quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Goal: Orgasm! (Adenda religiosa, em 10/09)

Tá combinado Mister?

Plantel fechado, warm up da época feito, tradicional (e supremamente irritante!) paragem para jogos de uns países controjoutros passada, é tempo de ser sério! Sim, isto do #lópêtôcontigatéohfim e do #téuscumemujatodos e o camandro, é muito bonito mas são só #. O que quer que sejam estas coisas. Servem para tanto como o #obaskéceguinho ou o #dantesékera. Sem limites claros, qualquer posição é uma estatística: Dá para o que se quiser.

Assim sendo, vem a Tasca, pouco humildemente, diga-se, analisar a situação e estabelecer as fronteiras da sua ambição azul e branca para o corrente exercício:

ANTECEDENTES: 82 pontos, 2º lugar; corridos a pontapé pelos Calimeros, em casa; quartos de final da Champions, blitzkrieg em Munique. Em resumo, uma quantidade apreciável de melões.

CONTEXTO: Enfim, é Portugal, a bandeira diz quase tudo.

RECURSOS: O capataz é o mesmo, os empregados mudam bastante. Vejamos:

BALIZEIROS
Foi-se o anterior, ficou o do costume. A grande novidade é o Iker. Eu acho que a grande diferença é que quando um Aguero da vida se isolar perante o nosso redes, a coisa inverte-se. Quero dizer que em vez de termos o nosso a pensar "aifoda-se que lá vem o Aguero desmandado, tá bonito tá!", teremos o dito cujo a pensar "carago, lá vem o Casillas. Deixa lá ver como é que a mando lá para dentro. Espera, ai! Mando não mando?". Para quem dá cabo das canelas todas as semanas, é fácil perceber que é um pormenor grandalhão. Melhorou.

DEFESAS: Desapareceram os dois belos laterais que tomaram conta disto nos últimos anos. À direita a coisa compõe-se bem com o uruguaio alampionado. Já provou que merece as palminhas. À esquerda... oh well, o Alex adormecia com frequência. Sinceramente, não me parece que se possa dizer mais tarde "opá, não era o Alex ter saído e tínhamos limpado tudo". Ao meio estão os mesmos. Não está mal.

MEIO-CAMPO
Não dou para o peditório do 10. Aliás, esqueçam lá isso como desculpa. Despachámos o que cá tínhamos, portanto não pode ser preciso um. Os novos são bons. Muito bons mesmo. Um deles até é de marca, que custou para cima de uma pipa. Melhorou.

MALTA QUE MARCA GOLOS
Substituir o Jackson não é possível. Como antes não foi substituir o Super Mário, ou o Falcão. Alguém substituiu o Gomes? Nop. Todos diferentes. Todos iguais no que toca a meter a redondinha lá dentro vezes bastas. ABUMbakar e Osvaldo servem. André Silva crescerá, ou não. Parece que sim. Acreditamos todos nele. Qualquer percalço, recambia-se o Gonçalo para casa. Que a vida não é serenatas e bebedeiras e sebentas.

Dada esta análise exaustiva, aprofundada e sumamente esclarecida. Baseada em aturada pesquisa: Cento e cinquenta teses de mestrado sobre futebol e nenhum artigo do Freitas Lobo. Estamos pois em condições de traçar os objetivos. Ele é o seguinte:

Faz-se saber a quem se interesse - go figure, diz que há quem. - que na Tasca considera-se

UMA BOA ÉPOCA = Ser campeão, ganhar a Taça de Portugal e chegar aos oitavos da Champions (dependendo, em parte, do adversário).

Ser campeão e chegar aos quartos da Champions, serve. Mas não deixa um gajo a esfregar a barriga numa de comiamaisumtorresmorebentava. Ser campeão, ganhar a taça e fazer uma miserável Champions,  podia até dar para o gasto, mas lembraria demasiado o Jergo Juses.

Abaixo de qualquer destas combinações é um FALHANÇO. Sobretudo porque continuo convicto que a equipa foi montada para Badajoz e não para Elvas.

Não ser campeão invalida que qualquer combinação possa ser considerada um sucesso. A menos que se ganhe a Champions, claro. E mesmo assim, ter que ouvir lampiões ou calimeros a festejar... Não sei pá, estou farto!

Acima daquela combinação, estaremos perante, gradativamente, uma Época Fantástica, uma Época Maravilhosamente Fantabulástica e um Orgasmo,incluindo Tailandesas a aplaudir e o caraças!

Postas na mesa as cartinhas, gostava de saber o que pensa a malta que acha que isto vai ser, já é, um descalabro. Afinal, qual é o limite a partir do qual passariam a achar que estavam enganados?

E vocês? Qual é o objetivo?


...

- Eu cá é ganhar o Euromilhões. A jogar doijeuros por semana...

- Eu é não perder nenhum jogo do dominó belga até ao fim da época!

- Ai Zubaida, Zubaidinha...

- Hã??!!

- Nada, espirrei... - E corou até ájorelhas.

...

Tudo o que ficou escrito acima é para manter, disso não reste nenhuma dúvida. However... estejamos atentos aos fenómenos naturais que, manifestamente, não poderemos controlar. O que é diferente de não podermos prever. Mais evidente era difícil. Teremos que os fazer rezar nas suas Capelas. E povoar-lhes os sonhos!

sábado, 5 de setembro de 2015

Lego de nomes na Bluegosfera



A propósito da crónica semanal do Pedro no pasquim da Queimada, disponibilizada em serviço Portista pelo Miguel, o Jorge reflectiu acerca das diferenças entre o futebol de Lopetegui e o do... EstorilMaritimoSportém5lb___________ (acrescentar um clube nacional à escolha), do seu modo tão claro quanto assertivo. De uma forma geral eu concordo com ele. Com o Jorge, não com o Pedro. Com o Miguel concordo de uma maneira abrangente, pelo menos na vertente estética.

Quando ia bitaitar no post do Jorge, já de olhos postos nas ilustrações do Miguel e ainda a abanar a cabeça quanto a determinada parte da crónica do Pedro, lembrei-me de Lego. 

Já fiz pazes com a consulta de psiquiatria de um qualquer hospital público há tempo suficiente para conviver bem com esta vontade de partilhar estas coisas convosco. O facto de estarem aqui a ler isto é que é capaz de ser estranho. Se se julgavam sãos.

Quando a cachopa mais nova era ainda mais nova, deu-lhe uma vez para me arrebanhar para uma construção com legos. Há uma maneira simples de as crianças nos fazerem estas coisas. É assim:

- Anda papá, anda b'incar cómigo. Toma, fashtu. - Ou era suposto mais alguém ter voto na matéria?

- E faço o quê, filhota?

- Uma caja! Gaaaaande! - E abriu os bracitos.

- Só se tirares a xuxa.

- Não. Toma. Fash! - Oh well, can't blame me for not trying...

Dado o gene Silva, a coisa ainda deve ter demorado um pouco até se decidir quem é que de facto mandava na obra. Se eu faço, eu é que sei o que faço, senão fazes tu. Ah mas eu tenho apenas 3 anos, se calhar não me devias tratar como se fosse da tua idade. Afinal, é apenas uma construção com blocos de plástico, uma brincadeira. E eu não vou conseguir entender o conceito da delegação de tarefas mas não de responsabilidade. Será melhor desatar num berreiro? Costuma resolver.

