Vêm aí os Coisos!

Diz que o FCP vai jogar amanhã contra o København. Confesso que fiquei contente pelos putos aqui da terrinha, que são apegados ao basquetebol. Já eu, é mais Carnaval e pão-de-ló. Do da Neuza. Nham, já me estou a babar.

Depois, lá me explicaram que não era a equipa do Kobe e vinham era para lixar a cabeça ao NES. Que aquilo era só a maneira como eles, coitados, sabiam dizer Copenhaga. Bem, é uma espécie de equipa de basquete na mesma, mas em loiro. Pena não vir o Kobe. Os miúdos ficaram tristitos.

Há muitojanos, passei uns tempos em Copenhaga. Aquilo é basto interessante, sobretudo se apanharem os três dias por ano em que fica, de facto, de dia. 

De resto, lá andam ao lusco-fusco, passarinhando pela sua cidade plana, de bicicleta. É assim uma espécie de Ho Chi Min, com muito menos piada. Porque circulam em dois sentidos apenas e é difícil encontrar prostituição de rua. Uma pasmaceira.

Por outro lado, é uma gente muito preguiçosa. Parece que têm tempo para tudo. Imaginem uma estrada com três faixas em cada mão, completamente plana - dá para ver um carro quando sai de Estocolmo, ou assim - em que não circula nenhum veículo. Nenhum, zero, bola. E lá estão eles todos alinhados no passeio, à espera que o boneco fique verde. É de quem não tem nada para fazer, porra. Tentei introduzir a modalidade numbemdláninhum, mas levei com déjolhares recriminatórios ao nível do pâncreas e desisti. A mim, faz-me jeito o pâncreas.

Outra característica curiosa destes amigos, é que são maijómenos parecidos com ajamigas, mas com o cabelo ma'curto e ausência de mamas. Em alguns casos. O que, parecendo que não, intimida um pedacinho. 

Esqueçam lá isso dos Vikings, belos mancebos de abdominais definidos e peitorais depilados e guedelhas ao vento. Panascas! Tajóbir, oh abelhita? É men-ti-ra! São enfeites especiais, é o que é. Ou então é atores Moçambicanos. Pumbas! Nós, os Moçambicanos, já se sabe...

Para um latino, pode ser um País catita, porque as moças acham o máximo que não sejamos louros. É do senso comum que o tom de pele é diretamente proporcional ao tamanho da pila. Encarando o degradé do mais pálido para o mais escuro; e nunca esquecendo que eu sou Moçambicano, está claro. Digo, escuro. 

Mas dada a característica autóctone explicada em antes, é preferível a pessoa limitar a sua interação não profissional a indivíduos cujo apelido não termine em -ensen. Sei lá eu se Elkjaer é nome de gajo ou de gaja. Deusmalivre.

Não se come nada mal em Copenhaga. Temos a gastronomia típica daquelas paragens, composta de hamburguesas a la Burguer King e mais hamburguesas a la McDonale; pizzas a la Hut; e sandes de queijo em pão ranhoso. Diz que há outros acepipes, incluindo restórans com estrelas daquela coisa dos pneus e isso tudo. 

Dado o facto de uma mini dose de almôndegas, ao balcão, custar o equivalente ao salário mínimo em Portugal, não posso confirmar. É que não tive tempo. Teve que ser sempre, com alguma sorte e muita ginástica, a abrir. Fast, fast. Food.

Quanto ao futebol, acho que não ligam nenhuma. Devem importar tudo às peças  e montar por lá. E cá pra mim, são todos lampiões. Parece que não sabem falar, todos entaramelados: Gfdarrzelsen ftquœyronson tröflesen gøndarson laudrup. Opá, eu sei lá! Parece a pessoa que está a tomar a bica com o Vilarinho e o Toni. Credo!

No entanto, nada de subestimar as bizarmas. Todo o cuidado é pouco, contra estes Dinamarquecos.

- Dinamarqueses!

Pois.

...

Já perceberam que o meu nível de conhecimento acerca do habitat do adversário é, mais coisa menos coisa, da profundidade da garganta da Tracy Lords. Quando está bem disposta. Sobre a equipa propriamente dita, não há Linda Lovelace que chegue para medir. Têm noção que eu sou Moçambicano, certo? Nunca esquecer esse porMAIOR.

Aliás, é seguro dizer que sei tanto sobre os Coisos, quanto o Adriaanse sabia sobre o Artmedia. Vejamos:

Os jogadores são maioritariamente importados do IKEA de Loures. Logo aí se vê que não passam de grandes armários infiéis. Que outra explicação haveria para não os irem buscar a Matosinhos? Filhasdaputa, pá. E nós nada. O silêncio. Nem um piu perante esta pouca vergonha.

Apesar de grandalhões, são quase todos mancos, ou vesgos, ou manetas, ou sofrem das hemorróidas. Sim, que isto de serem todos parecidos, eles e elas, é tramado no âmbito da afeção retro-anal.

Os restantes paralimpismos advêm de dificuldades de montagem. Lalalala muito evoluídos, mas sofrem cumójôtros para montar um móvel do IKEA. Excepto os das hemorróidas. Esses, diz que se montam bem.

Lá pelo meio, devem ter um latino e um ou dois Sistos, para dar cor e porque convém que alguém tenha uma pequena ideia do jogo que vai disputar.

Em resumo, são uns tipos altos, fortes e louros. Com um ou outro compincha que  lhejatire a bola. Depois, eles deslargam-se a correr feitos doidos e aos pinchos como se fossem tolinhos. Se um aterra em cima do Tsubasa, fode-nos a época toda. Faz atenção, oh Espírito Santo.

Creio que vamos ganhar cincazero, naturalmente. Mas só se formos sérios e competentes. E se nos lembrarmos sempre do que esperam os nossos inimigos que aconteça. 

Nem que seja para contrariar essa corja de imbecis, vamos lá esfrangalhar os Dinamarqueses, fabricados por Suequeses!

- Suecos!

Ai agora já é ecos?! Vocês decidam-se! Maijócaralhensenkvøsfödarsœn, chiça, penico.

...

De boca aberta, a babar de incredulidade. O que provoca inoportunos aguaceiros matinais:

- Este fulano é completamente idiota.

- Imbecil, Deus. Diz que é imbecil...

...

Soundtrack from Denmark: Envy!