É demasiado cedo na receita, está ainda o azeite a aquecer e a faca a picar a cebola. Só em Guimarães chegaremos à fase de acrescentar dois tomatitos - vê-se logo que não são os meus, pelo diminutivo - previamente limpos de peles e grainhas e muito picados.
Espraiemos a vista pelo castelo, berço da Nação, onde a mãe tanto moeu a paciência ao Afonso que levou uma galheta. Nisto, acrescentou-se uma pitada de açafrão. Na Tasca, a especiaria começa a juntar-se logo no refogado, para abrir. E porque fica a cozinha a cheirar bem.
( Interlúdio: Nota histórica
Dão jeito para inúmeras piadas e para o correr de pedaços de texto, como acima, este tipo de mitos históricos.
Como a RTP só faz serviço para públicos de Leiria para baixo, fica a cargo da Tasca esclarecer - em benefício da sua vastíssima audiência, sobretudo da camada mais jovem - que raramente são verdadeiros.
É muito pouco provável que o Afonso tenha batido na mãe. Pode ter-lhe respondido torto e é certo que lhe palmou o Condado, mas não lhe acertou. )
De volta ao prato, espera-se que ainda em Guimarães o tomate se desfaça e fique o estrugido pronto para receber o verdadeiro conteúdo: Camarões. Em Portimão, eventualmente.
É atirá-los, tão bons quanto possível, para a panela e dar-lhes 2 minutinhos, diz que para tomarem gosto. É falso! Pelo contrário, o tempo serve para que eles, os bichos, contagiem o resto dos ingredientes com o seu sabor.
Já que estamos a banhos, demos à coisa um ar exótico, à conta de uma colher de café - para os meninos - de açafrão. Para gente crescida, é uma de chá e uma malagueta.
Porque parar no Norte de África? Voltamos a casa, é tempo de recordar as viagens e reencontrar a família. Ora, tropicalizemos com umas boas goladas - a embalagem toda, pronto - de leite de côco. A cozinha enche-se de aromas e as papilas começam a salivar. É tempo de a pessoa se desforrar num queijinho, talvez em duas fatias de paio do lombo em azeite. Três e uma côdea, seja. E dois apalpões, para não te pores a passar por quem trabalha com essa roupa pouca.
Passaram-se uns quinze minutos nisto, estamos prontos a apresentar o tacho. É só acrescentar umas gotas de sumo de lima, apanhada no jardim, e coentros a gosto, pouco picados. O basmati já deve estar fora do lume há uns minutos.
Et voilá, mesdames et messieurs, está servido o prato principal. Precisou de bons ingredientes, de alguma alegria, uma pitada de carinho, uma colherada de ambição, da paciência suficiente e da Alma cheia do chamamento das origens. O sangue ferve, abram as cervejas!
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Uma coisa, repararam bem na diferença de jogar COM Oliver e SEM Oliver? Assustador... para já...
Se querem que se elabore acerca dos dois jogos no México, então dêem um salto aqui, aqui e aqui. Digam que vão da minha parte, que costumam fazer desconto. Ou cuspir nas bebidas, depende dos dias... Mas hey, o que é a vida sem alguma emoção e incerteza?
Se querem que se elabore acerca dos dois jogos no México, então dêem um salto aqui, aqui e aqui. Digam que vão da minha parte, que costumam fazer desconto. Ou cuspir nas bebidas, depende dos dias... Mas hey, o que é a vida sem alguma emoção e incerteza?
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Fodasssssss não percebi ao certo o objectivo da receita!
ResponderEliminarÉ por causa dos tinhosos vindos dos corruptos levados ao colo que lá jogam, aproveitem para bater nos nossos?
Abraço
O objetivo da receita é... comer! Pois claro! :)
EliminarMoral da história: tudo demora o seu tempo a preparar e até estar a receita pronta, cada passo é só um passo ;)
Abraço
Tremoços com açafrão? Nunca isprimentei...
ResponderEliminarÉ bem bom. É preciso é ter cuidado com a casca :)
EliminarCerveja pá? Não aprendes nada...
ResponderEliminarUm branco encorpado, com a complexidade que a madeira lhe confere, para ombrear com os temperos. Ou vá, um tinto jovem e viçoso, mas sempre dos bons.
Os aroma na cozinha, enquanto se prepara a coisa, merecem talvez um soalheiro, para abrir as hostilidades.
Se tiver de ser cerveja, uma IPA por favor. Não se brinca com a comida, chefe...
Brinca pois! As coisas que tu andas a perder, credo!
EliminarDepois, o prato é Laurentino. E à beira do Índico, a malta avia jogas com tudo. No entanto, se aceitares um Sumol é uma sande de queijo de salário, estás contratado para escanção da Tasca. Passava a vida bêbado, mas agora com muito estilo! E melhor sabor.
Sumol?? Frisumo, pá... não aprendes nada...
ResponderEliminarUm copo de vinho e uma sande de queijo, pronto.
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