Embora a memória me falhe, ou se me oculte, neste ponto, devemos ter resolvido isso de alguma maneira. Porque é certo que a casa cresceu. Aliás, uma mansão. Dois pisos, garagem, grande quintal com árvores de fruto. Infelizmente, o fornecedor da piscina falhou e, só por isso, não havia uma. 

Também é verdade que a meio do primeiro piso faltou uma peça amarela. Chamei a atenção do encarregado:

- Falta uma destas amarela. Cócura filhota. - Há que falar a língua do pessoal para um líder se fazer entender.

- Não. - De olhos fixos na TV. O Noddy é imbatível!

- Como não? Assim também não faço...

- ... - O que é muito provável que quisesse dizer amimimporta. No seu carro amarelo, como a puta da peça, o Noddy festejava mais uma vitória sobre mim.

Mas caramba, a visão final daquela soberba moradia unifamiliar bailava-me na cabeça. Eu procurei as peças, eu praguejei os erros que levaram a recomeçar paredes inteiras, eu conclui! Sim, demorou. Mas ali estava ela, pronta a habitar pelos bonecos mais exigentes. A caja!

- Pronto, já está. Gostas? - Afinal o encarregado, servente insolente e fornecedor de tijolo, também era o cliente.

- Xim, gande!

- E agora?

- Vem o xigante BomBom... - E avança nos seus mastodônticos passos para a obra. Em segundos as paredes se desfazem sobre as árvores. 

Bolas, estava orgulhoso! Por outro lado, nem me pude queixar, visto que o gigante BomBom é parte da família há gerações. Deve ter o direito de andar por onde bem lhe apetece, em busca dos seus amados ovos de tartaruga.

- Ooooh, destruíste tudo...

- Xim.

- Agora fazes tu! - Traduzindo: Sempre quero ver se consegues repetir aquilo. Nem penses! Tens 3 anos, nunca conseguirás fazer uma casa tão espetacular. Incha! Quero rir-me agora. Quero, quero.

- Xim. 

Sentou-se, arrebanhou meia dúzia de peças. Ergueu quatro paredes mínimas, muito juntas, sobrepôs-lhes um teto de perímetro bastante exagerado, nem encaixado estava, e aplicou uma porta que ia do chão ao telhado. Olhou-me:

- Játá! Caja!

E se um dia houver um temporal muito grande na caixa dos bonecos e dos legos, um deles vai poder abrigar-se ali. Enquanto outros olharão a chuva pelas vidraças das janelas rasgadas do salão da MINHA casa. Ah poijé bébé.


...

O Jorge - não é esse, é o que é defesa central da Juventus. - explicou porque é que defende o Lopetegui. Fê-lo naquele seu estilo único que invejo militantemente. Tem dias que me irrita ter sido ele a escrever e não eu. Mais que explicar coisas, determinou uma espécie de tempo certo. Até quando é tempo de paciência e a partir de quando é altura de exigência máxima: Outubro ou novembro.

Olho para o calendário, penso: don't wait too long / don't harvest too late...


...

- Oh Silva, isso não pode ser!

- Uh?

- Então se o gigante lhe partiu aquilo tudo, como é que é essa coisa das vidraças no salão e blablabla?

- Uh?

- Haja coerência na metáfora! Ou as figuras de estilo servem para o que o tasqueiro bem entender?

- Xim.



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Fronteiras a salto



O hippie transgeracional residente, passa os dias a repetir o seu eterno eubemdizia, salpicado com um ocasional nósempredissemos. Escapa, pela sua natureza reservada e determinada alergia à cibernética, à onda de consternação facebookianóinstagramanianóraikuspartissatodos, e refugia-se na sabedoria, segundo ele, milenar do seu filósofo de eleição. A bem dizer, o único que verdadeiramente leu: John Lennon. Dos outros decorou umas citações e, mesmo assim, baralha-lhes os autores, para sempre ofuscados numa nuvem de vapores ácidos e campos de erva fumegantes. Diz-me do fundo dos olhos encovados:

- Ele avisou, Silva: A brotherood of men! Simples.

Enquanto o deixo escorregar para o torpor de una más sem sal e sem limão, noto como os anos me retiraram a capacidade de imaginar. Há sempre tanto porque matar e morrer. E desfilam as imagens de choque: Crianças a darem à costa como alforrecas; lágrimas desesperadas em comboios apinhados; as sentinelas em ombro arma; o arame farpado; os miseráveis a calcorrearem os atalhos do desespero. Agora vemos, noutros tempos outras gerações puderam fazer de conta que não sabiam. E tanta loja de perfume! Tanto noticiário abutreo, tanto hipócrita de gravata e de turbante e de barba profética e de halo angelical. Tanta pomba assassinada!

Afago a imagem deste ébrio no meu balcão. Mesmo sem querer, é ele que está certo. Não há solução. Nem famílias de acolhimento em países plantados na borda do Atlântico - esse mesmo, que olhou desconfiado e temeroso para os seus próprios pródigos filhos quando os obrigou a regressar. Esse que, sem nunca lhes facilitar a vida, lhes pastou a iniciativa e o empenho e o horizonte 50 anos mais largo que trouxeram de Além do Mar. Nem triagens afrancesadas de fugitivos de guerra para aqui, perseguidos para aqui, esfomeados para ali. Daí virá a corrente migratória de todos os que fogem não da bala mas da miséria, a torrente de gente em direção a uma qualquer guerra que os torne aceitáveis no Mundo Bom. Nem a seleção e recrutamento Merkeliana. 800 mil são muitos, mas quais? Não são uns quaisquer, aposto, são ESSES 800 mil. Nem os quilómetros de arame numa fronteira borrada de medo. Nem salvamentos condenados a serem insuficientes, porque cada vida perdida é uma a mais. Nem deixá-los morrer no mar. Que este mar é tão perto, pesa tanto nas nossas noites.

A solução é não virem. É certo que duas ou três bombas numa coluna de gente num caminho de ferro é um belo dissuasor. É certo que não seria difícil encontrar o fantoche que tratasse desse trabalho sujo. É certo que abrir as comportas por um instante, trataria de apaziguar, no pânico e na ganância, as consciências da populaça. Quando se abrem comportas, a inundação é certa e os aldeões aprestam-se a quase tudo. Mas nenhum Próspero Império sobreviveu, nunca!, à pressão dos seus Bárbaros, fortificando-se. Tarde ou cedo todos tentaram, todos caíram. Não podem poucos ter o que muitos outros só sonham. Não quando isso é água ou o direito a não ser chacinado ou comida para os filhos. E vá, acontece no nosso quintal.

Não virão se o risco e a vergonha não compensarem. Se lá nos ermos de onde apareceram, coitadinhos, pobrezinhos, que nem cá se sabia que existiam, - menos se forem Romenos, esses são do piorio, Cristo Credo; ou daqueles que explodem por tudo e por nada; arranjem lá maneira de salvar só os coitadinhospobrezinhos que eu estou aqui a ver - tiverem, por esta ordem: direito à vida e pão para viver. É hipócrita andar décadas a brincar aos Países, e com os Países, a por e a dispor, a explodir hoje para para lá fugir amanhã, a mamar na teta do Ocidente Infiel e do Oriente Terrorista e cheio de petróleo. Está a rebentar? Naturalish! Oh, but it's a long way to go to the border of Mexico. Ou da Ucrânia. Ou da Mongólia. Para já, os velhos Europeus que resolvam. Talvez mais logo o Mundo Novo se preocupe. Já não vimos isto antes?

