E se for preciso enfiar um banano em alguém, também se arranja... |
Não gosto de ver as séries que tooooooooooda a gente vê, mas acabo sempre por vê-las. Tento não gostar dos filmes de que tooooooooooda a gente gosta, mas até gramo da maior parte. Procuro não ler os livros que tooooooooooda a gente já leu, mas... olha, por acaso, não leio mesmo, inchem! Só às escondidas. E não gosto deles. Muito.
É uma porra de uma mania estranha, mas não me vou agora pôr a perder o meu rico tempo a tentar mudar um traço de caráter, só por ser estúpido. Se fosse por aí, não fazia mais nada, credo. Por maioria de razão, também preferia vir para aqui escrever sobre coisas espetaculares de que ninguém tivesse ainda falado. Como a dieta do senhor Vitor, por exemplo.
Só que temos um treinador novinho em folha, como é que vou escapar a isso? Sobretudo porque me parece que a parte mais importante da apresentação do moço, escapou a toda a gente.
- E aos e-mails!
Oh, isso do correio eletrónico fica para a próxima, que ainda tenho que investigar. Como é que uma pessoa manda uma carta para outra, por intermédio de um computador, e vem de lá um malfeitor e desvia-lhe a correspondência? Estes miúdos de agora, ui, tramados pá...
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Eu cá também gostei basto da apresentação do Sérgio. Também me pareceu que ele sente que chegou onde queria. E isso é bom. Teve um discurso inteligente - aquele "Vim para ensinar, não para aprender", foi a resposta de encomenda a muitas das dúvidas dos Portistas - foi apaixonado, agregador e ambicioso. E ainda se lembrou de dizer que "já não se ganha no grito". Perfeito.
Enquanto treinador de futebol, é que ficou na mesma que era em antes de ter falado, pois claro.
O que mais me entusiasmou, porém, foi o que aconteceu depois da apresentação. Notei, bluegosfera afora, que a malta se apresta para acompanhar o Sérgio. Ele tocou no coração dos Portistas, disse-lhes pouco maijómenos o que eles esperavam ouvir e, ainda mais, o que eles não esperavam vir a ouvir. Mas queriam! Só por si, este simples facto elimina um dos maiores obstáculos ao sucesso de qualquer treinador no FCP: Nós!
Sendo que a verdadeira mudança se dá com NES. Isso mesmo, boa parte dos Portistas sente-se "obrigado" a ir com o Sérgio para a guerra, porque se o NES - que foi o NES - teve aquele apoio todo, então este cachopo não há-de ter menos. Temos pois, na minha opinião, que atribuir ao senhor Santo, Espírito, o enorme mérito - mesmo que tenha sido sem querer - de se ter constituído como o primeiro degrau. Foi com ele que subimos o primeiro lanço, rumo a alguma normalidade - neste campo - depois da anormalidade que foi a reação alérgica a Julen Lopetegui.
Lá está, toda a gente serve para alguma coisa. Até NES.
Devo dizer-vos que do Sérgio, na sua profissão, não sei grande merda. Lembro-me do mesmo que tooooooooooda a gente: O jogo que ganhou ao Rui Barros, com um golo de piço e 80 minutos posteriores a defender perto da sua área; e a épica, que não para ele, final da Taça de Portugal que perdeu para 9 mortos. Vivos. E, claro, do que se foi dizendo da recente voltinha por França.
Daí que, por agora, a minha opinião é que contratámos o melhor treinador do Mundo cujo nome é o mesmo do que a minha vizinha do quinto direito. Como com todos, incluindo o Octávio, veremos até onde chega, partindo do apoio total que aqui encontrará. Por agora, os sinais são excelentes.
Enquanto treinador, é que ainda não pudemos ver nada, naturalmente. Mas vai ser do caraças, pá!
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However, meus meninos, nada disto foi a parte mais relevante da cerimónia e do que por lá se disse. O mais importante esteve nas palavras do Presidente: O anuncio de um novo paradigma. No fundo, o regresso a um modelo que rompeu com anos de letargia azul e branca. Mas que por ter sido abandonado, agora parece novo. Paradoxo, certo? Mas não é, é mesmo o regresso ao novo paradigma.
Eu explico devagarinho, para que esses cérebros que mais parecem umas ervilhas mirradas não sobreaqueçam:
"Os dois que me pediu, não haverá possibilidade, porque me pediu o Messi e o Ronaldo. Não pode ser, embora lhe tenha custado a aceitar. Não estou preocupado com isso, porque foi por isso que escolhi o Sérgio, para poder, com os jogadores que tivermos, fazer uma equipa competitiva para ganhar". - Palavra do Presidente.
