força que lhe advém de ter q fazer por si, sem crença?

      Eliminar
  5. Creio bem que sou uma espécie de panteísta pós-moderno!
    Quero acreditar que faço parte de uma grande conspiração cósmica e quando morrer serei devolvido ás estrelas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. AHA! Aí está a sua fé. Para ateu não está nada modesto, não senhor :) Nada contra o Panteísmo. Até acho catita ser um pedaço de Deus.
      Beware Felisberto, the Great Cosmic Conspirator! Tem pinta hein? ;)

      Eliminar
  6. No próximo almoço de amigos, proponho 1 hora para falar destas coisas. Pela parte que me toca, só quero ouvir o Silva e o Felisberto.

    Abraços

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eheheheheh o VP quer almoço com animação :) grande abraço.

      Eliminar
  7. O grande tema... a religião!
    Onde a dúvida e a certeza se misturam na mesma proporção que o medo e o desejo!
    O artigo é bom, e ainda melhor, por ter dado origem a fantásticos comentários!
    Seria bem mais fácil acreditar num "Criador" ou num "resultado assombroso do acaso", mas não dá, vivo constantemente dividido e sem chegar a nenhuma conclusão!
    Não sei se algum dia chegaremos à verdade absoluta, mas acredito que se um dia lá se chegar, o Homem em si, deixa de ter razão para caminhar!

    E já agora, não reduzir a questão ao Homem, até porque ao que parece está longe de ser a "Obra mais complexa":

    «Cientistas encontraram mais de 1000 milhões de “letras” e de 1000 gbytes de informação no genoma da Oliveira que, concluíram, tem 56 mil genes, mais do dobro dos humanos.»

    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ena, qual? O António ou o Joaquim? ;)
      Abraço.

      Eliminar
    2. Como diz aquele amigo que aparece pela tasca, "ambos os dois".
      Fazem todos parte do projecto simplex do criador ou do acaso!

      Abraço

      Eliminar
    3. Tss, tss, a chamar básicos aos irmãos Oliveirinha :)))

      Eliminar