Junto um copo de shot para mim. Eu preciso do sal e do limão. Chocamos os copos cheios. Ele sorri os dentes amarelados. Eu digo:

- Pois, give peace a chance.

- É isso Silva. Não há arame farpado que contenha o desespero.


...

- Deixe lá que isso não é nada hipócrita. Nãããããooooo senhooooor! Deixe-se de tretas tasqueiro. Por-se aí a dizer que a única solução é uma que é exclusivamente utopia, ajuda à brava! Só se ajudar a atirar-me para baixo de um TIR. Merda pra si! - Grita-me de olhos vermelhos um dos velhos.

E eu fico sem resposta a vê-lo bater no balcão e a sair furioso pela porta. Sinto-me corar.


...

- Ao menos são mais bonitos que o Herrera! - Diz alguém do meio do fumo da zona dos fumadores.

- Hã?! Kékisso tem a ver?

- Então mas não estava a falar de passar fronteiras a salto? Pensei que era dos Mexicanos...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O 10 no armário




Se me desse para ser, mesmo sem ninguém ter pedido e menos ainda querer saber disso para pataco, uma espécie de newsletter resumo do que aparentemente se consensualizou, ou convencionou, que são as necessidades do plantel azul e branco de momento, escreveria qualquer coisa próxima de: Centralreferência + lateralesquerdàmaneira + extremàséria e, above all, com a urgência de um adolescente perante um par de mamas, um médiocriativo10.

Leio nomes que desconheço pelas caixas de comentários das páginas desportivas da Ciberlândia, - a última versão de FM que joguei era de 1833, no auge das Guerras Liberais - na Bluegosfera há um sentido mais elevado de responsabilidade - e um escalão etário por certo mais avançado - mas encontro os mesmos buracos com tampas diferentes; os comentadores - incluindo uma nova e toda catita classe: os especialistas em transferências, cristomacuda! - estão, eles também, de acordo: falta isto tudo e mais o 10. Se não houver mais nada, que haja o 10. Com ele, o Danilo nunca terá saído, o Jackson continuará a marcar por nós, o Alex volta a duplo trote de Turim e o Oliver... Não, o Oliver não. O Oliver é o que abre a Caixa de Pandora de todos os nossos sonhos molhados. O par de mamas, portanto.

Eu de bola percebo pouco. Sou mais dado ao disparate e ao palavrão do que à análise tática da coisa. Espanto-me com a capacidade abismal dos Luis Freitas Coisos desta vida de dizerem um monte de palavras seguidas e haver muito quem consiga retirar delas sentido. Continuam a parecer-me Gabriel Alves wannabe, mas na versão 2.0 - a que nem graça tem porque não diz aforçadatécnica vs atécnicadaforça. Ainda assim, de tanto ouvir a lengalenga do 10, pus-me a pensar nele. Nesse Deco dos tempos modernos que evolucionará um plantel fraquinho numa equipa de meter medo. Enfim, deu-me para tentar imaginar qual seria o meu par de mamas, salvo seja.

E a bem dizer isto nem é nada complicado. Para mim, o FCP procura construir uma equipa para Badajoz, não para Elvas. Embora este ano já tenha tido tempo para perceber que existem necessidades diferentes de cada lado da fronteira. Do lado de cá há Maritimos. Quero eu dizer que cá pela Lusitânia temos que ser mais Wagner e menos Schubert. Temos que carregar como valquírias, perante um bando de gajos que, na maior parte do tempo, está barricado lá atrás.

Ora, malta desta deixa pouco que fazer aos Ikers e seus pagens. Então se estivermos sustentados em dois embondeiros no meio do campo, o terceiro tipo até pode pensar quase exclusivamente em atacar. Se não me foge a memória, temos por aí um rapazito Colombiano que pode muito bem tratar disso. Se julgarem preferivel acrescentar mais alguma intensidade e até rigor tático, mas com umas caneladas a despropósito pelo meio, há aí na dispensa aquele moço dos 30 milhões. Arte pura, e só isso; ou criatividade mais cerebral, posse e passe. Em ambos os casos, uma ou outra bomba cá de trás para agitar as trincheiras.

De Badajoz em diante, estamos conversados: É solidez, intensidade, alas para que te quero e muita, muita e ainda mais bola, num jogo de equilíbrios, sem nunca partir. E para isso está a ser trabalhado o trio que é um quinteto: Danilo, Imbula, Herrera, Ruben, André. Dependendo dos jogos, algum dos outros poderá dar uma perninha nestes palcos de gente crescida. A menos que por ai venha o... Deco... Hmmm triplas mamas!

...

- Oh Silva, é um pardemamas faxabor.

- É um segundinho. Vou ali buscá-las ao armário dos 10.


domingo, 23 de agosto de 2015

FCP vs Briguel e o jogo do enforcado.




Bah, já sabia que não ia chegar a horas. Intervalo, pumbas. Ainda por cima está um vento do caraças, era preciso ser bife para andar aí de calçonete e manga cava. Nana, isto são bermudas, e compridas, quase calças, e manga curta. Semicomprida até. Mais um pedaço e era um casacão de lã. Eu não sou bife! Nota-se logo porque não estou vermelho como uma lagosta. Ou encarnado como um lampião! Merda maijósbifes.

- Olha, nós vamos ali a outro sitio qualquer, tábem? Renheunehuenheunheu pela tua cara de azia nheunheunheunheu para não te rires dojoutros blablablabla crepes de chocolate. Chuaaaac. Pode ser que a segunda parte corra melhor. Ou então não ahahahahaha.

Este sacana vai-me cobrar algum euro por uma trampa de um café meio aguado. Bem feito que lhe vou ocupar a mesa quase uma hora e não vou consumir nem mais um palito. Café, mainada. Esse café que vocês servem aos bifes vermelhuscos, que remédio. 

Havia de ir lá para dentro, a ver se escapava à aragem. Nepias, vai começar, nem mais um passo! Vamos massacrar estes briguéis, é hoje Jorge!  Oh pró anafado já a olhar pra mim de lado. Fuoda-se, ainda agora aqui me sentei e já queres que me vá embora? Deves pensar que tens aí uma excursão de bifes à espera de mesa. Tá bem tá. Cá pra mim é lampião o camurso. Com aquelas trombas, não me admirava nadinha. Até parece que só eu é que estou aqui só por causa da bola. Raisparta! Epa, substituição. Quê?? O Corcunda ainda estava a jogar? Era por isso que isto andava emperrado. Agora com o duplo André é que vai ser o massacre d'há bocado. 

Se calhar era melhor pedir mais qualquer coisa. A ver se acalmo o badocha. Deixa acender um cigarro para entreter, sempre passa maijum bocado. Oh pra ele quase a deslocar uma vértebra para tentar ver o resultado. Filho de uma traineira, estás todo pimpão não estás? Oxalá o Juses te encave o ano todo. Ou o Arouca. Era melhor o Arouca. Que pelo que se vê aqui, ou é o Arouca ou sais desta com dois pontinhos de avanço, putaquepariu.