"Quando tenho Hulk, Falcão e James na equipa, o treinador é-me indiferente." - Palavra do Presidente.
Para além de ficar claro, para quem pudesse ter esperanças, que Hulk, Falcão e James não virão para o Porto; fica igualmente evidente que Sérgio Conceição vai ter "os jogadores que tivermos" e que o Presidente confia nele para, assim, construir uma equipa vitoriosa. Aliás, confia apenas nele. Como não confiaria em mais nenhum, pelo menos dos disponíveis. Isto é relevante, porque demonstra uma nova abordagem ao mercado e à importância do técnico.
A verdade é que fomos Campeões Europeus assim. Twice. Foi Artur Jorge que fez da equipa maravilha de 87, uma... maravilha. Hoje, todos reconhecemos que estava recheada de foras de série. Mas e no defeso de 1986? Será que a Europa do futebol suspirava pelo Quim Vitorino? Pelo Lima Pereira? Quem seria o Celso? E o Eduardo Luis? E esse promissor rapazola, o Futre? Ou aquele tipo que veio recambiado de França, opá, aquele, o Argelino, numalembra agora o nome do garçon... Ou o guarda-redes grandalhão que fomos comprar à segunda divisão de França, o Militarzick ou lá como se chamava o tipo.
E foi Mourinho quem, sem Hulk ou James e muito menos Falcão, construiu, em dois passos, um duplo vencedor de Competições Europeias. A última delas numa final com o Mónaco. Hoje Campeão Francês.
Foda-se, a quantidade de ligações a França...
Também foi assim que Paulo Fonseca se esbardalhou ao comprido e acabou sem saber bem a diferença entre Frankfurt e Dortmund e o raio que partisse os Nazis todos. Só que...segundo o meu Presidente - sublinho: MEU! - agora temos homem. Treinador, i mean.
Isto é, o Presidente acredita que em Sérgio Conceição, acabadinho de resgatar em...França, teremos um novo Rei Artur, yet another Special One. E que daqui a um ano, "os jogadores que tivermos" poderão ser gabados como outros antes deles. Melhor que isso, o Sérgio também acredita! Ora, melhor ainda que isso, a Nação Portista acredita. Até os comemos carago!
Pronto, doijanos no máximo. E outro de opção, como a Direção, certo?
É a este nível que está a expetativa. É bom! E perigoso. Mas quem tem medo, compra um cão. Ou um Adão...
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Soundtrack to Mr. Conceição: I'm fuckin' back, bitches!
Em grande !!! TOP
ResponderEliminarSeja muito bem.vindo, senhor Marcos. Não é Silvas, não? :)
EliminarE obrigado.
Volte sempre.
Não;)
EliminarSempre presente..
Abraço
O Sérgio começou muito bem.
ResponderEliminarParece geral, conquistou aos adeptos.
Fé renovada, como sempre :)
E até ao momento, ainda não compareceu em nenhuma apresentação de livros escritos moluscos!
Está no bom caminho ;)
Abraço
A Fé de um Dragão nunca se renova. É permanente. Incha! :))
EliminarAbraço.
Parabéns, é um prazer visitar a sua tasca.
ResponderEliminarEna, muito obrigado e bem-vindo Luís. Acredite que tenho imenso gosto em que por cá passe. Embora isso não abone muito em favor da sua sanidade mental... :)
EliminarVolte sempre.
O meu, o teu, o nosso...não quis arriscar e assinou pelo Damaiense. Compreende-se dizem os entendidos(wtf)!
ResponderEliminarPara o que pretendemos, este deve servir à mesma e só temos a "agardecer" pelo favor. :)))
Hein? O Luis? Que não o do comentário acima, bem entendido. Ou o Marco? Que não o de dois comentários acima, bem entendido. Eish, caputaconfusão! Explique-se homem. :)
EliminarTudo muito bem amanhadinho menos aquela frase assassina: não, nós não somos nem nunca fomos o principal, nem sequer um dos obstáculos ao sucesso de nenhum treinador. Eu bem sei que o presidente é teu, mas a responsabilidade é essencialmente dele e de quem o acompanha. Não vale virar o bico ao prego. Somos apenas os donos do clube e a razão da sua existência, mas a gestão está estatutariamente atribuída aos eleitos.
ResponderEliminarClaro que sim. A responsabilidade do sucesso e do insucesso é sempre, antes de todos e no fim de tudo, do Presidente. Ainda assim, sem nós ninguém vai longe. Não quer dizer que connosco seja suficiente. Vide NES.
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