sexta-feira, 21 de julho de 2017

Prato do dia: Camarões com açafrão ( com nota histórica, uma coisa e um aviso )



É demasiado cedo na receita, está ainda o azeite a aquecer e a faca a picar a cebola. Só em Guimarães chegaremos à fase de acrescentar dois tomatitos - vê-se logo que não são os meus, pelo diminutivo - previamente limpos de peles e grainhas e muito picados.

Espraiemos a vista pelo castelo, berço da Nação, onde a mãe tanto moeu a paciência ao Afonso que levou uma galheta. Nisto, acrescentou-se uma pitada de açafrão. Na Tasca, a especiaria começa a juntar-se logo no refogado, para abrir. E porque fica a cozinha a cheirar bem.

( Interlúdio: Nota histórica

Dão jeito para inúmeras piadas e para o correr de pedaços de texto, como acima, este tipo de mitos históricos. 

Como a RTP só faz serviço para públicos de Leiria para baixo, fica a cargo da Tasca esclarecer - em benefício da sua vastíssima audiência, sobretudo da camada mais jovem - que raramente são verdadeiros.

É muito pouco provável que o Afonso tenha batido na mãe. Pode ter-lhe respondido torto e é certo que lhe palmou o Condado, mas não lhe acertou. )

De volta ao prato, espera-se que ainda em Guimarães o tomate se desfaça e fique o estrugido pronto para receber o verdadeiro conteúdo: Camarões. Em Portimão, eventualmente.

É atirá-los, tão bons quanto possível, para a panela e dar-lhes 2 minutinhos, diz que para tomarem gosto. É falso! Pelo contrário, o tempo serve para que eles, os bichos, contagiem o resto dos ingredientes com o seu sabor.

Já que estamos a banhos, demos à coisa um ar exótico, à conta de uma colher de café - para os meninos - de açafrão. Para gente crescida, é uma de chá e uma malagueta. 

Porque parar no Norte de África? Voltamos a casa, é tempo de recordar as viagens e reencontrar a família. Ora, tropicalizemos com umas boas goladas - a embalagem toda, pronto - de leite de côco. A cozinha enche-se de aromas e as papilas começam a salivar. É tempo de a pessoa se desforrar num queijinho, talvez em duas fatias de paio do lombo em azeite. Três e uma côdea, seja. E dois apalpões, para não te pores a passar por quem trabalha com essa roupa pouca.

Passaram-se uns quinze minutos nisto, estamos prontos a apresentar o tacho. É só acrescentar umas gotas de sumo de lima, apanhada no jardim, e coentros a gosto, pouco picados. O basmati já deve estar fora do lume há uns minutos.

Et voilá, mesdames et messieurs, está servido o prato principal. Precisou de bons ingredientes, de alguma alegria, uma pitada de carinho, uma colherada de ambição, da paciência suficiente e da Alma cheia do chamamento das origens. O sangue ferve, abram as cervejas!

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Uma coisa, repararam bem na diferença de jogar COM Oliver e SEM Oliver? Assustador... para já...

Se querem que se elabore acerca dos dois jogos no México, então dêem um salto aquiaqui e aqui. Digam que vão da minha parte, que costumam fazer desconto. Ou cuspir nas bebidas, depende dos dias... Mas hey, o que é a vida sem alguma emoção e incerteza?

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AVISO

Dedos em riste, vem aí o CAVANI

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8 comentários:

  1. Fodasssssss não percebi ao certo o objectivo da receita!
    É por causa dos tinhosos vindos dos corruptos levados ao colo que lá jogam, aproveitem para bater nos nossos?

    Abraço

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    1. O objetivo da receita é... comer! Pois claro! :)
      Moral da história: tudo demora o seu tempo a preparar e até estar a receita pronta, cada passo é só um passo ;)
      Abraço

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  2. Tremoços com açafrão? Nunca isprimentei...

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    1. É bem bom. É preciso é ter cuidado com a casca :)

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  3. Cerveja pá? Não aprendes nada...

    Um branco encorpado, com a complexidade que a madeira lhe confere, para ombrear com os temperos. Ou vá, um tinto jovem e viçoso, mas sempre dos bons.

    Os aroma na cozinha, enquanto se prepara a coisa, merecem talvez um soalheiro, para abrir as hostilidades.

    Se tiver de ser cerveja, uma IPA por favor. Não se brinca com a comida, chefe...

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    1. Brinca pois! As coisas que tu andas a perder, credo!
      Depois, o prato é Laurentino. E à beira do Índico, a malta avia jogas com tudo. No entanto, se aceitares um Sumol é uma sande de queijo de salário, estás contratado para escanção da Tasca. Passava a vida bêbado, mas agora com muito estilo! E melhor sabor.

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  4. Sumol?? Frisumo, pá... não aprendes nada...

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