Porra, que trampa. Isto nem sem o Varela lá vai. Estou a entrar em modo MST, detesto! E não sei se é impressão minha ou então o gordo está cada vez maior. Pudera. Deve andar a enfardar os restos das hamburguesas dos bifes às escondidas. Não gramo do gajo, pronto, fazer o quê? Ainda por cima lampião! É ele e este Ruben Coiso que está sempre a mandar vir. Que irritante! Traz lá uma caipirinha ao preço do Möet, oh baleia fora d´água. Chega como consumo por 45 minutos? Tu vê lá. Com pouco gelo, ohfaxabor. Com este frio a mistela arrefece por si. E se eu quisesse águinha ia ao wc.

Ai foda-se que lá se vai o cinzeiro cocarvalho. Caraças pá! Tajolhar paonde bife? Nunca viste uma murraça no tampo da mesa não? Queixa-te ao cabrão do lampião, anda. Até o Pena marcava aquilo, carago! O Pena? O Kaviedes montado no Pizzi tinha feito golo. Kéketedeu ABUMba?! Ui, lá vem o gordo de pano em punho. Ele que se lembre de mandar vir. Estou mesmo, mesmo no ponto. Aliás, é que lhe digo já tudo nas trombas antes de ele se pôr com merdas:

- Ihih desculpe lá. Já se sabe, isto da bola ihih. - Cara de parvo.

- Oh, não se rale. Nunca temos sorte na Madeira. - Apanha duas beatas do chão e volta para a trincheira-balcão.

Temos sorte? Porra, o gajo disse temos! É dos nossos, magano. Bem me parecia que a caipirinha tinha demasiada cachaça para ser lampiona. E o açucar parece mesmo amarelo. 

Está mais magro o tipo. Emagreceu a olhos vistos desde o ano passado. Mas tem um aspeto saudável. Não será doença. Deve ser exercício. Mens sana en corpore sano. Tem que ser amigo! Longas batalhas nos esperam, grande irmão. Grande no bom sentido, está claro. Visivelmente mais magro, sem dúvid... Naaaaaaaaaa, na barra não!!!! Não pode ser! A sério? Concentra-te Silva, inspira, expira, repete comigo: Não bater em bife, bife ser um mastodonte, bife rebentar-te fuças. Maijuma vez: inspira...

- Renheunheunheu magotes de gente blablabla são os melhores crepes, disso não há dúvida nheunheu empataram?! Ihihih karma is a bitch. - Oh pra mim no meu metro e setenta e picos, de cima dos saltos altos, a espalhar bom aspeto pelas esplanadas das redondezas. Oh well, a vida de um homem não podia ser só empates na Madeira.


...

- Descontrai Espanhol. Olha, vamos jogar ao enforcado para espairecer hein?

- Buera.

- Começas tu. A palavra é: 


M - - - - - M O

Agora dizes uma letra.

- E.

- Na! Vou dar-te uma segunda...espera, esta já é a segund... - Alguém interrompe:

- Shhh, cala-te, já desenhei a forca. Continua, continua...

  

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Nomes - 19.08 D.D. ou o Infindável Fim da Eternidade




O Verão transpira das paredes. Gosto de imaginá-las caiadas. Como sempre, sobramos poucos. Entretenho-me a fazer molhos de folhas soltas na mesa do velho.

- Também tem números. Pensei que eram sempre letras.

- É raro. Deixe lá ver. Sim, essa tem. Ponha neste monte.

" Nomes - 19.08 D.D.

No som de fundo da tarde - é provável que esteja calor - a TV anuncia a estreia do supostamente Último Dia de Verão de Phineas e Ferb. Tremo. Como se uma gigantesca marreta se arremessasse contra as fundações de mim. Este é o Verão Eterno, as Férias Intermináveis. O que perdura. Como a tua memória?

De novo obrigado a parar perante este eu, desenlaço os pedaços de Ti que me restam: A foto na carteira, porque não me quero esquecer daquele teu rosto; as palavras, distribuídas pelas famílias, que já ganharam outras vozes e se deixaram, por vezes, apropriar por outras pessoas; alguns traços de carater que teimo em acarinhar, porque gosto de os ver como uma linha direta a ti. Mesmo que não concorde assim tanto com os rumos de ação que indicam. Oh, está bem, é verdade: Alguns traços de carater que teimo em fingir que são meus, mesmo que depois a prática demonstre que não. Só porque te trazem de rompante ao topo da memoria; o cheiro de um perfume do qual não guardo já o nome, mas que se cruza comigo na rua de tempos a tempos; o comprimento das tuas unhas, as mãos inteiras, embora não consiga mais reproduzir a sensação do teu toque; a voz escapa-me. Em momentos muito fugidios oiço-te distintamente em frases curtas ou farrapos de uma canção de ninar. Ô nha mãe. Ninániná.

O que eu me prometi, e a Ti, se bem te recordas, é que permanecerias intacta. Que através de mim seria possível reviver-Te. E creio que falhei. Estaria condenado ao fracasso de qualquer maneira, a menos que me morresse muito depressa. O tempo passa inexorável e destrói-nos nos outros. Esforço-me - agora mesmo - por recordar as coisas de Ti de que não gostava. Porque é certo que as haveria. E não consigo. A que és hoje é toda ternura e perfeição. Isso não és Tu inteira, pelo que te devo uma desculpa: Perdoa, já não te posso viver completa.

Agora apertam as saudades de tudo o que não recordo. Dos negrumes que preencheriam os espaços vazios. Pudesse eu não ter tornado todos os momentos de Ti numa festa, numa lição, num rumorejo de sabedoria intemporal. Quisera eu escapar aos dias marcados, às Aleluias da invocação das Tuas datas. Se te garantir que em todos os instantes me és presente, minto-te. E se te jurar que nem sempre Te lembro, minto-te de novo. Só não sei se aquela de ti que me habita és ainda Tu ou já uma construção com marca de autor. Este teu criado.

Como o Verão do Phineas, também Tu és parte das coisas Eternas. Que se acabam reconstruindo-se. Tornando Interminável o momento do seu Fim.

Detenho-me assim naquele Agosto que não experimentaste, mas que será para sempre teu. Porque Agosto é nosso, Eternamente."


sábado, 15 de agosto de 2015

SMS e biquínis ou o blogger a banhos



"Señor Pegui, as linhas laterais para o Maxi contam, ok? Depois não diga que não avisei e que sou isto e aquilo. Envie um abraço ao Fábio. Aliás, deixe estar, eu ligo-lhe mais tarde. Para lhe dar aquela força. Cumps. VP"

"Lotocoisopegui, sorte não! Visão. Se pensas que fora por acaso, estaras bem enganado. Cachaço muita forte. JJ"

"Mister, estivemos um ano a preparar este onze. Sabíamos bem quem ia dar de frosques. Portanto, boa sorte para logo, embora não me pareça que seja preciso sorte. Abraço. JNPC"

"J, farto do Lima até ao tutano. Não é desse, é do Lucas. Vou enviar Juanfer por fax. Hi5. Antero"

"Julen, só para te lembrar: se ganhares tudo cá no burgo e te ficares pela fase de grupos da Champions, não vou ficar contente ;) #tudoparanosnadaparaeles. Silva"

...

- É hoje o Porto? - Pergunta de dentro do biquini que decidiu tornar espetacular hoje.

- Yep... - Pouso o telefone dentro da saca.

- Não vás fazer vergonhas para o bar do empreendimento, tajóbir?

- Na, tranquila. Vamos espetar... - Interrompe:

- Cincazero! Como sempre...

- Vamos ao banho que eu preciso de cumbersar com esse biquini.



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Foi bonita a festa pá! E o circo também foi engraçado...

Gamada à má fila de algum sitio, através do google. Sorry mates.


A abertura da época de caça aos títulos começou bastante bem: Uma francesinha de estalo na Cunha, em fantástica companhia. Nada como um pouco de bench marking para desanuviar.

E prosseguiu de modo muito agradável, com uma festarola entretida, cheia de gente em ambiente bastante alegre. Claro que passei o tempo a pensar na mousse de chocolate da Licas. É bem boa. A mousse. Tarados.

Uma coisa que me chamou a atenção, foi a quantidade de hamburguesas e cachorros quentes que a malta conseguiu aviar na ocasião. Foi um corrupio nos bares que só visto. Já perceberam que estava, a um tempo, em lazer e em missão de espionagem ao tasco alheio. Fiquei cheio de inveja. A localização é tudo. Aqueles tipos conseguem vender toneladas de petiscos de segunda a preço de lagosta. Raisparta! Rolava a bola há uns 20 minutos e já havia quem se levantasse para ir buscar mais uma sandocha. Pelo corredor apertado entre filas, pumbas, lá esbarravam com quem, no sentido contrário, voltava ainda da expedição pré-jogo. Mas predominavam os sorrisos, os bronzeados e uns quantos fazcuidadocusenhorMichel, attention, antes que te meta uma lambada que te desviro les trombes. Cabrão do puto.

Andaram pelo relvado uma espécie de bonecos de chocolate que provocavam uns efeitos engraçados. Sobretudo quando se postaram mesmo de frente para a minha arquibancada, durante a chamada. A propósito de chamada, o Adrián faltou e parece que não vai trazer justificação dos pais. A propósito dos bonecos, fiquei sempre na expetativa que voltassem os dragões e lhes arrancassem a cabeça à dentada ou assim. Depois vinha o Julen com o seu espadalhão pôr os bichos na ordem. Mas não, eram só para fazer feitio. E não ficavam mal os bonecos de chocolate. Mas podia ter aparecido o coelhinho...

- Não, não, Silva. O coelhinho foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo.

...

Aaaaaah ok, foi então para o Algarve. Na colónia balnear do que resta do Império, montou-se um circo de se lhe tirar o chapéu. Acrobatas, trapezistas, contorcionistas, um anão coxo, uma mulher barbada e uma quantidade alucinante de palhaços. Pensei mesmo que estava a ver o American Horror History on ice ou o raio que os partisse a todos. Puro freak show. Mas fiquei feliz por, finalmente, descobrir quem é que o Bruninho me fazia lembrar. Desculpa lá oh Kathy Bates...

Pelo meio dos diversos números e palhaçadas, disputou-se o mais megafantabulástico jogo de que há memória, passada e futura, que decidia a mais importante Taça da História Universal, a seguir à Taça da Liga e à Taça Latina.

Tudo correu dentro da normalidade. O árbitro roubou indecentemente o adversário dos lampiões. Ao mesmo tempo, roubou à descarada o adversário dos lagartos. Tudo normal pela segunda circular portanto. Nota paralela para a atenção prestada pelo CA ao mercado de transferências. Bem patente no penalty escamoteado no Dragão. O Emplastro era o mesmo, a camisola é que era outra. Ao nível da arbitragem está tudo pronto para isto começar a sério. Bem hajam.

No fim acabou tudo à batatada. E assim é que está bem.

Apontamento final para o aumento desmesurado do meu nível de exigência para esta época. Depois deste fim de semana, não me basta ganhar. Quero esmagar!

...

Enfim, isto relido, acho que a vida comigo não deve ser fácil. Oh well, nunca mais é Natal...

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Nomes - AR (ensaio) e uma efeméride.



- Esse monte não parece diminuir, avôzinho. Mas tem ar de estar mais arrumado... - Ele levanta os óculos da pilha de papel e fita-me com ar um tanto desolado.

- Está mais organizado, mas... Tem tantos twists, Silva. Fica difícil dar ordem. E mudam os géneros... - Interrompo:

- Quê? Tipo Zubaida?

- Não, sua besta! Os literários.

Pego num papel qualquer. Pergunto:

- Posso? - E leio antes de ter resposta.

" Nomes - AR (ensaio)

Aprecio-te. Moderamente, por vezes. Outras, de forma intensa. Nunca te detestei verdadeiramente. Creio que passo uma parte significativa da minha existência a justificar-te. Porque erras, oh se erras. Mesmo sem querer, não passa a estar certo. Mas hey, isso são os amigos. E nós somos umbilicais, meu caro.

Aprecio a maneira como carregas esse interminável numero de pesos e pessoas e coisas e sítios. E culpas. Das tuas, das dos outros, algumas do Mundo, mas poucas destas. Pensas que não reparo, mas eu vejo o esforço com que caminhas direito alguns dias. Noto a gota de suor a formar-se sobre a veia. Pode muito bem ser que sejam apenas os meus olhos - e tu sabes que já me falham. -, mas hoje é um belo dia para saberes que aparentemente consegues. Andar hirto e com um semi-sorriso. Ainda mais importante, o teu andar não denúncia a carga. Antes torna-a invisível. Tenho a certeza que é mesmo esse o objetivo. O teu. Eu caminho à volta, pronto a apanhar o que eventualmente percas. Ou a dar-lhe um chuto para longe. Terás que confiar no meu critério.

Aprecio, vê lá bem isto, a maneira como te comoves com músicas. E com poemas. Anónimos às vezes (não querido amigo, não conjeturarei acerca disto). É quase como imaginar-te de negro e picos a passear um yorkshire. De colo. E aprecio igualmente o cuidado meticuloso com que constróis tantos tu. De tal maneira que não há como não se perder no meio da vasta multidão. Perder-te. Deixar de saber qual é aquele de que inicialmente gostámos. Procurá-lo e não voltar a encontrar. Ou perceber que nunca lá esteve. Ou que é todos. A grande alma desta turba. O Nirvana, porque não? É por isso que tendem a abanar a cabeça para si mesmos e a ignorar os teus olhos molhados. Por um som? Uma palavra? Entendes que não é diretamente claro para todos que isso seja possível. É dissonante do contexto e do cenário. E foste tu que os pintaste. Ao contexto, ao cenário e, em tantos dias meu caro, a eles.

Aprecio a tua desconstrução do sentimento. O modo como o desfias em pedaços cada vez mais simples e o amas nessa simplicidade. O de repente em que os amores se cristalizam em momentos que guardas tão intensamente para a vida. Como se Amor pudesse ser meio e fim, em si próprio, simplesmente. Não sei o que pense dessa capacidade de tornar pessoas e lugares em momentos a que se regressa. A possibilidade de reprodução diferida da felicidade é uma vantagem que nos tens. É uma vitória sobre a Morte, mas não sobre a memória. Que te escapa. E voltas. E levas-me, a mim, o teu mero Vigilante. Ou o teu Deus. O teu Amigo, atrevo-me? 

Aprecio saber que te vês. Que perante ti nunca tens a pretensão da falsa modéstia, nem da vaidade, nem da complacência, nem da exigência militar. Vives-te. Toca-me, acredita, a honestidade com que te conversas. Como se diz? Sem tretas. Com um sentido quase Oriental de resignação. E aprecio essa espécie de clarividência arrepiante, que sei que detestas por te roubar a surpresa à Vida. É ternurento o zelo com que ergues os muros e trancas as portas. E ninguém vê. Exceto eu. Mas já sabes, eu não sou os outros, nenhum deles. Somos umbilicais. E és apreciado. Parabéns!"


...

A 6 de agosto de 1945, pela manhã, a cidade Japonesa de Hiroshima foi varrida do mapa. O Japão reconstruiu-se e ocupa no Mundo o lugar que a sua História e Cultura merecem. Precisamente hoje, tive oportunidade de conhecer a primeira metal girlsband...Japonesa, está claro. Enquanto uma parte de mim já está a decorar a letra e...errr...a coreografia; outra pensa: humm, estão a pedi-las outra vez! Enfim, é um dia em que há tendência para acontecerem coisas. Umbilicais...

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Um dilema e opiniões de litro...



Dizia há dias um freguês da Tasca que a malta já andava a ressacar o cheiro da relva. E agora parece-me que já o sinto no ar. Está mesmo ali ao virar de sexta-feira. Ainda por cima, logo no dia seguinte começa a competição a sério. E eu não consigo - mea culpa, mea maxima culpa - ficar indiferente a um Calimeros vs Lampiões. Sendo o primeiro jogo a contar para alguma coisa que não seja ATacéNossaPorkeNósékInventámojisto, acho inclusivamente que me verei obrigado a ver a bola. Assim como um junkie a partir a careta com álcool na falta de pó.

Parecendo que não, isto é uma treta do caraças. Estou embrenhado num dilema de difícil solução que ameaça roubar-me alguma paz de espírito e mesmo o sono. O que não são boas noticias para quem tiver que dormir comigo. You were warned!

O problema coloca-se maijomenos assim: Quem é que eu quero que ganhe? Sim, sim, perderem os dois é que era, Senhor Alvarim. Mas uma vez que isso não é possível, vá-se lá perceber porquê, é suposto eu querer que um deles ganhe. É um defeito, uma deformação vá, que me leva a fazer o mesmo até nos jogos de dois contra dois e balizas de chinelos na praia. Torço sempre por alguém. Ás vezes muda durante o jogo. É patológico, eu sei.

Por norma, e nos últimos muitos anos, não teria nenhuma dúvida: Era esperar que os Lamps fossem enrabados violentamente com um ananás panado em gravilha. Mas agora temos o Jergo Juses do lado Calimero e eu embirro com o gajo. Só estou bem quando o homem está de joelhos a ser abusado por uma tribo de pigmeus megadotados. 

Por outro lado, há sempre esta tendência transversal de ser porusmaisfracos. Depois de terem andado a banhos pelas Américas, parece que não há Lampião que se aguente das canetas. Para além de que levaram na boca de tudo o que era equipa da Amerindía, incluindo uma que parece que até o Eusébio ainda lá joga - o Diabo seja como o Vitor Pereira - ou então fui eu que percebi mal. Isto é uma grande porra, porque me levanta questões de principio em torcer contra o 5LB, comme d'habitude.

Para cúmulo, os Calimeros andam cheios de gás. Parecem o Senhor Monteiro da Silva depois de aviar sozinho uma dose de tripas para dois. Santificados pela presença do supra-sumo mestre catedrático da tática e da culinária e da estratégia geopolítica, estão que ninguém os cala. Ás vezes até parece que os oiço a cantar NinguémpárohCalimerolé. É claro que isso me irrita solenemente e me faz ter ganas de os ver a serem terraplanados pela nave do Independence Day ou assim. Só que dar voz a esta raiva, implicaria implicitamente (olha,olha, ca lindo pleonasmo, hein xôr Lima?!) puxar pelos burmelhos, o que me provoca brotoeja. Aliás, já tenho os pés cheios de borbulhas só de pensar nisso.

Neste momento, inclino-me a torcer pelos bifes bêbados que compraram bilhete a pensar que iam para o Aquashow. Majé uma alternativa assim pró fraquinho. Se tiverem ideias, a gerência agradece...

...  

Por falar em dilema, pensei seriamente em publicar - o que quer dizer que está escrito - um post intitulado "Vamos à bola, Silva?". O título pode parecer um pedaço narcisista, mas já que estou incluído no Rancho Folclórico "Gordos, Feios, Porcos, Convencidos e Maus" e não sou gordo, a mãezinha sempre me disse que era lindo e sou asseadinho, só me resta ser Convencido e Mau. Pois seja. 

Arrumada a parte do Convencido, pus-me a pensar se isto não sou eu a ser um bocadinho para a banda do foda-se. Quer dizer, pus-me a ser Mau. 

Na verdade, não fica mal enfiar umas nos cravos e outras nas ferraduras, sobretudo se isso for uma atitude genuína. I mean, se se acha mesmo que qualquer de duas posições aparentemente antagónicas estão erradas, então deve-se dizê-lo. Ou então, se se crê que só os opinantes é que pensam estar em posições antagónicas, quando no fim do dia defendem o mesmo ponto de vista, ainda que por trilhos diferentes. Aí é bom alertá-los. Mas isso é ser equilibrado e até, o Conselho de Redação d'A Bolha não permita, imparcial. E vá que eu não sou. Até porque ficava o nome do Rancho comprido que não lembra: "Gordos, Feios, Porcos, Convencidos, Maus, Equilibrados e Imparciais". Ufa, que canseira. 

Vai daí, fica a posta guardada - como se alguém quisesse saber disso! - para outras núpcias. Isto é, para quando não estiver irritado com o chamado Delito de Opinião. E agora estou! Oh topem:

- Malta, sou heterossexual!

- Foda-se, que preconceituoso do caraças. Porra, homofóbico, é o que tu és. Agora discriminas é?

- Hein?! Eu não, eu só disse que eu sou...

- Shhh, cala-te, antiquado!

A opinião afinal não é assim tão livre? Porque recarga de água é que um tipo tem que ser assado só por dizer que não gosta assim? Porque acontece:

- Malta, gosto de bifes!

- Agarrem-no, agarrem-no, não deixem fugir o assassino. Insensível, animal killer! Agora toda a gente tem que comer o que tu queres é?

- Hein?! Não, claro que não, eu só disse que eu gosto de...

- Shhh, cala-te, primitivo!

No fundo, são muitas vezes, que não sempre! - EU NÃO DISSE SEMPRE! (registaram bem??) - os que se sentem oprimidos nas suas opiniões que tendem a desoprimir-se rotulando ojoutros. Isso não está bem, não é bonito e não leva a lado nenhum. Aliás, sejamos então Maus, é estúpido:

- Malta, eu gosto dos jogadores do FCP, acho o Lopetegui um belo treinador e acredito que o Presidente e a Direção nos conduzem por estradas floridas!

- Parolo, ingénuo, conformista, burro que dói! Sou menos portista que tu porquê? Diz lá, anda, porquê?

- Hein?! Claro que não és. Nem eu disse que eras, só disse que eu cá...

- Shhh, cala-te, seguidista!

E no fundo, é verdade que não acordei lá muito bem disposto. Porque o facto é que i dont give a good goddam!

- Shhh, cala-te e traz-muma sande de torresmos, sim? E pode ser uma Opinião também. DelitRo! - E ri-se, sacana do gajo.

...

O Lápis publicou no seu Do Porto com Amor a segunda parte de uma determinada posta. Aconselha-se a leitura das duas partes, sem qualquer conjetura ao número de comentários que cada uma provocou (à hora em que se encerra esta posta). Que por acaso me deixa um sabor de: Shhh, cala-te, estás a oprimir-me! Uh? Argh, conjeturei! Bolas! :) 


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Resumo da semana: Tá tudo bêbado!



A coligação PSD/CDS apresentou o seu Programa Eleitoral e as listas de candidatos à Assembleia da República. Duas coisas se destacam deste advento:

O Relvas não faz parte das listas, o que é uma ótima noticia para ele. Assim terá tempo para estudar e poder concluir, finalmente, o 12º ano, sem recorrer a equivalências. Por outro lado, pode muito bem dedicar-se de alma e coração a mandar no partido e no Governo, sem ter os jornalistas à perna e a malta a reparar que sofre de prognatismo.

Quanto ao Programa, parece que foi apresentado numa folha A4 mal enjorcada e cheia de nódoas. Posso revelar que a mesma foi redigida numa mesa da zona de fumadores aqui da Tasca, numa noite épica de copos a dois entre o Pedro e a Cath...errrr...o Paulo. Ganda bezana, sim senhor.

António Costa apressou-se a comentar:

- Ganda nojo de programa! Ainda por cima sem uma única continha feita. Ao menos uma prova dos nove no verso ou assim. Porra pá, ponham ojolhos em nós. Tivemos o cuidado de apresentar um cenário macro perfeitamente mirabolante, a raiar a alucinação Lsdiana, e de desencantar receitas no quinto dos Infernos. A criatividade é o motor do desenvolvimento. Inchem!


...

Quem se apresentou ao trabalho com uma carraspana de caixão à cova, foi o fintabolista português Nuno Silva.

Fisgado por um clube espanhol, teve que sair à pressa de uma festa no prostíbulo onde passou a noite, a ver se chegava a horas à conferência de imprensa de anúncio da sua contratação. Sem tempo para passar a camisa a ferro, comprou uma t-shirt qualquer na barraca do Senhor Ibrahim - que se encontra de férias pela zona, para vossa informação. - e a da imagem era a mais barata.

Não satisfeito com a bela merda que tinha feito, tratou de se retratar. Como ainda estava bêbado, de certeza!, fê-lo dizendo maijomenos o seguinte:

- Epá, não liguem! Eu sou burro que dói. A minha mãezinha sempre me disse que eu não dava prós estudos e que era melhor ir pajobras. A História então, ui... Nem sabia que o primeiro Rei de Portugal tinha sido o Doutor Pimenta Machado, quanto mais conhecer o Franco. Eu, o único Franco que conheço é o de Moscavide. O Rei dos Francos ou lá o kié...

Cristo, tinha que se chamar Silva. É o que dá ter um apelido que serve para tudo. O velhote é que foi esperto e arranjou outro (private joke, Mr. Silva Sales).


...

A célebre juiza Americana Mindy Glazer, que aqui há atrasado tinha dado de fuças com um amigo de infância no banco dos réus, descobriu que foi de cruzeiro com um gajo acusado de uma cena qualquer kagoranumalembra. Era grave e a rapariga estava encarregada de o julgar.

Não é que eu queira ser maldoso, mas acho que a Mindy devia ter mais cuidado com a malta com quem se mete nos copos. Não sei, isto é eu a pensar...


...

O pessoal da Gestão de Dívida da Segurança Social prepara-se para apanhar uma cardina de caixão à cova. Vai ser de tal maneira que até tiraram o dia para estágio e tudo.

Gente, eu não tenho nada contra o inalienável direito à greve. Juro! E rejuro! O 5LB seja campe... - espera, é melhor não arriscar. - eu seja ceguinho! Mas se alguém se der ao trabalho de analisar estatisticamente, aposto que a sexta-feira é o dia da semana com mais greves. Ora fuoda-se, não era complicado marcarem isso para quarta-feira e calarem a malta fascistóreacionárióimperialistócapitalista como eu, poinão?

No outro dia, apanhei a Ana Avoila e o Mário Nogueira a partilharem uma dose de arroz de polvo com filetes do próprio, aqui na Tasca naturalmente, e coloquei-lhes esta questão. Ao que me responderam em stereo:

- Os direitos dos trabalhadores sofrem um ataque sem precedentes, procuram destruir as conquistas de Abril e o Estado Social. Vivam os Professores e os Funcionários Públicos e que possam continuar a fazer por muitos anos aquelas coisas que fazem. E a pagar quotas para o Sindicato. E é mais uma garrafinha de Mula Velha, ohfaxabor.


...

A Turquia ganhou o aplauso internacional por se ter, finalmente, juntado à guerra contra o EI. Pelo meio dos TRÊS ataques contra posições dos islamitas radicais, registaram-se DEZENAS de missões contra os rebeldes Curdos, no Iraque. Ainda ontem, um Turco que aí veio beber um 3 Marias fresquinho me explicou:

- Oh Silva, foi sem querer. Desde logo aquilo fica em caminho; depois, é fácil confundir um Curdo com um islamita. Sobretudo se se estiver meio zonzo do álcool...


...

Na bluegosfera anda tudo à sapatada. Vai-se a ver eu também ando. É os seguidistas/lopeteguistas/parolistas/zelotas versus os assobiativosóporquesim/támalipronto/anti-Pintistas. Não tenho nada contra e até é capaz de ter graça e de sair alguma coisa de positivo disto tudo. 

Tenho é pena de não perceber noventa por cento das indiretas, porque estou bastante fora do contexto. Mas pronto, é entretido.

Eu acho que sou dos seguidistas, porque uma vez fui prá rua em zelota. Veio a polícia e o catano. Ah e tal, que tinha que vestir qualquer coisinha e rebéubéu. Mas estava bêbado que nem um cacho...


...

A malta que vai para os concertos e passa o tempo a filmar o espetáculo e a tirar fotografias - não é umas quantas, é o tempo todo! - já terá percebido que se arredar o aparelho da frente das vistas, os artistas ficam em bastante maior? Ou será da buba?

Tenho saudades de Barcelona, em azul e branco...


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Vamos à bola, assobiativo? - Parte II: O intervalo. (se fosse hoje)





- Pimbas, cincazero ainda na primeira parte!!! E ainda faltam quatro minutinhos. Quero ver de que te queixas agora, quero, quero...

- Oh, cincazero a estes gajos? Pelamordedeus, isto é o quê? O Grupo de Cicloturismo de Arronches, não? A Secção de Desporto do Centro Helen Keller de Avintes? - Sorri.

- Tás maluco? Estes tipos ficaram bem class... - Faz-me sinal com a mão para esperar, enquanto se levanta. Diz-me, já a sair do lugar:

- Oh Silva, olha-me aí pela sacola por um bocadinho, venho já.

- Então majondéquetubais? Ainda não é interv... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, jábenho.

Bah, dane-se, ao menos tenho tempo para o meu cigarrinho de intervalo - no corredor, sem expirar para cima de ninguém - sem el chato a buzinar-me aojóvidos. Na minha cabeça ainda passa o hattrick do ABUMbakar e em fundo, sobrepondo-se ao som do contexto, toca uma música.

Lá pelo meio do intervalo, ei-lo que reaparece:

- Prontinho Silva, já cá estou.

- Majondéketufoste?

- Fui para ao pé das pipocas. 

- Hein?!

- Pois, por isso é que tive que ir um pedaço mais cedo.

- Foste comprar pipocas? E comeste todas sozinho?! Ganda sovina!

- Nada disso! Eu não sou pipoqueiro, o Senhor não permita. - Benze-se. - Mas assim apanhei-os a todos a fazer fila.

- Mas foste fazer o quê, afinal?

- Vaiar a malta que foi comprar pipocas, claro! Buuuu, buuu, pipoqueiros da treta, são a vergonha desta casa. Já não basta os perna de pau que nem sabem o que é o FCP e a Invicta, ainda vêm vocês conspurcar o solo sagrado. Ok, é exagero, que sagrado era as Antas. Isto é mais um cinema, mas enfim...

- Credo, não posso acreditar! Mas tu és doidinho de to... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

...e o FCP vai alinhar com Helton, Ricardo, Lichnocoiso, Indi e Ángel; Ruben, André e Sérgio; Hernâni, Kinder e André Silva.

- Bahahahahahahahahahah, até tu tens lugar nisto, hein Silva?

- Hã? - Pasmo.

- Buuuu, buuu, ondékepára a guita das transferências? Ladrões! 

- Mas então não querias portugueses? Não estávamos a gastar à toa, a saque e o camandro? Tens ali seis tugas, tens a formação, a equipa B, gajos que vieram a custo zero. É o Paraíso hein?

- O carago, Silva! Deves pensar que eu sou tanso. Isso é tudo muito bonito, mas trazerem jogadores de futebol é que era! É com isto que vamos ser Campeões? Epá, nem com um treinador a sério, quanto mais com a trampa do Loriopegui. Deviam era aprender com o Bruninho e Juses e o Orelhas, nesses é que os Anteros da vida haviam de pôr ojolhinhos. Foda-se, agora somos o Paços de Ferreira. Vergonha!

- Paços de Ferreira?

- Sim Silva, Paços de Ferreira! Não vês que eram todos de lá?

- Que parvoíce! O Hernâni era do Guimarães, como o André e o Ricardo. Só o Sérgio é que... - Dá-me uma palmada condescendente nas costas:

- Oh Silva, meu pequenito parolito, se é do Minho, é do Paços de Ferreira. Para facilitar, tajaberohnão?

- Oh, disparate. Então o Braga também não conta é?

- Quem é o treinador do Braga?

- O Fonseca... - Merda!

- Lá está, Paços de Ferreira! - Pisca-me o olho.

- Olha, e se fosses apanhar no real entrefolho do olh... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, vai recomeçar.

Prrrrriiiiiiiiiiii... 



(continua...provavelmente...)


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Vamos à bola, assobiativo? - Parte I: A equipa. (ao dia de hoje)



- Não tenho a certeza que isto de virmos à bola juntos seja boa ideia...

- Oh Silva, deixa-te de merdas pá! Claro que é boa ideia, vamos divertir-nos à brava. Eu cá sempre te achei um piadão...

E pronto, entrados. Gosto particularmente do som dos torniquetes. Sei que é o mesmo de todos os torniquetes, mas estes disparam-me as endorfinas e fico com aquela disposição aifodassevaisertãoespetacular. Sentados. Anúncio da equipa:

Na baliza, Iiiiiiiiiiker Caaaasillaas;

- Buuuu, buuu! Pesetero, cabron, viejo dum cabroncete, frangueiro!! Que vergonha pá!!

- Oh, lá estás tu. Considerado o melhor redes do Mundo não sei quantas vezes... - Exalta-se:

- Este velho? Não brinques comigo. Isto mais parece um asilo. E o pobre do Helton da Viola abanca por decreto. E o dinheiro que isto custa, vem de onde? Este ano foi um verdadeiro assalto à mão armada ao património. Não há outra explicação. Vergonha!

- Então, mas o Casillas é mais nov... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

Número dois, Maaaaaaaaaaaxiiiii;

- Buuuu, buuu! Tira essa camisola, filho da puta. Volta pa Marrocos, mouro, corno, macaco. Oh Pinto da Costa, vai pró caralho. Vergonha, vergonha!

- Que exagero! Diz lá quem é que era melhor que este para aquele lug... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

Os centrais: Maaaaaaicon e Maaaaarcaaano;

- Buuuu, buuu! Isto agora é uma loja de gomas é? M&M fora do prazo! Mais parece um passador. E comprarem um central em condições, hein? No te va, espanhuel de mierda! Vergooonhaaaa!

- Isso tudo dizes tu da defesa menos batida do campeonato, certo? E afinal já devia haver dinheiro? De quê? Do patrimón... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

Na esquerda, o nosso capitão, Aaaaaalex Sandro;

- Ahahahahahahahahahahahaha, nem consigo vaiar! Buu...ahahahahahaha...buu! Capitão, o Soneca? Estamos entregues aos bichos. Quer dizer, isso gostava eu. Mas Bicho nunca mais. Acabaram-se. Vergonha!

- Oh, vai-se a ver o homem até abre a pestanola com a braçadeira. Aquilo foi um prémio para ajudar a renovar, digo eu.

- Oh Silva, mas quais quê! Era vendê-lo direitinho para o Atlético pelos 30 milhões. É o que te digo, quando vocês, pequenos parolos, acordarem, já não sobra nadinha do que era o FCP. Então mas o Rafa não fazia aquele lugar? Vergonha!

- Tásparvókê? Mas queres comparar o Rafa com um dos melhores laterais da Euro... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

No meio, Danilo, Imbula e Brahiiiiimi;

- Buuuu, buuu! Que escuridão! Nem um português para amostra, hein? E disto houve o nome Portugal? Não brinquem, pá. Tenham vergonha! Estamos a saque, vinte milhões por aquilo, mais não sei quantos para o Guardanapo que agora já é bonzinho. Já nem falo do Marroquino. Também não é preciso, isto não é para a Champions, não vai haver nada para dizer do gajo. Que miséria!

- Fosga-se, mas então o Danilo e o Imbula não são bons? E o Danilo não é Português desde quando? Vai-se a ver, eu também não sou! Não andas há um ano a pedir para porem o Brahimi no mei... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

Na direita, Christian Tello;

- Buuuu, buu! Se não fosses espanhol estavas no Mirandela, cabrón!

- Eu cá gosto do Tello. E acho que ainda vais engolir isso, como contra os Calime... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

Na esquerda, o Drogba da Caparica, Silvestre Vaaaarela;

Vira-se para o fulano de trás:

- Já viu isto? Isto é o nosso Porto? O meu é que não é! Então este filho da puta não se queria ir embora? E agora já cá está e joga? Que vergonha! Abençoado Quaresma, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.

O vizinho de trás é um veraneante Sueco que não percebe uma palavra de Português. Acena-lhe repetidamente com a cabeça, de sorriso colado nas loiras fuças.

- Epá, mas então o Quaresma também foi embora e depois voltou quando tudo lhe corria pior que ma... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, deixóbir.

E na frente, Aaaaaaaaaaaa(BUM, um petardo!)bakar!

- Ahahahahahahahahahahahaha, golos népias, passes zero, nem correr a direito este sabe! Pode ser que venda um automóvel ou assim. Sabias que a família Bakar é dos stands, pois sabias Silva? - Entredentes: - Vergonha pá!

- Foda-se, este gajo é o avançado mais eficaz que vi em dias da minha vida!

- Sim, sim, o Farias também era eficaz. E o Walter...

- Olha, bem visto. Nisso até tens raz... - Interrompe:

- Shhh, cala-te, vai começar.

Prrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiii...

(Continua...provavelmente...)